domingo, maio 13, 2007

A LÁGRIMA

A LÁGRIMA

José Marques Sobrinho
(Mossoró-RN)

Lágrima és uma pequena gota d água
Até maior do que todos os oceanos.
Teu percurso por onde permeia a mágoa
Torturante,deriva de íntimos arcanos.

Mensagem cadente dos arroubos da alma
Que em trajetória de luz se canaliza,
Es o orvalho que,caindo em noite calma
Vem banhar a face onde a dor se cristaliza.

Síntese de múltiplas e humanas emoções
Interpretas surdos e secretos sofrimentos,
Reflexo de amarguras e fugidias ilusões
No imutável rolar de fluentes movimentos.

Falas mais alto de que todos os poemas
Dizem melhor que conceitos das teorias.
És a pequena gota mudada em gemas
Das raríssimas e cristalinas pedrarias.

És a expressão do pesar e da ventura,
Portando em teu séquito a dor e a alegria.
Se abras os olhos para o encanto da ternura
Põe-te a féchá-los nos estertores da agonia.

Saliente,és a dor que dói.Não falas
E nem emites palavras ruidosas ou gemidos
Na manifestação muda quando te instalas
Ao crepitar das paixões que nos põe aturdidos.

Lágrima,pingo d água assaz pequeno!
Como ser não existe grandeza maior.
És humilde gota de símbolo sereno
Provindo das entranhas recôndidas do pó.

Tua linguagem universal,na humildade,
Fala mais pela eloquência muda dos olhos,
Cujo mutismo retrata a árdua realidade
Espelhando o que vem dos íntimos refolhos.

Como mensageira da dor e da alegria,
Num ritual pela unção santificada,
Falas tão alto como a voz da profecia
E os acordos da música,em árias decantada.

Como diamante de idéias sublimados
Irradias brilho para aclarar destinos
Que em ternura ou tristezas retratados
Faz a grandeza de luzeiros pequeninos.
Se abras os olhos para o encanto da ternura

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