terça-feira, janeiro 09, 2007

Falsidade, um mal necessário!

Falsidade, um mal necessário!
Por Steffan Edward
Estudante do Curso de Zootecnia da UNIVERSIDADE FEDERAL DO SEMI-ÁRIDO - URFESA - Mossoró-Rn.

Falsidade, Precisamos todo tempo, em todo lugar, nas mais variadas circunstancias e situações. A falsidade ao contrário do que pensamos, aproximam pessoas, ao passo que a sinceridade/honestidade incomoda e provoca a ira.

Temos que usar das artimanhas da falsidade a todo instante. Num sorriso maroto na intenção de agradar aquele “imbecilzinho” que acabou de contar aquela piada sem graça, num abraço caloroso naquele seu professor carrasco, num aperto de mão ao parabenizar o aniversariante dono da festa, ao elogiar o idiota que crer ser “o melhor”, ao estimular e empolgar o sujeito que se ver acima de tudo e todos de forma a fazê-lo sempre subir, deixando-o sempre acima, pois quanto mais alto ele estiver, maior será a queda e a satisfação de vê-lo despencar e suplicar pela sua ajuda.

Sei que não relato nenhuma novidade, já que de falsidade todos nós entendemos, mas é aí que entra o “x” da questão. Não nos deixemos parecer falsos, apenas sejamos de forma sutil e não descarada, deixemos que nossos inimigos se sintam bem com a nossa presença. Fingir-se de fraco e incapaz é uma excelente idéia. Deixemos que nossos inimigos se sintam superiores, a superioridade os acomodam e os deixam mais vulneráveis, assim sendo, ao compararmos com um jogo de xadrez, é como se destruíssemos toda a fileira de peões e assim poderemos luxar das mais variadas formas de ataque ao rei do adversário, onde um xeque-mate rápido não seria uma boa pedida, e sim a dizimação total e gradual de suas peças, de maneira tal a humilhar e fazer seu oponente sentir-se um lixo.

O bom falso nunca se é percebido muito menos conhecido por alguém como tal, nem mesmo por seus amigos. Pois nada é mais “pé atrás” do que um bom e velho falso. Pois amigo de hoje pode ser inimigo de amanha, e nada pior do que lutar contra um inimigo que conhece suas armas.

São muitas as vantagens que um ‘falsista” leva se comparado com pessoas sinceras, e vendo desse ponto, podemos usar das ardilezas da falsidade para proteger quem amamos. Para o falsista existem aquelas pessoas que temos como amigos e aquelas a que amamos, onde na última citada por motivos de confiança e segurança em quem conhecemos, a falsidade fica de lado, sendo substituída por palavras e gestos sinceros.

Quando somos falsos, decepções com amizades não existem, pois amigos são apenas o primeiro de vários passos para entrar na restrita lista das pessoas que realmente amamos. E para nos decepcionarmos teríamos primeiro que ter expectativas sobre tal amizade, e isso não combina com uma pessoa falsa. Pois quem realmente amamos, amamos pelo simples fato de amar, e quem pode explicar como e porque amamos???

Em todo canto existem grupos de pessoas que por quais queres motivos se detestam ou apenas não se aturam, assim sendo o grupo que tiver o mais vil dos falsos levarão vantagens, já que outra capacidade que estas pessoas têm é de servir de elo entre os dois grupos, sendo uma intercessão presente nos dois meios, trabalhando como um espião que busca passar todas as informações necessárias e todas as armas que o inimigo dispõe.

O falsista,é inteligente e perspicaz, sutil e maleável, argumentador e calado, estrategista e elaborador, e bastante FRIO E CALCULÍSTA. Uma arma silenciosa porém avassaladora, uma armadilha camuflada. Mas melhor comparação que com uma mina terrestre não existe: “Você me pisou, agora permaneça com o seu pé sobre mim! Sem me dar espaço! Pois quando achares que a batalha esta ganha irá retirar seu pé, e será tarde demais!
Falsidade: Cultive! Desenvolva! Sinta! Use!
SEJA!
Steffan Edward, 27/05/2006





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