sexta-feira, julho 17, 2009

AS INDECÊNCIAS QUE O CAPITALISMO PROMOVE



--- Em sex, 17/7/09, Gaco Costa <fogaco16@gmail.com> escreveu:

De: Gaco Costa <fogaco16@gmail.com>
Assunto: Gabriel - Tenho orgulho de repassar-lhes esse texto, porque tenho certeza que você vai discuti-lo com seus amigos e seus alunos. E a sociedade não será 100% criança.
Para: RVPWP2009
Data: Sexta-feira, 17 de Julho de 2009, 4:11

AS INDECÊNCIAS QUE O CAPITALISMO PROMOVE

- RUBENS JARDIM 16-07-2009

 

Desde muito cedo, já na adolescência, as injustiças sociais provocavam minha revolta. Nunca consegui admitir a razão dos privilégios e a razão da miséria.

Em épocas mais remotas até o mais ilustre dos impérios, o de Roma, foi construído nas pilhagens de mão de obra e de tesouros. Nenhum dos impérios antigos conseguiu transformar as técnicas de produção ou aumentar a produtividade. Todos eles fizeram progressos de ordem militar, administrativa, jurídica e artística.

É por essa e outras razões que jamais consegui entender –ou admitir – o transplante de valores herdados da monarquia. Se antes o negócio era ter sangue azul, hoje, apesar da revolução francesa e o estabelecimento de um novo código de valores, não há igualdade, fraternidade --e muito menos liberdade.

Em que pese todos os disfarces e ardis da chamada democracia burguesa, ainda é a classe dominante que dita todas as regras. E é ela que nos injeta o vírus da liberdade, essa idéia abstrata que ainda possui o poder e o fascínio de nos encantar. Mas vale descer dessa montanha mágica e fazer a pergunta correta: liberdade para quem?

Claro que podemos votar, possuímos o direito de ir e vir e de manifestar livremente nossas opiniões. Mas será que esses jargões tem alguma conexão com a realidade concreta? Ou serão apenas palavras mortas utilizadas, permanentemente, apenas para nos tornar um bando de cordeirinhos equivocados?

Não há dúvida que o fosso criado entre o castelo do senhor e a plebe ignara ainda encontra-se vivo – e foi progressivamente ampliado. Em Roma, havia o circo. Na corte francesa, os biscoitos. E atualmente são outras as migalhas que alimentam o nosso imaginário. A sociedade atual assegura, com sua letra morta, uma infinidade de direitos: direito ao trabalho, direito à educação, direito à saúde, direito à propriedade, enfim, direito a uma vida digna. Mas isso, via de regra, não sai do papel. Na vida real, são muito poucas as pessoas contempladas com essas garantias constitucionais. Algo muito semelhante ao que acontecia debaixo do absolutismo monárquico.

 

Aliás, para deixar de lado todas essas interpretações, vamos aos números que não podem ser manipulados e não deixam espaço para mentiras.

 

A concentração de renda, por exemplo, continua a crescer:

 

1% da população detém 40% da riqueza total.

 

E o quadro que escandalizou o mundo na década de 90 * não mudou em nada:.as três pessoas mais ricas do planeta continuam tendo riqueza superior ao produto bruto dos 48 países mais pobres, onde vivem cerca de 600 milhões de pessoas.

 

E pouco mais de 250 pessoas, os verdadeiros bilionários, -----com ativos maiores de 1 bilhão de dólares-- possuem mais riqueza que os 40% da humanidade abaixo da linha da pobreza, perto de 2,5 bilhão de pessoas.

 

E, para finalizar, mais esta pérola da justiça social engendrada pelo capetalismo: os países mais ricos concentram 80% da riqueza do mundo, mas sua população representa apenas 20% da população mundial.

 

Que tal?

 

VIVA A LIBERDADE! VIVA A IGUALDADE! VIVA A FRATERNIDADE!


Abraço a todos(as)
Gabriel - Diretor de Formação Sindical e Educacional do Sinte Regional de Umarizal

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"Não aceites o que é hábito como coisa natural,
pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada, da arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural
nada deve parecer impossível de mudar"
                      Bertold Brecht


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