Olá, tudo bem?
Não sei você tem acompanhado o noticiário econômico recente, então permita-me fazer um breve comentário que pode mudar a maneira com que você faz e enxerga seus investimentos. A hora é de refletir em torno das opções que escolhemos para manter nosso dinheiro.
Taxa de juros subiu, olho vivo!
Há pouco tempo, o Banco Central decidiu elevar a nossa taxa básica de juros (Selic) para 8% ao ano. Essa mudança elevou a rentabilidade da caderneta de poupança para 5,6% (70% da Selic) e trouxe ao mercado uma nova discussão sobre a escolha de nossos investimentos, o risco e a inflação.
O fato é que a poupança continua rendendo menos que a inflação. De acordo com o boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada toda semana pelo Banco Central, o IPCA deverá fechar o ano em 5,81%. No último “Relatório de Inflação” divulgado pelo Banco Central a projeção é de 5,7% para o IPCA no fim de 2013.
Os números acima são projeções e a análise da situação atual do país – juros em 8% ao ano e IPCA dos últimos 12 meses na casa dos 7% – traz uma realidade bastante óbvia: investimentos conservadores voltados para o curto e médio prazos serão suficientes apenas para manter o poder de compra, não servindo para o aumento do patrimônio.
Só se fala disso por ai...
O tom deste e-mail é o que encontrei, por exemplo, em um recente tópico de discussão na rede social e fórum de discussões
Investmania.com.br. Muitos investidores, preocupados com o retorno da renda fixa, já estão colocando em prática estratégias de investimento de longo prazo através de carteiras de ações, imóveis e fundos especializados.
A questão não é apenas vencer a inflação, o que garante poder de compra, mas multiplicar o patrimônio ao longo do tempo para que a geração de renda futura não seja comprometida. Como exemplo, dou o testemunho de um amigo carioca que tem imóveis alugados e que procura sempre comprar e revender imóveis em regiões ainda não exploradas totalmente pelas construtoras.
Mas será que ainda existem oportunidades para quem quer investir em ações e imóveis?
A resposta é "Sim!". O mercado de ações está com altíssima volatilidade, mas com muitas empresas cujas avaliações de valor (preço das ações multiplicado pela quantidade de ações) quase se igualam (ou são inferiores) ao seu valor patrimonial - as empresas estão preços "descontados", como se diz por ai, o que quer dizer que estão "baratas" e podem ser uma boa compra para o longo prazo. Além disso, há no mercado, especialmente fora dos grandes bancos, ótimos gestores especializados.
Em relação aos imóveis, publicamos esta semana uma entrevista com o especialista
Mario Amorin, da equipe de vendas da BR Brokers RJ, que garante que em algumas regiões ainda é possível encontrar apartamentos com boas chances de valorização, inclusive na planta. Ele e sua equipe criaram o site
www.porqueinvestir.com.br em que resumem esse potencial dos imóveis como parte do patrimônio. Para ler a entrevista,
clique aqui.
É fato que o mercado como ele se apresenta agora não é dos mais simples, mas não adianta usar essa desculpa para continuar investindo apenas em renda fixa e produtos de baixo retorno. Muitas regiões apresentaram alta expressiva nos preços e o sobe e desce da bolsa assusta, concordo, mas apartamentos pequenos e bons fundos de investimento multimercado, para ficar em dois exemplos rápidos, são excelentes alternativas para o momento (falo porque eu invisto nisso atualmente).
Conclusão
O objetivo hoje foi alertá-lo em relação à recente elevação dos juros, mas ao mesmo não deixá-lo muito confortável de que isso trará de volta o retorno expressivo da renda fixa de alguns anos atrás. Como investidores, teremos que aprender a lidar melhor com o risco e a definir melhor nossos objetivos de longo prazo - tema inclusive de um recente
artigo meu para o Portal Exame (clique para ler).
Fico à disposição, sempre feliz e orgulhoso de poder ajudá-lo a lidar melhor com seu dinheiro e finanças familiares. Até a próxima.
Abraços.
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