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- Política externa e internacionalização | |
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Rubens Barbosa * Pela primeira em nossa história econômica, os registros nacionais e internacionais assinalaram que o Brasil, tradicional importador de capitais, passou a ser um investidor líquido no exterior. |
Tocantins 200 anos: A hora do próximo passo | |
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José Carlos Leitão *
Nada mais simbólico que, ao pisar na lua, o realizador desse feito, o astronauta Neil Armstrong, ter proferido a famosa frase: "um pequeno passo para um homem, um grande passo para a humanidade".
Ao traduzir o esforço coletivo de toda a humanidade no feito de uma só pessoa, Armstrong deixava de ser apenas um agente da história – como todos o somos, de uma forma ou de outra – para ser também parte integrante dela, já que, voluntária ou involuntariamente, trouxe para si a responsabilidade pelo resultado da ação de milhões de pessoas.
Isso se pode traduzir, também em democracia. Ao assumir um governo do povo, pelo povo e para o povo, assume-se, também a representação, em um só agente, de todos aqueles que fazem parte da Nação, Estado, província ou município.
Esse elo entre simbologia, história e democracia é perfeito para ilustrar o momento ímpar pelo qual passa o Tocantins.
Várias foram as pessoas que participaram da saga que redundou na criação do Estado.
Homens e mulheres que, em diferentes épocas da história, assim como Armstrong, simbolizaram o ideal e o desejo de milhares, trazendo para si a responsabilidade por atos que ficaram – ou ficarão – marcados para todo o sempre.
Assim foi com D. João VI, no longínquo 18 de março de 1809, quando dividiu a Capitania de Goyaz em duas unidades federativas, criando a Comarca do Norte visando, ou vislumbrando, o fortalecimento, o controle da região e o seu desenvolvimento.
É nesse momento que surge na história do Tocantins o desembargador Joaquim Teotônio Segurado, nomeado para o cargo de ouvidor, baseado na sede do governo em São João das Duas Barras, uma vila na região que hoje é o Sudeste do Tocantins.
A partir de então, Teotônio Segurado foi o Armstrong da luta separatista, até surgir, em 5 de outubro de 1988, o deputado constituinte Ulysses Guimarães que, com uma frase, resumiu o ideário coletivo que pairava sobre o Brasil naquele momento: "A Constituição mudou na elaboração, mudou na definição dos poderes, mudou restaurando a federação. A Constituição é caracteristicamente o Estatuto do Homem. É sua marca de fábrica".
Assim estava criado, de direito, o Estado do Tocantins, calcado nas premissas democrática e ideológica que delinearam sua história.
Entremos, pois, agora, no simbolismo que essas duas datas impressas no âmago da história tocantinense, assumiram, de forma quase etérea, como passos dados em momentos distintos, mas firmes em um mesmo rumo: em 5 de outubro de 2008, o Tocantins completa 20 anos de vida, por direito. Em 18 de março de 2009, completa, nada menos que 200 anos de vida, de fato.
Dois passos, um há 200 anos e outro, há 20 anos, a serem comemorados em anos consecutivos – 2008 e 2009 - sem premeditação para que isso ocorresse.
Dois passos que, agora, assumem os papéis de início e meio de uma trajetória de sacrifícios e martírios, cabendo a nós, tocantinenses de hoje, honrando os atos realizados por milhares, resgatarmos de forma digna e respeitosa essas ações, venturas e desventuras daqueles que ousaram, um dia, ver um Norte Goiano forte, pujante e progressista.
Pessoas como os estudantes, goianos de nascimento, mas tocantinenses de coração – e de território -, fundaram a CENOG – Casa do Estudante do Norte Goiano – em 1960 e que, antevendo o ambiente propicio que a democracia - pela qual lutavam com todas as suas forças - iria instalar em nosso Pais, plantaram a semente para a criação, em 1981, da CONORTE – Comissão de Estudo dos Problemas do Norte Goiano.
Pessoas que encarnaram os idealistas pioneiros da independência do Norte Goiano e que de forma visionária entenderam que o futuro do Tocantins era – até por hereditariedade – primalmente democrático.
E é, justamente, a democracia, o regime político que prima por valorizar e reconhecer todos aqueles que por ela dedicaram grande parte de suas vidas. É a democracia que permite ao Tocantins ter, hoje, no comando de suas ações, o governador Marcelo Miranda. E é isso que vai permitir ao atual Governador do Tocantins proporcionar o devido reconhecimento àqueles que, desde 1809, abriram trilhas, dando o primeiro passo para que todos nós tenhamos o orgulho de nos declarar "tocantinenses de coração".
A criação do estado do Tocantins é uma das mais belas páginas da história do nosso País, tendo em vista que não foi criado por decreto, como Roraima, Acre, Rondônia, Amapá e Mato Grosso, mas, sim, pela vontade e por meio da ação mobilizadora do seu povo.
Uma história que merece ser entronizada e eternizada naqueles que, hoje usufruem e que, amanhã, irão fazer parte dessa mesma história.
A destinação de uma área de 15 mil metros quadrados para a construção do Memorial do Tocantins é o primeiro impulso para que isso se torne realidade.
Outras ações devem ter papel decisivo para que se desperte o interesse e a atenção necessários a uma valorização mais efetiva dos fatos que culminaram na criação do nosso Estado. Concursos de redação, realização de simpósios, fóruns, documentários, reportagens – por quê não um concurso jornalístico? -, peças teatrais. Enfim, uma série de eventos concatenados, fechados com chave de ouro com a inauguração do Memorial do Tocantins.
E para essa realidade se transformar em mais um dos – o quê dizer dessa concomitância de datas: 2008, 2009, 2010? – simbolismos etéreos que observamos na história da consolidação do Tocantins, nada melhor que aproveitar a oportunidade de, assim como fizeram Armstrong e Ulysses Guimarães, assumir para si uma grandiloquente responsabilidade, a responsabilidade pelo resgate de uma história em que só se registram fatos dignos, associados a homens e mulheres visionários e de determinação à toda prova. A história da criação do Tocantins.
A construção do Memorial do Tocantins no governo Marcelo Miranda representará não só o passo que falta nessa história – pode-se dizer, até, que o mais importante – como também a inclusão de mais um simbolismo sem explicações terrenas, observe: 200 anos de luta separatista, 20 anos da criação do Tocantins e - fechando a cadeia – 2º governo de Marcelo Miranda.
É chegada, então, a hora, de darmos mais um passo.
O passo derradeiro que marca a efetiva e palpável consolidação do Tocantins e dos sonhos de todos aqueles que por ele deram suas vidas, devaneios e sangue.
Mais do que isso, a construção do Memorial do Tocantins será, também, o passo inicial para o resgate do papel que cada homem e mulher assumiram como ideal de vida na história tocantinense, que servirá para formar novos líderes, cidadãos cientes de sua história, para que o Tocantins continue firme em seus propósitos, dando passos cada vez mais largos na direção de suas vocações naturais e do papel importante que assumirá em outra história: a história da consolidação do País do qual faz parte, como um dos líderes das nações que compõem a humanidade.
*José Carlos Leitão: Jornalista, publicitário, eleito duas vezes "O Profissional do Ano" pelo júri do prêmio Colunistas - o "Oscar" da propaganda Brasileira. |
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William Pereira da Silva - 84 - 88287382
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