quinta-feira, fevereiro 28, 2013

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Como contratar a pessoa certa com apenas uma pergunta

Posted: 28 Feb 2013 07:04 AM PST

Como contratar a pessoa certa com apenas uma perguntaUma das perguntas recorrentes em entrevistas de emprego é: “Qual é o seu principal defeito?”. Essa pergunta incomoda muita gente, mas há maneiras inteligentes de "dançar conforme a música", ou seja, de responder a essa questão de maneira satisfatória e prudente.

Respostas como “Às vezes sou um pouco esquecido, por isso tomo nota de tudo para não perder prazos” ou “Às vezes sou um pouco desengonçado, mas os esportes que pratico têm ajudado neste sentido”. Perceba a sugestão: ser direto e rápido na resposta, mas associar a limitação a uma solução.

Quais são os seus defeitos?

Hoje pretendo abordar o assunto por outro prisma. Refiro-me a um novo paradigma para os compositores das entrevistas. Imaginem este cenário:

O candidato entra na sala do gerente responsável pela decisão e gentilmente é convidado para sentar-se.

Não demora muito e o chefe indaga: – Me fale dois de seus defeitos?

O candidato responde: – São muitos, na verdade poderíamos falar horas sobre eles, mas creio que o senhor me chamou aqui para falar sobre as habilidades em que sou excelente e de que forma esses pontos poderão ajudar sua organização a crescer, não é isso?

Naturalmente, ninguém teria a ousadia de expressar-se dessa forma. Não que os defeitos devam estar fora de uma análise de perfil, mas conhecê-los numa única entrevista não garante a prevenção de problemas futuros relacionados ao candidato em perspectiva.

E se o foco for no que se faz muito bem?

Uma sugestão para evitar desgastes na organização é fazer uma pergunta ligada diretamente aos pontos de excelência do indivíduo, de modo que seus defeitos sejam irrelevantes. Que tal a pergunta definitiva: “No que tange a trabalho, o que você realmente gosta de fazer e faz bem?”.

Esse é o pontapé inicial para uma entrevista eficaz. Se a pessoa gosta muito do que vai fazer, é bem provável que não será um colaborador indolente, que precise ser compelido ou mandado a fazer as operações. Não seria ótimo se todos os funcionários trabalhassem de modo a não precisar de supervisão?

Essa possibilidade existe, mas somente se o candidato tiver entusiasmo pelo que faz. Entusiasmo vem do grego e significa "ter Deus dentro de si". O colaborador que gosta do que faz tende a realizar com alegria suas atividades. Isso aumenta muito as chances de se fazer bem o trabalho.

Adianta aprimorar algo que não gostamos de fazer?

Tenho a impressão de que um dos problemas crônicos das empresas é a contratação de pessoas que não gostam do que fazem e que, consequentemente, não fazem bem o serviço.

Muitas dessas companhias oferecem bônus e treinamento para transformar as fraquezas em forças. Há grande investimento neste aspecto e geralmente ambos ficam frustrados no final. De um lado, a empresa que gastou para ensinar e, do outro, o colaborador que se aprimorou em algo que não gosta de fazer.

Quando um colaborador é excelente em algo, suas fraquezas passam a ser irrelevantes em uma equipe. Se há um ponto fraco por parte de um, espera-se que exista um outro colega que seja excelente naquilo em que o primeiro não é. Dessa forma, tem-se um time de estrelas.

O melhor em cada posição

Podemos comparar com o futebol. Todos são importantes no time e o treinador não fica solicitando que o atacante seja bom em defender e nem que o zagueiro seja fulminante no ataque.

Quando um treinador solicita que todos sejam bons em tudo, o resultado é apenas mediano. Daí o surgimento de uma equipe medíocre. O treinador espera que cada um opere seu papel com excelência naquilo em que se propôs a fazer desde o inicio. A consequência disso é um time campeão.

Para encerrar, é preciso lembrar que cada ser humano é dotado de talentos e paixões específicas que, se bem orientadas por seu líder, trarão uma contribuição significativa à organização a qual pertence.

Quando as pessoas percebem que o trabalho realizado faz a diferença, elas se tornam eficazes. Não porque deixam de ter fraquezas, mas porque estas limitações se tornam irrelevantes. Sucesso em suas entrevistas e contratações. Até a próxima.

