quarta-feira, março 13, 2013

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O prazo de resgate e o sucesso nos investimentos

Posted: 12 Mar 2013 04:00 PM PDT

O prazo de resgate e o sucesso nos investimentosTenho observado que alguns investidores resistem mais em aceitar prazos de resgates mais longos, diferentes de um dia, do que um nível maior de risco. Vamos entender por que os investimentos mais rentáveis exigem um maior horizonte de tempo.

Imagine um negócio próprio: é investimento de alto risco, muito mais arriscado até do que as ações. Afinal, vender as ações de uma empresa é mais fácil do que vender uma empresa, mesmo que de pequeno porte. Você poderá lucrar muito abrindo uma franquia ou outro negócio qualquer, porém muito dificilmente os lucros chegarão antes de um ano (sendo bem otimista) e a atividade demandará muito trabalho e paciência antes de obter o retorno.

Nos investimentos financeiros, aconteceu algo muito semelhante. Se fosse fácil alcançar grandes rentabilidades, seríamos todos ricos.

Um recurso para minimizar risco é ter horizonte de longo prazo. Por isso, produtos mais sofisticados, como os fundos multimercado e os fundos de ações, possuem prazos de resgates mais longos para evitar que resgates inesperados obriguem a desmontar operações antes do prazo ou vender posições com menos liquidez a qualquer preço, reduzindo a rentabilidade para os cotistas.

As teses de investimentos precisam de tempo para maturar, assim como o negócio próprio requer tempo para se estabelecer. Ter acesso imediato ao dinheiro é mais confortável, todavia aguardar 30, 60 e até mesmo 90 dias para obter maior rentabilidade não pode ser visto como um obstáculo. Nada que um planejamento criterioso não resolva.

Distribuir os recursos adequadamente, sempre contemplando liquidez para as emergências e para aproveitar as oportunidades caso elas apareçam, pode tornar sua nova carteira tão confortável quanto a antiga. Com horizonte de investimento mais extenso, pode-se tolerar mais risco e aceitar prazos de resgate mais longos. Aumentarão as chances de obter maiores retornos e haverá tempo para recuperar perdas caso elas ocorram.

Alguns fundos permitem a saída antecipada mediante o pagamento de uma taxa. Mas é melhor nunca ter de utilizar esta opção, pois esta taxa é muito elevada, variando entre 5% e 10% do valor resgatado, e poderá consumir todos os seus ganhos. Novamente, um bom planejamento pode evitar a saída antecipada.

Outra maneira pela qual o prazo mais longo contribui para a rentabilidade da sua carteira é pagando menos imposto de renda. O imposto retido na fonte para aplicação em títulos de renda fixa e fundos de renda fixa de longo prazo e multimercado é aplicado conforme tabela regressiva e a menor alíquota é de 15% para valores aplicados há dois anos ou mais.

Também existem fundos com políticas de investimento ainda mais sofisticadas e que requerem um comprometimento maior dos investidores. Com prazos determinados para captação e encerramento não é possível fazer aplicações quando bem entender e nem solicitar resgate antes do prazo estabelecido, que pode chegar a 10 anos, como nos fundos imobiliários. São fundos fechados e, em geral, só aceitam aplicações de investidores qualificados.

Se você é do tipo que nunca se importou com a existência de opções mais rentáveis de investimentos e sempre deixou o dinheiro aplicado no próprio banco, com a queda da taxa de juros ou vai ter de expandir sua zona de conforto, ou vai ter de se contentar com retornos líquidos abaixo de 7,25% ao ano, que é a nossa taxa de referência.

Por expandir o horizonte entenda aceitar algum risco, adequado ao seu objetivo e perfil, e alongar o horizonte de investimento para, pelo menos, dois anos. Vale ainda lembrar que a inflação está alta. A oficial já chegou a 6,3%, mas a que sentimos no bolso é bem maior do que isso.

