MEA-CULPA William Pereira da Silva Cada pessoa tem uma visão, percepção, opinião, uma analise da sua realidade. Podemos perceber que sempre se joga a culpa dos graves problemas da educação como também os pequenos empecilhos para seu funcionamento no dia a dia, nas pessoas e nos fatos do nosso cotidiano, das ocorrências mal-sucedidas ao nosso redor, não sente que o entrave, o mal funcionamento da educação em âmbito da escola pública tem considerações bem mais profundas. Acusar, culpar e condenar os erros e omissão de funcionários, educadores e diretores é ter uma visão pequena da real dimensão de quem ou o quê entrava o pleno desenvolvimento educacional da rede pública estadual. Alexandre Rangel, inspirado em Willard Zangwill, escreveu muito sobre esse profundo tema. Conclusão, as mudanças na educação devem vir de cima, do Governo. Outro grande impedimento da evolução da educação pública estadual são os Esquemas de Clientelismo, corrupção e práticas afins nas instituições públicas estatais, que são patrocinadas diretamente por grupos plurais "integrativos" (segmentos sociais diversos: políticos – deputados arrivistas – empresários, técnicos de secretaria, grupos policiais clandestinos e certos setores do judiciário). Esta composição, forma "redes de trocas" organizados com capacidade de atuação de longa duração. Aliás, vale ressaltar que uma pratica ilícita só terá durabilidade no interior dos aparelhos de Estado quando ele for além de suas iniciativas pessoais isoladas. Cada segmento que compõe a rede tem uma função especifica cujos objetivos comuns são em primeiro lugar favorecer seus membros através de trocas recíprocas; o segundo objetivo é garantir a permanência da pratica sem maiores riscos para seus componentes. Este objetivo é garantido por grupos policiais clandestinos, pelo tribunal de Contas e setores do judiciário... O tribunal de contas não fiscaliza porque seus membros são indicados pelo governador... Com efeito, pode-se inferir que tanto o Tribunal de Contas do estado como a Assembléia Legislativa apenas referendam o que já vem manipulado pelo executivo estadual... Em relação ao judiciário a situação não é diferente, conjunturalmente, a conivência com administrações neopatrimoniais é um dos seus principais traços, embora devamos ressaltar que do ponto de vista legal esta não seja sua função institucional. (Professor Carlos Alberto Nascimento de Andrade) Basta fazer uma pequena analise destes dois parágrafos para que possamos mudar nossa opinião de que somos nós, simples funcionários ou professores e diretores, que fazemos o caos na educação, podemos sim ter mea-culpa, da omissão ou se deixar fazer parte de esquemas de clientelismo e da corrupção, entretanto entendo que somos mais vítimas que algozes. |
domingo, julho 04, 2010
MEA-CULPA
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