Foto de freedigitalphotos.net

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Este artigo foi escrito por Alex Arcanjo.
Empresário, empreendedor e curioso sobre temas ligados a vendas, marketing e atendimento ao cliente.
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama


Os dez melhores MBAs para networking

Posted: 28 Feb 2013 04:35 AM PST

Os dez melhores MBAs para networkingNetworking é um dos mais importantes aspectos a ser trabalhado durante a vida profissional. Empresárias de sucesso já afirmaram que as pessoas devem sempre vir em primeiro lugar, pois são elas que de fato importam. Mesmo sendo um dos caminhos para o sucesso, ampliar sua rede de contatos não é uma tarefa simples, principalmente para pessoas tímidas e retraídas.

Por isso, investir em ensino e treinamento tem se mostrado uma boa alternativa para aqueles que não têm habilidades ou aptidão para a prática do networking. Como isso pode ser possível?

O site GraduatePrograms.com divulgou uma lista com as 10 melhores escolas de negócios que ensinam a arte de um networking produtivo. O ranking foi feito com base nas respostas de mais de 4.500 estudantes de mais de 700 escolas de negócios por todo Estados Unidos e é medido em uma escala de zero a dez estrelas.

MBAs para a vida social

Abaixo você confere as melhores escolas de negócio dos Estados Unidos para aprimorar seu networking.

1) University of Texas, Austin (McCombs School of Business) – 10 estrelas

2) University of Pennsylvania (Wharton School) – 9.78 estrelas

3) Dartmouth College (Tuck School of Business) – 9.5 estrelas

4) University of Virginia (Darden Graduate School of Business Administration) – 9.43 estrelas

5) Rice University (Jones School of Business) – 9.4 estrelas

6) Duke University (Fuqua School of Business) – 9.29 estrelas

7) New York University (Leonard N. Stern School of Business) – 9.27 estrelas

8) Yale University (Yale School of Management) – 9.2 estrelas

9) University of California, Berkeley (Haas School of Business) e Cornell University (S.C. Johnson Graduate School of Management) – 9 estrelas

10) Michigan State University (Broad Graduate School of Management) – 8.92 estrelas

O ranking tem uma competição acirrada, com pouca diferença entre as pontuações da 10ª escola e da 1ª. No entanto, a Universidade do Texas, em Austin, foi a única a atingir nota máxima durante a apuração.

Segundo um dos alunos, a universidade fica em uma cidade magnífica, que promove um ambiente amigável e de aprendizado. "O curso faz parte de uma das maiores universidades dos Estados Unidos e oferece grandes oportunidades de conhecer novas pessoas e trabalhar", diz.

Investir em um MBA que ensine bons profissionais a se relacionarem no mundo dos negócios e na vida social pode ser a solução de um problema comum a muitas pessoas, como aponta a pesquisa realizada pela equipe da MBA Tour e publicada no Estadão. Durante o período de MBA, o aluno foca seus esforços na aprendizagem do conteúdo, mas pouco participa nas interações com outros alunos fora ou dentro de sala de aula.

Networking no Brasil

Com base nas pesquisas levantadas, é possível identificar que cidades maiores (e mais preparadas) geralmente oferecem condições melhores para a vida social de estudantes que nela residem. Mais do que isso, as universidades mais tradicionais também levam vantagem por criarem um ambiente mais favorável à socialização graças às melhores estruturas.

Sendo assim, cidades como Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo podem levar vantagem caso fosse feito um ranking com os melhores MBAs para networking no Brasil. O que não exclui necessariamente as cidades menores da disputa, que com ambiente de interior e aproximação física de moradias também podem promover a interação de estudantes.

Pra você, quem leva melhor no Brasil? Universidades no interior ou nas grandes cidades?

Fonte: GraduatePrograms.com. Foto de freedigitalphotos.net.

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Este artigo foi escrito por Willian Binder.
Graduando em Administração na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e estagiário do Dinheirama.
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama


Imposto de Renda (IRPF) 2013: Como declarar despesas médicas

Posted: 27 Feb 2013 03:00 PM PST

Imposto de Renda (IRPF) 2013: Como declarar despesas médicasSeguindo com nossos textos especiais sobre a Declaração de Imposto de Renda 2013 (referente ao ano de 2012), hoje é dia de abordarmos as principais dúvidas em relação à declaração de despesas médicas e suas deduções. Estão publicadas as 7 principais perguntas relacionadas ao tema.

Não se esqueça do prazo para entrega da declaração, que vai de 1º de março a 30 de abril. Tanto o software para preenchimento da Declaração de Imposto de Renda, o IRPF 2013, quanto o Receitanet (usado para transmitir), já estão disponíveis no site da Receita Federal. Veja também as regras gerais sobre Imposto de Renda e faça o download do software IRPF 2013.

