PROFESSOR PROFISSÃO PERIGO
William
Pereira da Silva
Ativei no Google este título acima descrito e obtive
aproximadamente 56.200 resultados, onde tem até filmes sobre o assunto.
É assustador a quantidade de casos envolvendo professores com a
violência, tanto de alunos x professores, pais x professores, escolas x
professores, comunidade x professores, delinqüentes x professores.
Estou
escrevendo este texto baseado noutro artigo com o mesmo nome, escrito
por MARIA DE FÁTIMA
FRANCO DOS SANTOS Professora do Curso de
Psicologia da PUC-CAMPINAS e Colunista do Jornal Correio
Popular, Campinas, SP, no blog Penso? Logo Existo. (http://kautscher.blogspot.com/2007/10/professor-profisso-perigo.html).
Atuo
em duas escolas públicas de Mossoró com realidades
parecidas. Nunca estive numa situação tão conflitante como agora. No
passado havia casos de alunos rebeldes, às vezes briguentos, mas tudo
que não se resolvesse com uma boa denúncia a direção, casos de brigas
entre alunos e professores eram raras, mas aconteciam. Tive
de entrar em luta corporal com alunos algumas vezes para me defender,
em outras oportunidades fui até ameaçado de apanhar por grupos de
alunos insatisfeito com minha arbitragem num jogo, mas com um
bom papo tudo era resolvido e terminávamos numa mesa de bar nos
confraternizando e tudo voltava ao normal. Atualmente fatos de
violência contra minha pessoa dentro e fora das escolas estão se
tornando corriqueiro e tenho enfrentado situações perigosas e
constrangedoras.
Final do ano passado alunos jogava voleibol e
começaram com discórdias e badernas durante o jogo e tive que
encerrá-lo para não haver briga entre eles. Um deles revoltado pelo
final do jogo se dirigiu a mim gritando que eu era um moleque e
irresponsável, levei o caso a direção e numa reunião em sala fechada o
mesmo levantou calunia diante dos fatos ameaçou jogar uma cadeira
em mim, fui desafiado para brigar, neguei-me saí da sala, no
corredor o rebelde me ameaçou dizendo que iria chamar seu pai e irmão
para me dar uma surra e ficou circulando ao meu redor.
Tive de ir embora estava com a pressão alta, irado, já pensando ir as
últimas conseqüências e brigar com ele, saí da escola às pressas e fui a
Unidade de saúde mais próxima para verificarem minha pressão que
estava 20/14. Através de atestado médico passeis quarenta e cinco dias
afastados das atividades escolares.
Outra situação
péssima que enfrentei foi um individuo totalmente drogado adentrou no
campo de futebol ameaçando a todos quase sem poder falar
dizia que ele era o dono do jogo agora e quem impedisse iria ver o que
acontecia, mais uma vez tive de sair rapidamente do ambiente.
Palavras
de baixo calão, pornografia é o que mais vemos de muitos alunos dentro
da sala de aula. Eles agridem moralmente professores sem nenhum
constrangimento dirigindo ofensas e mais ofensas sem o mínimo de
escrúpulos e pudor, temos de recorrer sempre à direção da escola para
tomar providências. Este ano um aluno armado com um revolver foi
retirado da sala de aula pela polícia, foi um rebú danado dentro da
escola, mas pasmem, o aluno foi apenas transferido de turno. São tantos
casos que daria para escrever muitas páginas.
O
que mais me intriga é que não existem ações efetivas para resolver o
problema e em nenhuma reunião o tema é debatido, agem como se nada
tivesse acontecido, encobrem os fatos e a realidade só faz piorar. Até
quando surpotaremos?
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