quarta-feira, novembro 07, 2007

Os gansos e os professores

 
 
Os gansos e os professores

EDMILSON RODRIGUES
Servidor público
edmilsonfilho@hotmail.com
Muitas pessoas já estão cansadas de ouvir a história de como parecem perfeitas as estratégias que têm os gansos para vencer a resistência do ar e, assim, economizar forças.
A história dos gansos é tão interessante que permitiu que Alexandre Rangel escrevesse, por enquanto, dois livros intitulados "O que podemos aprender com os gansos".
Permitam-me, caros leitores, que sobre essa história eu faça algumas considerações.
Conta ela (a história) que o ganso líder, ao se cansar, volta ao fim da fila e outro ganso passa a liderar o bando, e assim sucessivamente, não é mesmo?
Que aconteceria se todo ganso líder em vez de voltar para o fim da formação deixasse o bando?
Após algum tempo não existiria mais um bando de gansos, mas, sim, vários gansos voando solitariamente e enfrentando toda a resistência do ar, não é mesmo?
Interessante fazer uma comparação da história dos gansos com o que acontece em algumas escolas.
Há ex-diretores, ex-diretoras, ex-coordenadores, ex-coordenadoras, ex-supervisores e outros ex-qualquer-coisa que após o período em que foram líderes não querem mais voltar a exercer funções subalternas.
Tais ex-qualquer-coisa continuam a "gestar o rei", tornando-se mau exemplo para as novas administrações.
Que moral terá o novo dirigente para exigir que servidor ou empregado fulaninho cumpra as suas obrigações se o ex-qualquer-coisa sequer vem ao ambiente de trabalho para cumprir seus deveres?
Lembro-me que conheci edis que, durante os seus mandatos, não cumpriam os seus expedientes nas repartições e escolas em que estavam lotados.
Interessante como alguns eleitores acham isso a coisa mais normal do mundo, e não uma tremenda desonestidade.
Caros leitores, se queremos um Brasil sério, deveremos observar a desonestidade que cometem alguns professores e servidores públicos para com os cidadãos que, através de tributos, pagam os seus salários.
Concluo citando o professor Gilbert Rist. Afirmou ele que "o desenvolvimento é como uma estrela morta, cuja luz ainda podemos ver, mesmo quando ela se extinguiu há muito tempo e para sempre".
 
FONTE: JORNAL GAZETA DO OESTE / SUPLEMENTO ESCOLA/DIA 7/11/2007/QUARTA-FEIRA/VIVENDO E APRENDENDO/PÁGINA 11.


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