quinta-feira, junho 23, 2011

A crise da sociedade de mercado e a América Latina

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Boletim Carta Maior - 23 de Junho de 2011 Ir para o site

A crise da sociedade de mercado e a América Latina


Não parece ser por acaso que, neste momento, o único país da América do Sul que venha apresentando grandes protestos de rua seja o Chile. Apontado há muito tempo como modelo supostamente bem sucedido do neoliberalismo na região, o país de Salvador Allende sofreu um brutal processo de privatizações nos últimos anos. A educação também não escapou da sanha privatista e é contra isso que os estudantes e professores chilenos se rebelam agora. Não parece ser acaso também que o México seja o outro país a apresentar um grave drama social, no caso, uma guerra do com o narcotráfico onde a fronteira de mocinhos e bandidos não é muito bem definida. México, tão perto da América, tão longe de Deus. Por outro lado, a América do Sul como um todo vem se apresentando como um oásis de prosperidade e perspectiva de futuro, perto do que está acontecendo na Europa e nos Estados Unidos, onde, mais uma vez, são os trabalhadores, pequenos e médios empresários que estão pagando a conta de uma crise que não provocaram. A Carta Maior sugere a leitura de alguns textos para refletir sobre essa situação.


A América Latina e a crise da sociedade de mercado
A ficção da “sociedade de mercado” autorregulada que desmorona agora na Grécia, na Espanha e em outros países europeus, é resultado de um processo que vem de vários anos. Talvez suas primeiras manifestações tenham surgido nas periferias do sistema capitalista. Neste sentido, o ciclo de protestos sociais latino-americanos que deu lugar a um conjunto de governos progressistas já indicava esse desmoronamento. Não é causalidade, então, que seja no Chile – na contramão destes governos e dos processos que os forjaram – onde também se repete o descontentamento que se vê na Europa, a partir de um rígido esquema universitário exclusivamente orientado à figura de um consumidor privilegiado. O artigo é de Amílcar Salas Oroño.
> LEIA MAIS | Economia | 22/06/2011
A antielitização latino-americana
As elites latino-americanas enfrentam uma crise de identidade e estão vendo encurralada sua capacidade ideológica para transfigurar seus interesses privados em projetos políticos majoritários próprios ou afins. Essas elites perderam seus pontos de referência. Elas sempre se refugiaram e se legitimaram em seus vínculos com os países centrais e na promessa de trazer o exterior para o continente como modelo para a modernização do arcaico e do periférico. Mas olhar “para fora” hoje em dia não é motivo de muito entusiasmo. O artigo é de Amílcar Salas Oroño.
> LEIA MAIS | Internacional | 31/05/2011
Integração sulamericana: um modelo em discussão
Quem decidiu que os países do Mercosul devem ser em conjunto os principais produtores e provedores mundiais de soja? Isso é resultado de uma decisão planificada soberanamente ou o produto da estratégia de um punhado de empresas transnacionais da alimentação e da biotecnologia que manejam o pacote tecnológico do atual modelo produtivo? Falando do setor industrial, o que significa que o grosso do intercâmbio de bens intra-Mercosul esteja constituído por produtos da indústria automobilística? A quem isso beneficia? O artigo é de Julio Gambina.
> LEIA MAIS | Internacional | 20/06/2011
O papel de Wall Street no narcotráfico
A política dos EUA para o México é um pesadelo. Ela minou a soberania mexicana, corrompeu o sistema político e militarizou o país. Obteve também como resultado a morte violenta de milhares de civis, pobres em sua maioria. Mas Washington não está nenhum pouco preocupado com os “danos colaterais”, desde que possa vender mais armas, fortalecer seu regime de livre comércio e lavar mais lucros das drogas em seus grandes bancos. Os principais bancos dos EUA se tornaram sócios financeiros ativos dos cartéis assassinos da droga. A guerra contra as drogas é uma fraude. Ela não tem a ver com proibição, mas sim com controle. O artigo é de Mike Whitney.
> LEIA MAIS | Internacional | 18/06/2011
Milhares de estudantes e professores protestam contra Piñera
Protestos massivos realizados em Santiago e em outras cidades chilenas deixaram claro o descontentamento com a situação da educação pública no Chile. Manifestantes pediram mudanças como o fim do lucro, maior equidade e gratuidade de ensino. Cresce o descontentamento com o governo conservador.
> LEIA MAIS | Internacional | 17/06/2011



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