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Você, seu comportamento financeiro e o consumismo Posted: 17 Aug 2012 10:27 AM PDT Hoje em dia, presenciamos constantemente um padrão de comportamento financeiro se repetir: gastar mais do que se ganha. Tal modelo insiste em estar presente mesmo que o indivíduo saiba sobre esse princípio básico das finanças pessoais. Atualmente, apesar da infinidade de informações sobre planejamento financeiro, muitas pessoas fazem justamente o contrário e se endividam além da conta. O comportamento de endividamento, inadimplência, culpa e frustração aprisiona o indivíduo no ciclo vicioso do ganha-perde. Saber que não podemos comprometer o orçamento inteiro parece não bastar para frear os instintos consumistas amplamente estimulados diariamente. Por que, você deve estar se questionando? A questão envolve comportamento e o complexo universo interior humano. Para tentar deixar os fatos mais claros e encontrar algumas ferramentas que possam ajudar colocar as contas em dia, trago alguns pontos importantes desse quebra-cabeça chamado eu e meus motivos! Por que compramos? O objetivo dessa reflexão é provocar um momento de conhecimento dos seus motivos para comprar e assim evidenciar ocasiões em que existe consumismo puro e simples no lugar de consumo consciente. O consumo consciente traz consigo os benefícios de uma compra bem feita e prazerosa – o bem-estar e a tranquilidade de um bom negócio realizado, ao invés de um "peso" toda vez que olhamos para o bem adquirido. O peso é aquela história de olharmos para o produto e lembrarmos que ainda não pagamos todas as prestações ou nos arrependermos da compra, mesmo que esta tenha sido feita a vista e com um bom desconto. O consumismo conta e se aproveita de nossa pouca paciência, irritabilidade, imediatismo, baixa tolerância à frustração, otimismo excessivo, ansiedade, pouco autocontrole, vergonha, contabilidade mental e o sentimento do "eu mereço". Todas essas armadilhas estão presentes em nosso cotidiano e é preciso saber que elas existem para que o comando fique – pelo menos na maior parte do tempo – em nossas mãos. Estarmos atentos aos nossos comportamentos nos leva a uma vida mais saudável financeiramente. O principal é buscar a coerência interior. Quando algo não vai bem, provavelmente tentaremos preencher o vazio ou disfarçar as dores comprando. Só que esse é um paliativo perigoso, pois traz consigo mais problemas futuros (a frustração pós-compra, o endividamento e o desperdício de dinheiro). Qual é linha tênue entre comprar e poupar? Para sair dessas situações, é preciso olhar para si e procurar encontrar os motivos (de novo eles), que são gatilhos para esses comportamentos não desejados. Está difícil se conhecer ou você acha que está tudo bem mesmo com seu orçamento comprometido? Sugiro que você tente prestar atenção nas falas das pessoas de seu círculo de convivência, elas podem dar pistas interessantes sobre como você se mostra, como se comporta, como consome. Um exemplo são as famosas observações "comprou mais um?", "isso é novo?", "mas você precisava de outro?", "está podendo hein!" e por ai vai. Essas simples frases podem significar muito, então é bom ficar atento aos comentários! Assim, preferimos comprar agora e deixamos para amanhã aquele investimento que há tempos ronda nossa mente. Sempre o depois, o amanhã sem data para chegar. Chega! Aceite que nossas atitudes imediatistas precisam dar lugar ao planejamento de longo prazo. Julgamos e sugerimos sempre Geralmente, o que te incomoda no outro é reflexo do seu próprio comportamento; você acaba tendo condutas parecidas. Logo, fica a pergunta: será que sua conduta financeira está alinhada ao que você sugere para seu amigo? Até que ponto você aplica em sua vida os conselhos dados com tanta certeza? Lembrando que é a partir de nossa própria experiência que podemos sentir a dimensão dos fatos. Experiências mudam condutas. Como julgamos os outros e como trazemos esses julgamentos para nossa vida é uma reflexão oportuna, não acha? Uma experiência particular
Pense nisso! Um abraço e até a próxima! Foto: sxc.hu. ------Este artigo foi escrito por Bernadette Vilhena. Pedagoga empresarial, consultora em diversas instâncias da prática educativa nas empresas e autora do livro "Dinheirama" (Blogbooks). Especialista em Gestão de Pessoas e estudos nas áreas de Ergologia, Gestão do Conhecimento e Educação no trabalho. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama. A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama |
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