Oi, tudo bem?
Durante esta semana, tive a oportunidade de conversar com alguns amigos e familiares sobre os erros cometidos quando começamos a investir, algo que estamos tratando por aqui há duas semanas. Todas as pessoas com quem conversei foram unânimes em afirmar que já cometeram alguns desses erros, o que nos leva a um ponto importante de nosso compromisso: não se assuste se alguns desses erros também acontecem com você.
Aproveite para assumir que você precisa (e pode) melhorar, que muitas decisões financeiras erradas foram reflexo de sua falta de comprometimento com suas prioridades e que agir de forma diferente não depende de mais nada além de você e sua família. Posso afirmar com humildade que só agi de forma mais confiante quando enfrentei minhas frustrações e fracassos de cabeça erguida, como um verdadeiro adulto.
Erro 3. Deixar de tentar por medo de fracassar.
Conforme discutimos semana passada, o conhecimento que adquirimos a partir dos exemplos e passos de nossos pais e familiares tende a moldar nossas principais decisões de investimento. Comigo, aconteceu algo bastante comum: investimentos em imóveis e poupança eram tidos como interessantes, enquanto a bolsa de valores era vista como algo "perigoso e para especuladores".
Durante muito tempo, acreditei nisso e simplesmente evitei o mercado de ações. Mas exemplos como o do amigo
Henrique Carvalho, jovem economista que abriu mão de uma carreira brilhante como profissional de mercado para dedicar-se a aprender, praticar e compartilhar estratégias de investimento em ações confirmaram que as oportunidades existem e só precisamos aprender a trabalhá-las - ele criou um excelente
Guia de Alocação de Ativos (clique e conheça).
Confesso que, atualmente, a maior parte de meus ganhos passivos vem da bolsa de valores (dividendos, negociação de opções e fundos de bancos de investimento).
Situação semelhante acontece nos muitos lares em que o emprego formal sempre foi considerado "pilar de harmonia". Experimente falar em começar um negócio próprio em um ambiente desse tipo. Já presenciei discussões ferrenhas em que ninguém saiu vencedor; a vitória é sempre da nossa ignorância em defender aquilo que já sabemos (e não a chance de aprender mais). No entanto, muitos se arriscam e vencem, ainda que depois de alguns tombos.
A questão central aqui é que muitas pessoas queridas tentam nos manter em trilhas já conhecidas por puro amor, o que é bacana, mas perigoso. Querem evitar nosso sofrimento, nada mais. Acontece que, por mais que atitudes assim sejam louváveis, crescer também significa lidar bem com frustrações. Ouvir "não" e "dar com cara na parede" não é legal, mas ensina muita coisa (em essência, servem até como atalhos para coisas melhores).
O que fazer?
Experimentar! Tentar. Fazer. Mudar. Encarar. Você deve ter uma série de projetos engavetados, esperando o "momento certo" para explodirem. Que hora certa é essa que nunca chega ou que é sempre postergada e camuflada por justificativas cada vez mais criativas (e fajutas)?
Minha sugestão para você é: corra atrás de formação e conhecimento, mas também se dedique a aprender tentando, ainda que isso signifique chances maiores de frustrar-se com algumas consequências. E nada de voltar correndo para o status quo quando (e se) as coisas derem errado.
Finalmente, compartilho algo que aprendi observando a trajetória de muitos empreendedores bem-sucedidos: deixar de tentar ou desistir podem ser coisas diferentes se tomarmos tais ações ao pé da letra; no entanto, são também muito semelhantes quando o que está em jogo é aproveitar oportunidades.
Deixo o convite para que façamos alguns comentário sobre o tema também no
Twitter, assim envolvemos ainda mais gente. Mande sua mensagem para
@Navarro.
Até a próxima. Grande abraço.
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