Faz sentido? Agradeço o espaço dado pelo Dinheirama e aproveito para lembrá-lo de que na Órama, onde sou consultora de investimentos, você encontra diversos Fundos,do mais conservador ao mais agressivo, e com diferentes prazos de resgate. Clique aqui e conheça!

Para entender o que está acontecendo na economia este ano, quais são as nossas perspectivas e os investimentos mais indicados neste cenário, clique aqui e baixe gratuitamente o eBook “Cenários e Investimentos para 2013″. Se preferir conversar comigo diretamente, acesse www.orama.com.br e use o espaço "Fale com a Sandra". Até a próxima.

Foto de freedigitalphotos.net.

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Este artigo foi escrito por Sandra Blanco.
Consultora de Investimentos da Órama, tem mais de 15 anos de experiência no mercado financeiro, é autora dos livros "Mulher Inteligente Valoriza o Dinheiro" (Ed. Qualitymark) e "A Bolsa para Mulheres" (Ed. Campus).
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama


Como renegociar dívidas através da internet

Posted: 12 Mar 2013 12:00 PM PDT

Como renegociar dívidas através da internetMuitos são os devedores que querem renegociar e pagar suas dívidas, mas não têm poder de negociação ou condições financeiras. A boa notícia é que, com o forte crescimento de serviços pela internet, já existem sites no mercado que facilitam o contato entre devedor e credor.

O serviço atua como intermediário da renegociação de dívidas, sendo que são os devedores que entram em contato a fim de quitar seus débitos. Os sites já têm parcerias com muitas instituições credoras, sendo possível negociar descontos em dívidas de cartões de crédito, financiamento de imóveis ou automóveis, parcelamentos no crediário e até mesmo de contas de luz, telefone, TV a cabo, água e gás.

Sites para renegociar dívidas

A consultora de crédito Serasa Experian, que mantém um dos maiores banco de dados de inadimplentes do país, lançou em seu site o serviço Limpa Nome. Neste caso, o primeiro contato ainda é feito por parte do credor, mas o inadimplente pode entrar no site do Serasa Experian, na área dedicada aos consumidores, e acessar sua dívida e as condições oferecidas pela credora para renegociação.

A empresa então oferece algumas opções de pagamentos e fica a critério do devedor aceitá-las ou não. Se alguma proposta for interessante, basta imprimir o boleto e pagar diretamente à empresa. Caso contrário, é possível entrar em contato com o credor e renegociar, através de canais de relacionamento disponíveis no site.

O Quitei.com é outra alternativa que chegou ao mercado em novembro do ano passado. Fruto de parceria de cinco sócios do Rio de Janeiro, o site possibilita o cadastro de devedores, que recebem a proposta do credor e avaliam se a aceitam ou não. Em seu primeiro balanço, o Quitei mostra que 89% dos usuários cadastrados já conseguiram renegociar sua dívida.

Para se cadastrar no site é preciso informar dados como CPF, e-mail, endereço e telefone, além, claro, do tipo da dívida e da empresa credora. É interessante também que o usuário leia os "Termos de Uso" e fique atento com o que a empresa pode fazer com os dados cadastrados.

Seguindo o mesmo modelo, existe também o site Acordo Certo, lançado em 2011. Nele o devedor também precisa cadastrar CPF, e-mail, endereço, telefone, valor da dívida, tipo de dívida e credor, mas de acordo com o idealizador do site, Edgard Melo, o site não repassa tais informações nem para as credoras. Segundo ele, as empresas só recebem o CPF e o nome do inadimplente, pois a ideia é que nenhum usuário do site seja massacrado com ligações de cobrança.

Outra diferença do Acordo Certo é que o contato é feito por telefone, e não por e-mail. Quando o credor recebe a proposta ou faz uma contraproposta, o endividado recebe uma ligação da equipe do Acordo Certo, verifica se a proposta cabe em seu orçamento e, se a proposta for vantajosa, ele recebe um e-mail com o boleto para o pagamento da dívida.