Abaixo você lê as dúvidas sobre como declarar despesas médicas no IRPF 2013:

1. Quais são as despesas médicas dedutíveis na Declaração de Ajuste Anual?

As despesas médicas ou de hospitalização dedutíveis restringem-se aos pagamentos efetuados pelo contribuinte para o seu próprio tratamento ou o de seus dependentes relacionados na Declaração de Ajuste Anual, incluindo-se os alimentandos, em razão de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente, ou por escritura pública.

Consideram-se despesas médicas ou de hospitalização os pagamentos efetuados a médicos de qualquer especialidade, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, hospitais, e as despesas provenientes de exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias.

No caso de despesas com aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias, exige-se a comprovação com receituário médico ou odontológico e nota fiscal em nome do beneficiário. Consideram-se também despesas médicas ou de hospitalização:

Os pagamentos efetuados a empresas domiciliadas no Brasil destinados à cobertura de despesas com hospitalização, médicas e odontológicas, bem como a entidades que assegurem direito de atendimento ou ressarcimento de despesas da mesma natureza;
As despesas de instrução de deficiente físico ou mental, desde que a deficiência seja atestada em laudo médico e o pagamento efetuado a entidades destinadas a deficientes físicos ou mentais.

A dedução dessas despesas é condicionada a que os pagamentos sejam especificados, informados na Relação de Pagamentos e Doações Efetuados da Declaração de Ajuste Anual, e comprovados, quando requisitados, com documentos originais que indiquem o nome, endereço e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) de quem os recebeu.

Admite-se que, na falta de documentação, a comprovação possa ser feita com a indicação do cheque nominativo com que foi efetuado o pagamento. Conforme previsto no art. 73 do RIR/1999, a juízo da autoridade fiscal, todas as deduções estarão sujeitas à comprovação ou justificação, e, portanto, poderão ser exigidos outros elementos necessários à comprovação da despesa médica.

As despesas médicas ou de hospitalização realizadas no exterior também são dedutíveis, desde que devidamente comprovadas com documentação idônea. Os pagamentos efetuados em moeda estrangeira devem ser convertidos em dólares dos Estados Unidos da América, pelo seu valor fixado pela autoridade monetária do país no qual as despesas foram realizadas, na data do pagamento e, em seguida, em reais mediante utilização do valor do dólar dos Estados Unidos da América, fixado para venda pelo Banco Central do Brasil para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao do pagamento.

Não são dedutíveis as despesas referentes a acompanhante, inclusive de quarto particular utilizado por este. Não são admitidas deduções de despesas médicas ou de hospitalização que estejam cobertas por apólices de seguro ou quando ressarcidas, por qualquer forma ou meio, por entidades de qualquer espécie, nacionais ou estrangeiras.

2. São dedutíveis como despesa médica os gastos com internação hospitalar efetuados na própria residência do paciente?

É dedutível a despesa com internação hospitalar efetuada em residência, somente se essa despesa integrar a fatura emitida por estabelecimento hospitalar.

3. Há limite para dedução dos pagamentos efetuados pelo contribuinte a instituições que oferecem cobertura de despesas médico-hospitalares, comumente denominadas de segurosaúde?

Não. Pode ser deduzido o total dos valores das prestações mensais pagas para participação em planos de saúde que assegurem direitos de atendimento ou ressarcimento de despesas de natureza médica, odontológica ou hospitalar, prestado por empresas domiciliadas no Brasil, em benefício próprio ou de seus dependentes relacionados na Declaração de Ajuste Anual.

Essa dedução pode ser usufruída pelo contribuinte pessoa física, quer o contrato de prestação de planos de saúde seja efetuado diretamente entre o participante e a empresa prestadora ou entre esta e a empresa empregadora do participante, desde que os pagamentos sejam desembolsados pelo contribuinte.

A dedução a esse título é condicionada a que os pagamentos sejam especificados, informados na Relação de Pagamentos e Doações Efetuados da Declaração de Ajuste Anual, e, quando requisitados, comprovados com documentação contendo o nome, o endereço e o número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da empresa, podendo, na sua falta, ser feita indicação do cheque nominativo com que se efetuou o pagamento.

4. Empregados que tenham despesas médicas pagas pelos empregadores e sofrem desconto parcelado dessas despesas em seus salários podem deduzir os valores descontados?

