AUCÉLIO GUSMÃO*
Escolha Viável
“Conta Esopo que os ratos viviam ameaçados, eram mortos e comidos pelos gatos da região. Marcaram uma gigantesca reunião para se encontrar uma solução, com o agravante de que os gatos atacavam sorrateiramente, o que tornavam seus ataques geralmente fatais. Surgiu então a idéia “genial” colocar guizo nos gatos, o que denunciaria suas presenças. De repente a dificuldade: quem colocaria? A mesa diretora dos trabalhos, ao levantar a vista deparou-se com o salão vazio”.
Na vida sucede da mesma maneira. Nem sempre a idéia genial é aplicável. Mesmo encerrando criatividade e engenhosidade, é preciso que seja viável, razão pela qual nem um rato se aventurou na missão.
Julgar encerra geralmente visão individual nem sempre possível de transportá-la para o coletivo, bem descrito no que li certa vez não há pessoa mais perigosa para si mesma e para os outros do que aquela que julga sem conhecer os fatos.
Definir é algo perigoso ou polêmico por significar uma sentença. Não é comum desajuste por destoar da visão coletiva. São percalços que permeiam o cotidiano, contudo existem os momentos onde é preciso decidir, tomar uma atitude, há uma necessidade e uma obrigação a suprir.
Dizem que conhecendo, amando e acreditando no que faz, basta bom senso e ação. Completa a sentença a cabeça aberta para mudanças. Santo Agostinho inclusive ensina nada está resolvido, mesmo que já tenhas percorrido uma longa caminhada, há sempre um novo caminho a fazer e algo de novo encontrarás.
Como na fábula onde os ratos perderam tempo discutindo o que não podiam materializar a objetividade deve se fazer presente sempre, afinal o progresso é realizado pelo homem que age e não pelo que discute de que maneiras as coisas deveriam ser feitas, perdidos numa irracionalidade sem limites.
* Médico
* Médico
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