segunda-feira, setembro 26, 2011

Newsletter da Saúde

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Uma a cada três casas de favelas na zona sul do Rio tem focos de dengue

Posted: 25 Sep 2011 07:17 AM PDT

Uma a cada três casas nas comunidades Pavão Pavãozinho e Cantagalo, na zona sul do Rio, apresentaram focos de dengue durante uma vistoria feita por agentes da prefeitura na manhã deste sábado (24).

Segundo a Prefeitura do Rio, foram visitadas 138 residências nas duas favelas e encontrados pelo menos 42 possíveis focos para a proliferação do mosquito aedes aegypti, transmissor da doença.

A mesmo vistoria foi feita também no bairro da Urca, na zona sul, onde a situação é ainda pior. Quase metade dos locais visitados tinham pontos de acúmulo de água limpa: dos 123 imóveis visitados, 60 apresentaram possíveis focos. 

Este ano já foram notificados 130 mil casos suspeitos da doença no Estado do Rio. Só na capital, foram 68.840 registros

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Como parte da ação, estandes com dicas sobre como prevenir a dengue foram instalados nas comunidades.

A ação contou com parceria da Comlurb, da associação de moradores de cada região e das equipes de Saúde da Família das unidades de saúde locais. Ao todo, cerca de 60 pessoas, entre agentes de saúde e voluntários, participaram da atividade. 

"Pior epidemia da história"

No último dia 31, o prefeito Eduardo Paes alertou que o município deve enfrentar a maior epidemia de casos de dengue da história no próximo verão. O alerta foi feito durante o anúncio do Plano de Ação de Combate ao Dengue para 2012, com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

 - Lamento informar, mas teremos uma das maiores epidemias de dengue da história. Todos os dados apontam para que seja a maior que o Rio já enfrentou, até mesmo com a chegada de novos tipos. E, para evitar que as pessoas morram, vamos tentar colocar em prática várias ações.

Com isso, a prefeitura resolveu dobrar o número agentes de combate para 3.605 e instalar 30 polos de hidratação para pacientes em toda a cidade, sendo que 20 deles funcionarão durante 12 horas e os outros dez funcionarão 24 horas, a partir de outubro.


Fratura exposta

Posted: 25 Sep 2011 01:50 AM PDT


Quando o osso fraturado ou seu hematoma entra em contato com o meio externo denomina-se fratura exposta. Outras denominações possíveis como "fratura aberta" ou "fratura composta" não são utilizados com frequencia em nosso meio ( na língua inglesa é utilizado o termo open fracture ).

O grande problema da fratura exposta é a infecção óssea (osteomielite) que pode ocorrer. O osso é um "órgão" pouco vascularizado, o que torna difícil o combate à infecções . Da mesma forma, os antibióticos não podem agir adequadamente no osso infectado.

No atendimento ao paciente com uma ou mais fraturas expostas, deve-se inicialmente obedecer os princípios de um paciente vítima de trauma ou seja, seguir os princípios do ATLS.

Durante o ABCDE, no exame primário, a preocupação inicial com a fratura exposta será na Circulação , após a garantia de uma via aérea pérvia e de uma respiração adequada. Nesta fase, apenas o alinhamento do membro e a compressão do sangramento com ataduras é realizado em conjunto com uma imobilização provisória.

Após a reanimação do paciente, e após os exames subsidiários do exame primário, será feito o exame secundário e avaliação da fratura exposta com as radiografias dos membros fraturados.

O tratamento fundamental da fratura exposta é a prevenção de infecção com a limpeza exaustiva com 10 litros de soro fisiológico. A Segunda etapa também importante é o desbridamento dos tecidos que estão necrosados ou que estão desvitalizados e irão necrosar. A antibióticoterapia é um tratamento adjuvante e é feito com bactericidas de largo espectro de ação. Os mais utilizados são as cefalosporinas de primeira geração associados com aminoglicosídeos. Alternativa para essa associação é a cefalosporina de terceira geração. O agente infeccioso mais comum é o estafilococus aureus .

Para um tratamento mais adequado , assim como para a definição do prognóstico, foi criado um sistema de classificação por Gustilo e Anderson para as fraturas expostas .

A classificação está resumida na tabela:

Tipo I

Tipo II

Tipo III

ferimento

< 1 cm

1 a 10 cm

> 10 cm

Contaminação

pouca

moderada

grande

Lesão óssea

Simples ( traço transverso ou oblíquo)

Pouca cominuição

Cominutiva ou segmentar

O tipo III é subdividido em 3 tipos

III A

III B

III C

È possível cobrir o osso fraturado

Não é possível a cobertura óssea

Lesão vascular que precisa ser reparada

Após a limpeza cirúrgica, a estabilização do osso pode ser feita com qualquer método. O mais utilizado em fraturas expostas é o Fixador externo, pois permite a realização de curativos com maior faciliadade.

Em geral, a ferida na pele não deve ser suturado no tratamento de urgência das fraturas expotas para que não ocorra a formação de um hematoma ou abscesso.

A profilaxia contra o tétano é obrigatória: Se o paciente está imunizado(vacina nos últimos 10 anos), apenas a vacina antitetânica é utilizada, caso contrário, a imunoblobulina humana contra o tétano também deve ser prescrita.

Após alguns dias , quando na certeza que não haverá infecção, o tratamento definitivo da fratura é realizado.


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