domingo, fevereiro 24, 2013

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Por que o Ibovespa está tão estranho? Oportunidade para o investidor?

Posted: 23 Feb 2013 01:00 PM PST

Por que o Ibovespa está tão estranho? Oportunidade para o investidor?O mercado de ações passa por um momento delicado em 2013. Na última semana, os resultados negativos permaneceram. Ainda que a sexta-feira tenha trazido valorização positiva de 0,97%, a semana de 18 a 22 fechou com queda de 2,08% do índice Ibovespa.

O mercado de ações continua sendo atingido por fatores externos e internos. Por aqui, as desconfianças do mercado são inúmeras: inflação em alta, câmbio que flutua dentro de uma faixa desejada pelo governo e a possibilidade do Banco Central subir a taxa básica de juros são aspectos que influenciam os humores do mercado.

Além disso, a política de intervenção do governo federal em algumas empresas, somada aos resultados negativos da Petrobras, até pouco tempo nossa mais valiosa empresa, trouxeram também grande frustração ao mercado. A julgar pelo preço das ações, a famosa blue chip se tornou o "patinho feio" entre as petroleiras no mundo.

No cenário externo, a reunião do Fomc (Federal Open Market Committe) também trouxe mais preocupações ao mercado. O Federal Reserve, banco central dos EUA, revelou que considera uma revisão do programa de US$ 85 bilhões em compras de ativos mensais, revelando ainda que alguns membros da autoridade monetária norte-americana analisam encerrar o programa antes que ele alcance o objetivo inicial, a melhoria substancial no mercado de trabalho.

Confira abaixo as maiores altas de papéis que compõem o índice Ibovespa nesta sexta-feira, 22/02/2013:

Maiores altas do Ibovespa

Confira também as maiores baixas de papéis que compõem o índice Ibovespa nesta sexta-feira, 22/02/2013:

Maiores baixas do Ibovespa

Vale lembrar que o mercado de ações é um mercado onde a volatilidade (o "sobe e desce") e o risco estão sempre presentes. Você pode e deve buscar mais informações sobre estratégias, técnicas e oportunidades para investir de forma consciente.

Outro ponto importante, bastante "manjado", mas nem sempre colocado em prática por que começa a investir é o mandamento principal dos investidores: comprar na baixa e vender na alta. Será que os recentes movimentos e preços não representam, no fundo, uma oportunidade para quem pensa no futuro? Vale acompanhar. Até a próxima.

Foto de freedigitalphotos.net.

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Este artigo foi escrito por Ricardo Pereira.
Educador financeiro, palestrante, Sócio do Dinheirama é autor do livro "Dinheirama" (Blogbooks), trabalhou no Banco de Investimentos Credit Suisse First Boston e edita a seção de Economia do Dinheirama. No Twitter: @RicardoPereira
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama


Crescimento econômico e social: por um movimento liberal

Posted: 23 Feb 2013 08:30 AM PST

Crescimento econômico e social: por um movimento liberalPor Gustavo Chierighini (@GustavoChierigh), fundador da Plataforma Brasil Editorial.

Caro leitor, antes de tudo preciso deixar claro que não estabelecerei aqui nenhuma forma de embate ideológico ou mesmo a defesa cega de qualquer modelo específico. Trata-se, antes, da ponderação de que, em uma democracia moderna, a alternância de ideias e práticas traz na sua esteira a evolução. Com esse intuito convido-o a prosseguir nesta reflexão.

O inevitável impasse econômico para o qual nos dirigimos, no apagar das luzes do triunfalismo que se apossou do Brasil nos últimos anos, traz consigo a demanda por uma reflexão profunda sobre o nosso destino como nação.

Pátria essa que, persistentemente, se mantém tomada por um protagonismo estatal que, no meu modesto entendimento, ultrapassa em muito o patamar do bom senso. O exagero transgride a zona de segurança da eficiência produtiva, tão cara a um país que se enxerga, legitimamente, como potencial ocupante das primeiras posições na liderança econômica internacional.

Senso crítico sempre!
Para aqueles que acompanham meus escritos e conhecem o tom ácido com que abordo determinados temas, fica aqui o meu testemunho, muito sincero, de que, sim, acredito muito no nosso Brasil varonil, mas não abro mão do senso crítico e da observância da realidade.

Acredito que caminhando com um saco de certezas em uma mão, e outro tomado de dúvidas na outra, é que se avança pelas rotas mais seguras.

A  história se repete?
O nosso recente ufanismo triunfalista não espanta nenhum observador que se mire da máxima de que a história sempre se repete. A prova disso no caso brasileiro está na nossa história recente, precisamente durante a segunda metade da década de 50, com o programa desenvolvimentista de JK e depois nos anos 70 com o "milagre brasileiro".

Nos dois períodos fomos percebidos pela comunidade internacional como "a inevitável grande potência que nascia" dentre os emergentes. E, nas duas ocasiões, o saco das certezas superou em muito o saco das interrogações – e, desprovidos de senso crítico, mergulhamos, uma vez após a outra, em crises econômicas e políticas sem precedentes.

Estado intervindo demais não é a saída…
Mas existe um outro padrão comportamental a nos perseguir, e este independe de legendas partidárias, de grupos políticos ou ideológicos, e até mesmo de congregações acadêmicas. Trata-se do mecanismo insistente de um estado excessivamente participativo na nossa economia e segmentos de nossa vida social.

Em uma matemática simples, é fácil concluir que quanto mais participativo ele é, maiores serão as consequências diante de sua ineficiência. A situação se agrava ainda mais quando, além de tudo, a máquina estatal não consegue retornar aos seus cidadãos os benefícios inerentes ao recolhimento de tributos (que, como sabemos no caso brasileiro, supera em muito a média mundial). Junta-se isto ao inferno burocrático em que vivemos e eis que surge a rota para o desastre.

Por um liberalismo de resultados
Calma, eu não prego o liberalismo radical, afinal conhecemos a sua resultante. Creio medianamente no propagado espírito animal do empreendedor. Ou seja, não acho que o estado não possa atuar como vetor de indução em determinados setores, e nem mesmo defendo a desregulamentação absoluta, mas aqui rogo pelo ajuste de sua participação.

Faço um apelo para que, como manda a boa dinâmica democrática, possamos caminhar ao longo de nossa estrada entre modelos alternativos, abastecidos sempre com o mínimo de convergência, de forma que um seja, em seguida, corrigido pelo outro, deixando o populismo atávico de parte de nossa classe política de lado, definitivamente.

Penso que é chegada a hora de vivermos um modelo necessariamente liberal, dotado evidentemente de todos os ajustes necessários. Mas de novo o senso crítico me pega pelo pé, trazendo uma indagação: contamos com líderes capazes disso? Pra pensar. Até o próximo.

Foto de freedigitalphotos.net.

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Este artigo foi escrito por Plataforma Brasil.
A Plataforma Brasil Editorial atua como uma agência independente na produção de conteúdo e informação.
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