| Reportagem Especial | | |
Paraisópolis, Zona Sul da cidade de São Paulo, cerca 20 mil moradias abrigam 80 mil pessoas com as precariedades que se encontram nos bairros de periferia de qualquer metrópole. Com um alto índice de desemprego, 75% dos seus moradores trabalham no setor informal no vizinho bairro de classe Alta, o Morumbi. Ali exercem profissões como babá, empregada doméstica, zelador, motorista, jardineiro, pedreiro, dentre outros ofícios de baixas qualificação profissional e remuneração mas com alta exploração. Sob adjetivos preconceituosos rotulados pela grande imprensa e baixos índices de desenvolvimento humano os moradores deste bairro se encontram acuados pelos interesses de comerciais construtoras, as ações violentas da Polícia Militar e a Prefeitura de São Paulo que tem expulsado centenas de suas casas para construção de uma Avenida que cortará Paraisópolis. A reportagem apresentada pelo Brasil de Fato mostra que o nome Paraisópolis – sinônimo de Cidade Paraíso – é hoje uma triste ironia para famílias como a de dona de Maria de Lourdes Oliveira Silva, de 56 anos, morta em um incêndio alojamento da Prefeitura, na madrugada de 2 de maio deste ano. Moradora da comunidade há mais de 20 anos, Maria de Lourdes vivia com a família no alojamento há cerca de três anos, junto com 48 famílias que foram removidas de suas casas por conta de obras de "revitalização" executadas pela Prefeitura. |
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