Serviço é contestado por órgão público

Maria Inês Dolci, coordenadora do Proteste, associação de defesa do consumidor, acredita que a renegociação de dívidas deveria ser feita entre credores e devedores, sem a intermediação de empresas. Embora ela admita que poder negociar dívidas pela Internet seja uma grande vantagem, a coordenadora argumenta que as empresas credoras deveriam criar ou melhorar os canais de comunicação para entrar em contato com os devedores.

"Há mutirões de renegociação de dívidas em que o consumidor pode resolver o problema ali, na hora. O problema é que muitas pessoas têm mais de uma dívida, não têm poder de negociação e não têm como pagar", diz Maria Inês.

Dicas para renegociar dívidas pela internet

A facilidade de renegociar dívidas pela Internet é indiscutível, mas o devedor precisa se armar de informações antes de tomar qualquer decisão. Primeiramente, é importante que o inadimplente reveja seu orçamento mensal e saiba quanto ele pode dispor para quitar suas dívidas sem que sua situação financeira piore.

Nas palavras de Maria Inês, esses sites de renegociação são gratuitos para o devedor, mas há um custo indireto embutido, uma vez que eles ganham comissões das empresas credoras quando os acordos são fechados. Por isso, a negociação direta pode acarretar em um desconto maior da dívida, uma vez que o endividado não precisa pagar o intermediário.

Alexandre Atheniense, advogado especializado em direito eletrônico, lembra que é preciso cuidado ao se cadastrar em sites como esses. "É muito importante que o consumidor esteja atento às regras contidas no Termo de Serviço e na Política de Privacidade dos sites, que devem estar disponíveis para acesso público. Caso ocorra algum tipo de violação, com descumprimento das regras, isso pode ser usado em favor do devedor", explica.

Em suma, para quitar suas dívidas você precisa se organizar. Saiba exatamente quanto você pode pagar, tente negociar primeiramente com a própria empresa credora e tome cuidado ao ceder seus dados pessoais usando a Internet.

Fonte: Exame. Foto de freedigitalphotos.net.

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Este artigo foi escrito por Willian Binder.
Graduando em Administração na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e estagiário do Dinheirama.
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
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Carros cada vez maiores! Precisamos? Podemos manter?

Posted: 12 Mar 2013 07:40 AM PDT

Carros cada vez maiores! Precisamos? Podemos manter?Você já reparou na tendência das pessoas comprarem carros cada vez maiores? Será que isso é necessário e sustentável?

Neste artigo, será discutida a necessidade de "carros cada vez maiores", não "carros cada vez melhores". Essa diferença, que aparenta ser óbvia, nem sempre tem sido lembrada pelos consumidores que, em muitos casos, acreditam que veículos mais amplos apresentam mais qualidade.

Explorando mais essa diferença, na minha visão a busca por carros melhores é louvável. Trata-se de algo normal e está relacionado com o objetivo geral de evolução e aperfeiçoamento que a maioria de nós possui. Nesse contexto, os parâmetros do que é "melhor" dependem dos valores de cada um e o conceito de "suficiência" varia de acordo com nossas prioridades individuais.

Voltando ao foco do artigo, ao pensar na resposta para a primeira pergunta do título, muitos têm justificativas bem fundamentadas para a escolha. Na maioria dos casos, carros maiores são buscados quando há o aumento do número de pessoas ou da bagagem/carga a serem transportadas. Além disso, há a necessidade de carros mais robustos para trafegar em vias e terrenos adversos.

Nessas hipóteses, a escolha é baseada na "necessidade", que deve ser o primeiro parâmetro no processo de escolha de um carro, assunto tratado no artigo "Você compra seu carro por necessidade, status ou pelo preço? Ou tudo isso?".

Como não temos as restrições de espaço existentes na Europa e considerando a relativa "prosperidade econômica" dos últimos anos, muitos consumidores estão confusos na hora de escolher o segmento do carro a ser comprado. Por conta disso, vamos analisar a questão em detalhes.

