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O esgotamento do antiamericanismo Posted: 20 Aug 2012 11:28 AM PDT Por Gustavo Chierighini, fundador da Plataforma Brasil Editorial. Aqueles que estão acostumados a acompanhar os meus artigos e escritos sabem bem que não sou lá um arauto das belezas, maravilhas e proezas do "Tio Sam" – antes opto por uma postura editorial crítica e talvez mais ácida do que muitos gostariam. Mas o que fazer? Dizem que escrever é refletir a alma, e a minha é um pouco assim mesmo (e estou feliz com isso). Por favor, peço a gentileza de não me recomendarem nenhum curso de autoajuda corporativa. Prefiro um campo de reeducação trotskista – pelo menos assim, após o período de internação, estarei ainda mais preparado para combater essa tragédia ideológica. Mas o "bobajal corporativo" realmente se assemelha a uma tortura, e das mais cruéis. Reflexões sobre o modelo norte-americano Na minha postura crítica, sempre que abordei essa temática me esforcei para escapar das armadilhas dicotômicas (sabidamente a mãe de quase todas as burrices modernas) e me distanciei do céu, mas também do inferno, ficando finalmente com a terra, onde a vida real de fato acontece. A força da competição Seria pura cegueira não reconhecermos a força pujante de sua diversificada economia, a quantidade de agraciados com o prêmio Nobel em suas universidades, o inegável sucesso no campo científico-tecnológico e o estímulo ao empreendedorismo como valor nacional – com forte ancoragem em leis e políticas públicas de origem secular. Nem tudo é tão interessante, é claro. Também é ridícula a autoconfiança exagerada que observamos em alguns norte-americanos desprovidos de maior senso crítico. Dizem que uma destacada autoridade do governo Bush, na véspera do estouro a crise de 2008, disse textualmente à Christine Lagarde, na época ministra das finanças da França – preocupadíssima com o posicionamento americano diante da crise bancária – que ela não tinha noção do que era a força da economia norte-americana. Pois é, ela sabia muito bem. E como fica o Brasil? Para os detratores do americanismo (os antiamericanos), sugiro uma observação detalhada nos feitos do dito país (e é certo que os equívocos naturais a qualquer grande potência não podem escapar desta análise). Atentem também para os valores que norteiam o senso de liberdade e de moderna democracia dos EUA. Aos adoradores, recomendo uma calibragem de conceito, dotada de senso de competição, uma certa dose de autoconfiança (que sempre faz bem) e, sobretudo, que enxerguem o que de bom podemos aprender com os nosso parceiros do norte. Em suma, acredito que devemos nos inspirar nos seus valores democráticos mais caros, capazes de garantir efetivo arejamento econômico e forte espírito de inovação. Melhor aprender com isso que com suas modinhas de liquidação. Concorda? Até breve. Abraços. Foto: sxc.hu. ------Este artigo foi escrito por Plataforma Brasil. A Plataforma Brasil Editorial atua como uma agência independente na produção de conteúdo e informação. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama. A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama |
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