Os desembolsos relativos à despesa médica ou dentária ocorridos no ano podem ser deduzidos pelo contribuinte que suporta o encargo, desde que os descontos venham devidamente discriminados no documento da fonte pagadora.

5. Como informar na declaração de rendimentos as despesas médicas pagas pelo contribuinte, mas reembolsadas pelo empregador ou empresa de seguro-saúde?

Se o reembolso for parcial, o valor a ser lançado como despesa médica é a diferença entre o valor gasto e o reembolsado. Na Relação de Pagamentos e Doações Efetuados da declaração deve sempre ser informado o valor total da despesa paga.

6. Os gastos com medicamentos podem ser deduzidos como despesas médicas?

Não, a não ser que integrem a conta emitida pelo estabelecimento hospitalar.

7. O contribuinte, titular de plano de saúde, pode deduzir o valor integral pago ao plano, incluindo os valores referentes ao cônjuge e aos filhos quando estes declarem em separado? E a pessoa física que constou como beneficiário em plano de saúde de outra pode deduzir as suas despesas?

O contribuinte, titular de plano de saúde, não pode deduzir os valores referentes ao cônjuge e aos filhos quando estes declarem em separado, pois somente são dedutíveis na declaração os valores pagos a planos de saúde de pessoas físicas consideradas dependentes perante a legislação tributária e incluídas na declaração do responsável em que forem consideradas dependentes.

Na hipótese de apresentação de declaração em separado, são dedutíveis as despesas com instrução ou médica ou com plano de saúde relativas ao tratamento do declarante e de dependentes incluídos na declaração, cujo ônus financeiro tenha sido suportado por um terceiro, se este for integrante da entidade familiar, não havendo, neste caso, a necessidade de comprovação do ônus. Entretanto, se o terceiro não for integrante da entidade familiar, há que se comprovar a transferência de recursos, para este, de alguém que faça parte da entidade familiar.

A comprovação do ônus financeiro deve ser feita mediante documentação hábil e idônea, tais como contrato de prestação de serviço ou declaração do plano de saúde e comprovante da transferência de recursos ao titular do plano.

Aplica-se o conceito de entidade familiar tanto aos valores pagos a empresas operadoras de planos de saúde, destinados a cobrir planos de saúde, como às despesas pagas diretamente aos profissionais ou prestadores de serviços de saúde, bem assim aos pagamentos de despesas com instrução, do contribuinte e de seus dependentes.

Estas são as principais perguntas sobre saúde e despesas médicas para quem fará a Declaração de Imposto de Renda (IRPF) 2013. Em breve voltaremos com novos temas e mais dúvidas. Até a próxima.

Foto de freedigitalphotos.net.

Guia Dinheirama de Imposto de Renda 2013:

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Este artigo foi escrito por Conrado Navarro.
Educador financeiro, tem MBA em Finanças pela UNIFEI. Sócio-fundador do Dinheirama, autor dos livros "Vamos falar de dinheiro?" (Novatec) e "Dinheirama" (Blogbooks) e autor do blog "Você Mais Rico" da Revista Você S/A. Ministra cursos de educação financeira e atua como consultor independente. No Twitter: @Navarro.
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
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Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil

Posted: 27 Feb 2013 12:00 PM PST

Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do BrasilCom uma fortuna avaliada em US$ 19,9 bilhões, o discreto Jorge Paulo Lemann voltou a chamar atenção da mídia especializada após a aquisição da marca Heinz, em acordo com a Berkshire Hathaway, no início de fevereiro de 2013.

A relação com Warren Buffett, presidente da Berkshire Hathaway, não para por aí. Recentemente, após o anúncio da compra da Heinz, o jornal "Financial Times" apelidou Lemann de "Warren Buffett brasileiro" devido a sua habilidade ímpar de fazer grandes negócios, principalmente fusões e aquisições.

Isso deixou a discrição de Lemann comprometida. O assédio aumentou e, aos 73 anos, o ex-surfista e ex-jogador de tênis profissional já não consegue mais se esquivar das notícias da imprensa. Afinal, o brasileiro virou uma lenda após as aquisições da Budweiser, do Burger King e da Heinz.

Trajetória de Jorge Paulo Lemann

Depois de se formar em Economia na Universidade de Harvard, Lemann voltou ao Brasil e, enquanto fazia "bicos" como jornalista no renomado Jornal do Brasil, ainda encontrava tempo para atuar como corretor de ações.

