quarta-feira, dezembro 12, 2012

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Posted: 11 Dec 2012 12:30 PM PST
Previdência Privada: investimento para quem pensa no futuroUm dos assuntos que mais mexem com nossos leitores e geram dúvidas é previdência privada. São dúvidas que se referem, principalmente, às características desse tipo de investimento, além de perguntas sobre a relevância de investir ou não em previdência privada no atual cenário econômico do país.
Se existe uma verdade com relação ao futuro, é que ele vai chegar. E nós, brasileiros, estamos vivendo cada vez mais. A mais recente pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que nossa expectativa de vida aumentou mais de 11 anos entre 1980 e 2011. Nossa expectativa de vida ao nascer já passa dos 74 anos.

De acordo com esse cenário, é razoável imaginar que vamos precisar de mais dinheiro e que certamente não poderemos contar somente com a previdência oficial para mantermos por mais tempo a mesma qualidade de vida. Certo?
Previdência Privada, boa escolha enquanto investimento?
É mais do que necessário, dentro dessa perspectiva, começarmos a construir nossa "poupança" para ultrapassarmos os desafios do tempo com a melhor expectativa possível. Viver mais tempo, mas acompanhado de problemas financeiros, não faz parte dos planos de ninguém, não é mesmo? Por isso, investimentos como a previdência privada surgem como boa alternativa para construir o futuro.
Um produto de previdência privada se mostra bastante atrativo no longo prazo, pois o cliente terá também os ganhos fiscais, como a dedução de até 12% de sua renda anual no Imposto de Renda (IR) em um PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livre). Por esse motivo, o PGBL é indicado para investidores que utilizam o modelo completo na Declaração anual de IR. Quem utiliza o modelo simplificado não faz abatimento, por isso o mais indicado é o VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livre).
Quanto maior o tempo, menor será o IR
É importante também levar em conta os ganhos tributários olhando a tabela regressiva de IR que se inicia com alíquota de 35% e pode chegar a uma alíquota de 10% depois de 10 anos. Isso valida a ideia de investir na previdência privada no longo prazo, já que quanto maior tempo levar para utilizar o beneficio, menor será o imposto pago.
Boa parte dos leitores enviam dúvidas questionando a viabilidade previdência privada em relação a aplicações como a caderneta de poupança. Como são pessoas que até pouco tempo investiam seu dinheiro apenas na poupança (os mais jovens), a pergunta é importante. Sob o ponto de vista da diversificação, a previdência privada é uma alternativa interessante quando o plano escolhido tem também renda variável como parte da estratégia (os planos podem ter até 49% dos seus recursos alocados em ações).
Para ilustrar o que estou dizendo, a página dos planos Brasilprev, do Banco do Brasil (onde tenho conta), mostra que há um tipo de fundo que investe até 49% de sua carteira em ações no começo das contribuições e, ao longo do tempo (à medida em que se aproxima sua data de resgate), essa exposição vai diminuindo e os ativos de renda variável são trocados por opções mais seguras. A ideia é garantir mais retorno ao longo do seu período de contribuição, para depois garantir segurança na hora de usufruir dos benefícios.
Do ponto de vista prático, a previdência privada é interessante porque permite que escolhamos como queremos receber o benefício, além de poder contratar planos específicos para objetivos diferentes (veja abaixo o caso dos filhos). O legal é que com a tecnologia disponível hoje conseguimos simular situações, além de visualizar a rentabilidade dos planos e sua performance histórica antes de investir. Veja alguns exemplos de planos e rentabilidades clicando aqui.
Possibilidade de construir o futuro dos filhos
Quem pensa no futuro dos filhos e quer oferecer a eles a chance garantir, por exemplo, a graduação em uma universidade, a compra de um imóvel ou mesmo uma renda inicial para o inicio da vida profissional tem na previdência privada uma forte aliada. Com valores pequenos investidos todos os meses, proporcionar a realização desses objetivos fica viável.
Vale lembrar que o investidor deve ter especial atenção às cobranças de taxa de administração e carregamento. A taxa de administração incide anualmente sobre todo o montante aplicado, enquanto a taxa de carregamento representa um percentual pago sobre cada aporte. Atenção às melhores oportunidades: leve em consideração os resultados, o trabalho realizado pelo gestor do plano e essas taxas, que devem ser as mais baixas possíveis.
Agora é com você! Se você tem projetos de vida que visam a tranquilidade futura, ao mesmo tempo em que mantém seu padrão de vida, que tal começar a investir nisso agora mesmo, inclusive usando parte do seu 13º salário? O futuro de sua família e seu estilo de vida certamente serão melhores.
Até a próxima. Foto de freedigitalphotos.net.
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Este artigo foi escrito por Ricardo Pereira.
Educador financeiro, palestrante, Sócio do Dinheirama é autor do livro "Dinheirama" (Blogbooks), trabalhou no Banco de Investimentos Credit Suisse First Boston e edita a seção de Economia do Dinheirama. No Twitter: @RicardoPereira
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
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