sábado, setembro 01, 2007

O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

William Pereira da Silva
wipersil@hotmail.com
O dia do professor de educação física era celebrado no dia 15 de junho. Porém, com a regulamentação da profissão no dia 1º de setembro de 1998, criou-se uma polêmica. Aqueles que são a favor da regulamentação – ou seja, que o Conselho Federal de Educação Física zele pela qualidade do serviço do profissional de educação física – querem que o dia seja mudado para 1º de setembro. Mas nada ainda está resolvido. Contudo, segundo a professora Yara Carvalho, o problema maior não é esse. A maioria dos profissionais da área nem sabe que existe uma dia dedicado a eles (Gabriel Attuy-2001)
. O MOVIMENTO NACIONAL CONTRA A REGULAMENTAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA – MNCREF – mesmo sendo um movimento sem uma abrangência suficiente para barrar a ganância dos Conselhos Federal e Regionais de Educação Física nos mostra o lado negativo deste embate, no qual o grande prejudicado são aqueles que mesmo como PROFESSORES de Educação Física não precisam filiar a nenhum conselho ou defender o MNCREF, porém se formos ponderar analisar, pesquisar, veremos que o MNCREF tem suas razões em lutar contra esta regulamentação. E nós PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA podemos e devemos atuar como educadores em qualquer instituição que venha solicitar nossos serviços, desde que seja com o cunho educativo, estudaram para isso e somos capazes de atuar em qualquer setor da sociedade, como educadores. Se atuarmos como técnico em modalidades esportivas num evento de escolas, não temos a mínima obrigação de ter filiação a estes conselhos. Estamos ali como EDUCADORES e não como meros tecnicistas como querem muitos.
Toda esta polemica é causada pelos desconhecimentos e formação política dos PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA QUE SE DEIXAM LEVAR POR TODA CONCEPÇÃO  EXISTENTE QUE APARECE NO MERCADO DE TRABALHO. Atuam nas escolas simplesmente  como técnicos, esquecendo que passou de quatro a cinco anos na Universidade estudando, dezenas e dezenas de disciplinas capacitando-o para ser um EDUCADOR, pois estudou sociologia, filosofia, didática,  todo um currículo voltado não somente para o lado tecnicista.
Analisemos pelo seguinte ponto de vista; O professor de Educação Física geralmente tem curso de licenciatura e atua no setor educacional, que já tem O CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – CNE - que rege toda educação a nível nacional. Logicamente não podemos ter dois Conselhos e os procedimentos utilizados pelos conselhos Federal – CONFEF – e os Regionais – CREFS –  causa muita polemica por querer passar por cima de tudo e de todos para se manter como uma instituição representativa. Desrespeitou culturas milenares das lutas marciais, impediu a dança, a capoeira, de atuar como uma cultura popular, (tem ate uma piadinha insinuando que os conselhos irão exigir carteiras dos índios para poder dançarem nas aldeias),  num pensamento egoísta e autoritário, como se  a expressão da cultura do corpo fosse propriedade de alguém, como se as atividades físicas, os movimentos corporais, não fossem uma ação humana que a própria natureza dotou seus seres para se locomoverem no mundo. Os movimentos são atitudes naturais. A dança, a capoeira, as lutas marciais vieram de uma cultura popular. Diversas culturas começaram, existiram e existe independente de professores ou profissionais da Educação Física. Vamos separar o Joio do trigo.
O CONFEF e os CREFS devem atuar e se preocupar com a valorização da profissão? Evidentemente que SIM? Há espaço e mercado para todos, tanto para os Bacharéis como para os licenciados e também para as artes e culturas populares que sobrevivem dos movimentos corporais. O que se questiona é a prepotência como esses conselhos querem abranger a tudo e a todos sem um mínimo de respeitos as leis e a lógica do bom senso. Que eles atuem naqueles setores que exigem mais cientificidade, tecnicidade, sejam em hospitais, academias (com exceções), empresas de comercio e indústrias, clubes esportivos (Deveriam exigir a carteira de filiação dos técnicos de futebol, da seleção brasileira de voleibol, basquete e tantas outras modalidades que eles nem chegam perto para exigir a filiação destes técnicos. Por quê?)
O que falta ao PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA é ler mais, muito mais, pesquisar, conhecer seus direitos, lutar por melhores condições de trabalho, se politizar, atuar com mais responsabilidade e autoridade, terem mais ética, ser mais participativo, deixar essa moda de querer ser um simples técnico de qualquer modalidade, lutar pela valorização da sua profissão como educador.
Lembrem-se PROFESSORES somos regidos pelo CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. SOMOS EDUCADORES.

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