sexta-feira, março 27, 2009

MORTE DE MENINA EM AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA COMOVE SANTA MARIA - RS

Morte de menina em aula de EF comove Santa Maria
Fonte: Zero Hora Publicidade
http://www.educacaofisica.com.br/
Pais contam que a menina sentia dores no peito e falta de ar, mas a escola não sabia.
A primeira aula de educação física do ano de Carina Zambrano Pinto, 13 anos, acabou de forma trágica na manhã de sexta-feira. Estudante da 6ª série da Escola Estadual de Ensino Médio Augusto Ruschi, na Cohab Santa Marta, Carina desmaiou e caiu após correr três voltas na quadra da escola por volta das 8h20min. Ela foi socorrida por colegas e professores, mas morreu no PA do Patronato.
A declaração de óbito, divulgada pelo Departamento Médico Legal (DML), não apontou a causa da morte, alegando que são necessários exames complementares para defini-la. Amostras de urina e sangue da menina foram recolhidos para serem analisadas em Porto Alegre. O enterro de Carina será neste sábado, às 10h, no Cemitério Ecumênico Municipal de Santa Maria.
A morte da menina causou comoção na escola. As aulas foram suspensas nos dois turnos seguintes — tarde e noite — e professores se reuniram para prestar apoio à família. Ao saber da morte da filha, a dona-de-casa Roselaine Pinto, 43 anos, passou mal e precisou ser atendida no PA do Patronato.
Carina era a caçula das meninas de uma família de seis irmãos e morava na Nova Santa Marta com a família. Os pais da garota, Roselaine e Jorge Antonio, admitiram que a filha se queixava com frequência de dores no peito e falta de ar. Segundo a mãe, Carina chegou a ir em postos de saúde, mas só recebia remédios para dor e era mandada embora.
— Ela fazia qualquer exercício e se queixava de cansaço, de falta de ar. Ela ficava ruim, com tontura e até desmaiou algumas vezes — contou o pai da menina.
Ainda transtornados com a notícia, eles contaram que a menina nunca chegou a fazer um exame mais aprofundado para saber o motivo das dores que sentia e que a família não tem plano de saúde. Segundo os pais, um dos filhos, um menino de 10 anos, faz tratamento porque arritmia cardíaca.
— Estávamos esperando para ir no médico, fazer exames. Estávamos juntando dinheiro, tudo é muito caro. Tinha vezes que não tínhamos dinheiro para comprar o analgésico que receitavam para ela no posto — disse a mãe da menina.
As dores no peito e falta de ar que Carina sentia também eram de conhecimento de outras pessoas. Uma de suas melhores amigas, Sabrina, contou que a colega já tinha passado mal e sempre se queixava de não conseguir respirar direito. Entretando, mas duas escolas onde ela estudou — a Augusto Ruschi, até a 3ª série e agora, e a Santa Marta, na 4ª e 5ª séries —, os professores de nada saberiam.
— Só ficamos sabendo depois dessa fatalidade que ela tinha problemas de saúde. Nunca fomos avisados pela família. Quem tem de comunicar o problema é a família — diz o diretor da escola, Darlan Rosato.
Os pais de Carina confirmam que nunca comunicaram nada à escola. Segundo a professora Vera Lucia Castro, do setor jurídico da 8º Coordenadoria Regional de Educação (CRE), a lei não obriga as escolas a pedir atestado médico para o aluno antes da prática de uma atividade física. Cabe, segundo ela, aos pais alertarem a escola caso haja algum problema.




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