1. Necessidade de transportar mais passageiros

A maioria dos veículos oferece condições adequadas para quatro passageiros. Quando é necessário transportar um quinto ocupante, deve-se checar se o carro possui o respectivo cinto de três pontos e o apoio de cabeça, ambos importantes itens de segurança. Em termos de conforto, vale conferir o espaço oferecido e se o veículo possui túnel central ou piso plano para o posicionamento dos pés.

Para quem necessita de sete lugares, além dos itens anteriores, é importante avaliar a modularidade dos bancos e a existência de saídas de ar condicionado para a terceira fileira. Obviamente, as condições de acesso e ergonomia também merecem atenção.

Lamentavelmente, o segmento de sete lugares é um dos mais carentes no nosso mercado, com poucas opções que aliam qualidade e custo-benefício. Sem dúvida, modelos disponíveis no exterior, como Honda Odyssey, Toyota Sienna e Opel Zafira fazem muita falta no Brasil.

Quanto ao transporte de crianças em cadeirinhas, além de checar o espaço disponível, vale observar se o carro possui o importante sistema Isofix de fixação, que garante muito mais segurança.

Uma dica importante é avaliar o tempo efetivo em que o carro será usado com a capacidade máxima de ocupantes, a fim de checar se realmente compensam os impactos financeiros maiores (analisados abaixo). Por exemplo, se os sete lugares serão usados apenas raramente, vale pensar em outras possibilidades, como o aluguel de um outro carro nessas ocasiões.

Lembre-se, ainda, de checar as dimensões externas do carro caso você tenha restrição de espaço para estacionar na garagem ou em outros locais.

2. Necessidade de transportar mais bagagem ou carga

Pensando nesse aspecto, é importante avaliar o tamanho do porta-malas e sua capacidade efetiva. Deve ser observado como é o acesso e se a tampa abre em condições favoráveis (principalmente no caso dos SUVs, que têm abertura lateral).

Outro item importante é o sistema das dobradiças da referida tampa, que em muitos carros são "pescoço de ganso" (diminuem a funcionalidade do compartimento, além de amassarem as bagagens). Dessa forma, as dobradiças pantográficas são preferíveis.

Vale observar ainda como é o sistema de rebatimento de bancos (bipartidos ou não) e se apresentam modularidade (como ocorre, por exemplo, no sistema ULT do Honda Fit, que apresenta mais de dez combinações possíveis).

Para quem tem uma necessidade ainda maior, vale checar a viabilidade de instalação de bagageiro no teto. Algumas necessidades específicas, como transporte de bicicletas e de animais, também devem ser avaliadas cuidadosamente no momento da compra.

Para aqueles que efetivamente transportam cargas e precisam de caminhonetes, é importante checar o tamanho e a profundidade da caçamba, a necessidade de cobertura deste compartimento e a existência de ganchos para amarração. No caso de reboque, é necessário atentar para a capacidade suportável pelo veículo.

3. Necessidade de veículos maiores e mais robustos

Existem casos de pessoas que necessitam de carros robustos para enfrentar vias complicadas. Muitas vezes, precisam de carros altos, com tração 4×4, marcha reduzida etc.

Vale lembrar que, vergonhosamente, apenas cerca de 12% das vias são pavimentadas no Brasil. E, como sabemos, a maior parte das pavimentadas também não oferece boas condições, principalmente em razão de lombadas, obstáculos e buracos.

Em casos de uso severo, vale atentar para as características de robustez do veículo, como, por exemplo, se é monobloco ou utiliza chassi, que em tese é mais adequado ao uso off-road. Alguns consumidores necessitam, também, de boa capacidade de imersão. Aliás, observando-se os constantes alagamentos em várias cidades do país, essa não é uma necessidade tão rara.

Considerando as opções disponíveis no mercado e alguns aspectos regionais (como a falta de concessionárias próximas), há casos de pessoas que são praticamente obrigadas a comprar veículos com dimensões exageradas em relação à necessidade de uso. Em virtude de um leque de escolha bastante reduzido, restam poucas possibilidades viáveis.

