domingo, junho 24, 2007

A CASA DO SABER E DA EXCLUSÃO

A CASA DO SABER E DA EXCLUSÃO
William Pereira da Silva


Tão bela! Graciosa e soberana! Ela fica situada na praça da liberdade, com suas cores vivas e chamativas combinando com as luzes do sol. E a noite, mais radiante ainda, embelezada pelas luzes azuis colocadas nos postes e nos canteiros da praça dando a ela uma impressão de estar sendo iluminada por uma ribalta.
Grandiosa na sua estrutura física, confortável em seu espaço interno acomoda quem procura o saber, oferecendo um acervo invejável às centenas de pesquisadores que a procuram todos os dias.
È prazeroso caminhar dentro das suas dependências, seu piso em cerâmica brilhante faz-nos andar com sutileza impedindo um escorrego no chão limpo e brilhoso. Tudo tem um charme onde vemos nos seus três pavimentos as repartições bem planejadas com ar condicionados, divisórias com vidros, dando aos seus freqüentadores e servidores um ambiente agradável de estudo e trabalho.
A satisfação de quem entra e ver muitas pessoas pesquisando em livros, revistas, jornais, sentados confortavelmente em mesas coletivas ou individuais, dá um estimulo maior ainda na vontade de buscar mais e mais conhecimentos. Os computadores bem distribuídos em bancadas individuais oferecem a quem a procura o mundo através da internet. Salas das mais diversas abrigam fontes e mais fontes do saber e do conhecimento. Na qual não se esquecem das crianças pequeninas que lá encontram seu espaço garantido com livros e revistas infantis, acomodando-as em mesas e cadeiras com pinturas alegres, vivas e divertidas colorindo a sala dando ao ambiente uma sensação de estar num mundo mágico de um arco-íris.
Há ainda a sala exposições utilizadas por quem à procura, cedida sem distinção, para expor seus mais diversos trabalhos de exposição de fotografias, livros, projetos, pinturas. Paralelamente uma sala de conferências, palestras, cursos, simpósios, seminários. Com comodidade e conforto para todos.
Poderiam receber os sinceros elogios e parabéns os idealizadores, arquitetos, autoridades municipais, funcionários públicos que educadamente recebem o publico em geral. Todos... Todos deveriam receber homenagens por oferecerem a comunidade em geral um ambiente tão rico e importante para a educação, a cultura, o saber e a arte. Mas, algo de errado aconteceu com o templo do saber. Alguma insensatez tomou de conta de todos, infelizmente. A Casa do saber virou a Casa da exclusão, tornou-se como a cauda do pavão macho com suas cores e belezas, porem ao olhar seus pés, encontra-se o contrates da feiúra. Como o pavão é lá embaixo que se esqueceu de embelezar enfeando a nossa Biblioteca Municipal Ney Lopes excluindo nossos cidadãos deficientes físicos e visuais.
Foram esquecidas pessoas importantes da sociedade que tem amparo da lei para o direito de ir vir, pessoas essas não podem pagar pelo erro e a omissão daqueles idealizadores de uma Biblioteca Municipal de elevadores que não funcionam e também não construindo as rampas de acesso aos deficientes físicos e visuais.
Muito estranho e vergonhoso para uma cidade de tamanho porte, de uma cidade que se denomina; CULTURAL, LIBERTADORA E QUE SERVE AO POVO MOSSOROENSE. E os deficientes físicos e visuais por acaso não são mossoroense?
Sensibilidade, coerência, inteligência, respeito e amor, deveriam fazer parte desse povo governante e seus assessores para prevalecer o decreto de 2004 onde diz que todas as edificações públicas devem sofrer adequações para dar acessibilidade aos deficientes em geral.
Façamos um teste. A Prefeita com os olhos vendados e os engenheiros com as pernas amarradas subiriam juntos até o terceiro pavimento. Caso gostassem poderiam deixar os elevadores quebrados e não colocariam mais rampas de acesso. Que assim seja feito e cumpra-se.
Eu Amo e Adoro Mossoró.

Nenhum comentário: