quarta-feira, junho 22, 2011

A escalada de greves e protesto na Europa

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Boletim Carta Maior - 22 de Junho de 2011 Ir para o site


 

A escalada de greves e protesto na Europa


A crise grega pode ser pior que a quebra do Lehman Brothers. A afirmação é de Robert Preston, editor de Economia da BBC News, ao avaliar os possíveis impactos de uma moratória da Grécia, um país à beira da convulsão social. "Essa hipótese, se concretizada, teria consequências potencialmente catastróficas para credores não apenas dos 240 bilhões de euros da dívida soberana grega, mas também para credores de centenas de bilhões de euros da dívida comercial grega e de outras dezenas de bilhões de euros de contratos de derivativos relacionados à dívida grega. Um calote também aumentaria o risco de empréstimo para a Irlanda e Portugal, desencadeando amplas perdas adicionais de centenas de bilhões de euros em empréstimos a esses países e seus respectivos bancos", diz Preston.


A receita do FMI e do Banco Central europeu para a Grécia significa, entre outras coisas, demissão de servidores públicos em massa, privatização e cortes orçamentários que afetarão os serviços públicos. O povo grego não parece estar disposto a pagar esse preço e pressiona o governo e o Parlamento a não aceitar esse receituário.


A Carta Maior vem acompanhando a situação da Grécia e de outros países atingido pela crise financeira e econômica na Europa e na América. O Especial Desordem Financeira traz um conjunto de análises e artigos sobre esse tema. Selecionamos alguns destes textos para o feriado desta quinta-feira, pois a escalada de greves e protestos na Europa vem crescendo nas últimas semanas e suas repercussões dizem respeito ao mundo inteiro.


LEIA NO ESPECIAL "DESORDEM FINANCEIRA MUNDIAL":



Uma contra-revolução silenciosa em curso na Europa
A nova Governança Europeia visa colocar sob maior vigilância os orçamentos nacionais para reforçar as sanções contra os estados em déficit excessivo e limitar o crescimento dos gastos públicos. O pacto para o euro visa aumentar a flexibilidade do trabalho para evitar aumentos de salários e reduzir os gastos com a proteção social. A Grécia está no seu terceiro plano no espaço de um ano e viu a sua dívida e o seu déficit crescerem ao ritmo do empobrecimento da população. O mesmo destino aguarda a Irlanda, Portugal e Espanha. O artigo é de Thomas Coutrot, Pierre Khalfa, Verveine Angeli e Daniel Rallet.
> LEIA MAIS | Internacional | 21/06/2011

Milhares de manifestantes defendem greve geral na Espanha
Respondendo à convocatória do movimento 15M, mais de 150 mil manifestantes ocuparam neste domingo a Praça de Netuno, em Madri, para expressar a sua oposição aos planos de austeridade defendidos pelo FMI e pelo Banco Central europeu e aos sistemas político e financeiro, apontados como principais culpados da crise econômico-financeira. Em Barcelona, outras 270 mil pessoas saíram às ruas. Valência também registrou protestos com milhares de manifestantes. Na França, 100 pessoas foram detidas em Paris quando protestavam em frente da Catedral de Notre Dame.
> LEIA MAIS | Internacional | 20/06/2011

A crise européia e o "moinho satânico" do capitalismo global
A crise européia é não apenas uma crise da economia e da política nos países europeus, mas também – e principalmente - uma crise ideológica que decorre não apenas da falência política dos partidos socialistas em resistir à lógica dos mercados financeiros, mas também da incapacidade das pessoas comuns e dos movimentos sociais de jovens e adultos, homens e mulheres explorados e numa situação de deriva pessoal por conta dos desmonte do Estado social e espoliação de direitos pelo capital financeiro, em perceberem a natureza essencial da ofensiva do capital nas condições do capitalismo global. O artigo é de Giovanni Alves.
> LEIA MAIS | Economia | 08/06/2011

Um ano de atrocidades do FMI na Grécia
Cumpre-se agora um ano sobre a data em que o FMI começou a "ajudar" o governo grego do socialista Papandreu. O Fundo Monetário Internacional não ajuda ninguém – limita-se a disponibilizar dinheiro a governos em troca da aplicação de medidas que assegurem a liberalização selvagem da economia, o que significa asfixiar a vida da generalidade dos cidadãos e empurrar os mais desprotegidos para as zonas da nova escravatura.
> LEIA MAIS | Economia | 08/04/2011

A eutanásia da classe média nos EUA e na Europa
O grosso das riquezas acumuladas na história foi adquirida ou mediante a conquista armada de terras ou por meio de concessões políticas privilegiadas, como foi o caso dos terrenos públicos presenteados para a construção das ferrovias nos EUA no século XIX. As grandes fortunas norte-americanas foram construídas com o saque do domínio público de terras, empresas e direitos de monopólio, porque os principais ativos estavam no domínio público. A história agora se repete na Europa e nos EUA. Contra a sugestão de John Maynard Keynes de realizar a "eutanásia do rentista", querem eutanasiar a classe média. O artigo é de Michael Hudson e Jeffrey Sommers.
> LEIA MAIS | Economia | 14/03/2011
 
 




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