Outra situação, cada vez mais comum, é a preferência por carros mais altos em função da visibilidade que proporcionam.

Além disso, existe a busca por mais segurança, o que é um aspecto polêmico. Por serem mais pesados e terem o centro de gravidade mais alto (no caso dos SUVs), esses carros necessitam de tecnologia embarcada para compensar essas características, como controle de tração e estabilidade, além de freios eficientes, com sistemas como ABS, EBD e BAS. Contudo, quando colidem contra outros veículos menores, acabam levando certa "vantagem" pelas suas próprias características.

4. Ok, as diferentes necessidades foram entendidas. Mas por que tanta gente compra carros maiores sem precisar?

A resposta para essa pergunta é complexa. Analisando-se historicamente, o objetivo de "parecer maior e mais intimidante" foi um fenômeno importante no processo de seleção natural.

No entanto, o aspecto de vincular o ego a um bem material é algo relativamente recente. Esse processo, estudado pela Psicologia do Consumo, iniciou-se após a Primeira Guerra Mundial, quando o consumo deixou de ser orientado apenas pelas necessidades (finitas) e passou a ser norteado pelos desejos (infinitos).

Dessa forma, observamos que há muitos casos de pessoas que compram carros maiores movidas por desejos, conscientes ou inconscientes. Considerando que derivam de aspectos emocionais, há uma infinidade de motivos.

Em grande escala, decorrem do processo de "construção estratégica de imagem". Para tanto, busca-se criar uma impressão de status e chamar a atenção para mostrar uma imagem de imponência.

Mas nem todos têm esse tipo de aspiração. Ocorrem muitos casos de pessoas que têm uma história de trocar de carros buscando veículos maiores em função de necessidades passadas e que acabam seguindo esse mecanismo de forma automática, sem refletir com mais calma a respeito dos reais fundamentos dessa decisão.

Considerando os aspectos comentados, reflita por um instante:

  • Quantas vezes você já viu um gigantesco SUV levando apenas uma pessoa numa avenida da cidade?
  • Quantas vezes já observou uma caminhonete sendo usada para levar as crianças para a escola e para visitas ao shopping?
  • Quantos 4×4 você conhece que nunca chegaram nem perto de estradas de terra?

Será que isso faz sentido? Como já discutimos nos artigos anteriores, "você não é o carro que possui". A atitude de procurar no veículo algum tipo de compensação decorrente de fatores psicológicos é algo bastante equivocado e que deve ser evitado, resistindo-se aos apelos do marketing.

Além disso, aspectos como o impacto ambiental e o comprometimento dos espaços públicos e privados também merecem nossas reflexões.

5. E as finanças, como ficam?

Tudo o que foi discutido tem uma relevância ainda maior quando pensamos nos impactos financeiros dos veículos, considerando toda a Estrutura de Preços dos carros no Brasil.

Carros maiores, na maioria das vezes (não em todas), costumam ser mais onerosos. Isso é acentuado no caso dos SUVs e caminhonetes que, pelas próprias características de design e construção, geram mais gastos do que os automóveis.

Normalmente, os veículos mais avantajados apresentam maior consumo em função do seu peso, principalmente se forem 4×4. Dependendo do modelo, a aerodinâmica também pode impactar negativamente no gasto com combustível.

Ainda em razão do peso e tamanho, necessitam de pneus maiores e mais caros. Se forem de uso misto (asfalto e terra), tendem a se desgastar mais rapidamente.

Em relação ao seguro, custos maiores também são altamente prováveis, principalmente no caso de veículos importados e movidos a diesel. Os gastos com estacionamento e lavagem também podem ser mais elevados para os carros maiores.

Além disso, a desvalorização é provavelmente o componente financeiro que mais merece atenção. De modo geral, quanto mais elevado é o segmento a que pertence o veículo, maior tende a ser a depreciação. Isso decorre em grande parte dos crescentes custos de manutenção ao longo do tempo, algo com maior impacto nos carros mais sofisticados em termos de tecnologia. Por exemplo, o segmento dos SUV costuma apresentar grandes desvalorizações.