Dez anos depois, em 1971, Lemann começou fazer sua fortuna junto com os amigos e sócios Marcel Telles e Carlos Sicupira, quando comprou a Corretora Garantia.

Em 1981, um dos primeiros grandes negócios do trio foi anunciado. O Banco Garantia comprava o controle da Lojas Americanas, que posteriormente se tornou uma das maiores redes de varejo do país. O modelo adotado pelos sócios para administrá-lo foi inspirado no Walmart.

Fabricantes de cerveja

O império cervejeiro de Lemann e seus sócios começou em 1989, quando o trio comprou a Brahma. Na época, a cerveja travava uma acirrada competição com a Antárctica pela liderança do mercado brasileiro.

Três anos mais tarde, os amigos voltaram a atuar com mais força no mercado financeiro criando a GP Investimentos, que em seguida virou referência no mercado de private equity do país, com fatias de empresas como ALL.

Foi então em 1999 que os negócios do grupo de amigos começaram a chamar atenção no mundo dos negócios. A fusão da Brahma com a sua até então arquirrival Antárctica deu origem à Ambev, que surgia como a terceira maior cervejaria do mundo na época.

Já em 2004, Lemann, Telles e Sicupira deram mais um passo ousado: a fusão da brasileira Ambev com a belga Interbrew deu origem a InBev, a segunda maior cervejaria do mundo. O grupo detinha 25% da cervejaria e se consolidava como o maior acionista da empresa.

Mais presença no varejo

O mundo online virou alvo dos três sócios em novembro de 2006. A Americanas.com, presença da Lojas Americanas para comércio eletrônico, anunciou a fusão com a Submarino.com formando a B2W – maior empresa de comércio eletrônico do país.

No ano seguinte, a Lojas Americanas voltou a expandir seus negócios com a compra das operações da Blockbuster no Brasil por R$ 186 milhões. Além de entrar no ramo de locações de filmes, o negócio foi estrategicamente planejado para ampliar os pontos de venda da Lojas Americanas.

A formação de grandes grupos

O nascimento da AB InBev, em julho de 2008, trouxe até protesto de americanos mais nacionalistas. Não era para menos. Em um negócio de US$ 50 bilhões, a empresa foi criada a partir da fusão da InBev com a Anheiser-Busch, que controlava a Budweiser, cerveja símbolo nos Estados Unidos. Lemann e seus sócios passaram a controlar a maior cervejaria do mundo.

Depois do mercado financeiro, das cervejarias, do comércio eletrônico e da locação de filmes, o trio decidiu se consolidar no mercado de fast food com a compra do Burger King. A segunda maior rede de fast food dos Estados Unidos custou US$ 3,26 bilhões e o comando foi dado ao brasileiro Bernardo Hess, ex-presidente da ALL.

No início de fevereiro, menos de três anos após a aquisição do Burger King, a 3G Capital, fundo de Lemann, Telles e Sicupira, anunciou seu maior negócio desde a criação da AB InBev. Em parceria com Warren Buffett, o grupo comprou a empresa de alimentos Heinz por US$ 28 bilhões, incluindo dívidas.

"A Heinz tem um forte e sustentável potencial de crescimento baseado em padrões de qualidade, inovação contínua, excelente administração e produtos de sabor", afirmou Buffett.

O homem mais rico do Brasil

A trajetória de Jorge Paulo Lemann é, sem dúvidas, inspiradora. Trabalhando junto com seus amigos e sócios, o empresário brasileiro conseguiu quadriplicar sua fortuna em seis anos, passando de US$ 4,9 bilhões em 2007 para US$ 19,9 bilhões em 2013.

Após a queda nos preços das ações das empresas de Eike Batista, Lemann foi nomeado como o brasileiro mais rico pela Bloomberg. No ranking mundial, o empresário das cervejarias alcança a 36ª posição entre os mais ricos.

Em entrevista para a revista Istoé Dinheiro, Lemann abre o jogo: "Ao contrário dos americanos, que só têm olhos para o setor de tecnologia, os empresários brasileiros costumam investir em setores considerados antigos, como o de cerveja, cimento, aço e até hambúrguer".

Chamado de "Buffett brasileiro", Jorge Lemann parece não perder o apetite por aquisições de grandes marcas e bons negócios. Quem será seu próximo alvo?

Fontes: EXAME / InfoMoney / Financial Times. Foto: Alan Marques/Folhapress.

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Este artigo foi escrito por Willian Binder.
Graduando em Administração na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e estagiário do Dinheirama.
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama


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