Conclusão

"Todas as pessoas que tenho atendido estão sempre querendo comprar um carro maior do que o do seu vizinho, colega ou rival. As pessoas, por alguma razão, estão usando 'tamanho' para medir ou expressar sucesso – real ou imaginário. Quando tudo começa a ser definido como uma questão de tamanho, nós perdemos contato com duas coisas essenciais: qualidade e sustentabilidade"Gilbert Obondi, proprietário de uma revenda de carros nos EUA.

Apesar de estarmos muito distantes da realidade americana, a ideia de escrever a respeito do tema decorreu de algumas observações realizadas no meu trabalho na consultoria automotiva pessoal Carro e Dinheiro.

Realmente há diversos casos de pessoas que procuram carros maiores movidas por necessidades reais. Quando nitidamente poderão arcar com as consequentes despesas, o caminho torna-se sustentável.

Por outro lado, algumas têm um desejo de sempre comprarem carros maiores independentemente das atuais e futuras necessidades, não levando em conta os impactos financeiros. Às vezes, os questionamentos que realizo nas entrevistas acabam despertando reflexões nos clientes, que atentam para o fato de que não precisam mudar de segmento.

Essas reflexões sempre são bem-vindas e costumam levar a decisões mais inteligentes e conscientes. O bolso também agradece. Obrigado pela atenção e até a próxima.

Foto de 123RF.

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Este artigo foi escrito por Leandro Mattera.
Fundador e Consultor Automotivo na CARRO E DINHEIRO – Consultoria Automotiva Pessoal. Acompanha os setores automotivo e financeiro há mais de 12 anos por meio de experiência, pesquisas e contatos com profissionais. É palestrante sobre o tema "Seu Carro e seu Bolso". No Twitter: @carroedinheiro. No Facebook: facebook.com/carroedinheiro
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BNDES pretende criar “Nasdaq brasileira” na bolsa de valores

Posted: 12 Mar 2013 05:00 AM PDT

BNDES pretende criar A Nasdaq (National Association of Securities Dealers Automated Quotation System) é a Bolsa de Valores dos EUA onde as empresas de tecnologia abrem seu capital. Empresas como Microsoft, Google, Facebook, entre outras do setor, negociam suas ações na Nasdaq através de um sistema totalmente informatizado – trata-se de uma bolsa eletrônica.

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), banco de fomento brasileiro, tem a participação societária em 30 empresas de tecnologia e sua estratégia de desinvestimento passa pela bolsa, criando a partir daí um pólo de companhias de TI (Tecnologia da Informação).

A ideia não é fundar uma concorrente para a BM&F Bovespa, mas sim aproveitá-la para colaborar com a abertura de capital das empresas com aporte de capital do BNDES. Por isso o título do artigo, o interesse de criar a "Nasdaq brasileira", mas usando a estrutura da bolsa de valores hoje presente e atuante no Brasil.

De acordo com o Jornal Folha de São Paulo, além de "desinvestir" vendendo suas ações nas empresas através da bolsa, o BNDES pretende realizar novos investimentos. Para entrar como sócio em empresas a partir de agora, o BNDES faz severas exigências às empresas, que são obrigadas, por exemplo, a integrarem o "Bovespa Mais", segmento de acesso da Bolsa com regras rígidas de transparência.

O BNDES tem participações em aproximadamente 30 empresas do ramo de tecnologia, entre elas Padtec, BRQ, CI&T, High Bridge, Quality Software, Teikon e Six Semicondutores. Acredita-se que algumas delas estreiem na bolsa já em 2014.

Setor de alto risco

Do ponto de vista do investidor, vale ressaltar que o setor de TI possui a característica de alto risco, pois a cada novo avanço tecnológico feito por rivais algumas companhias podem perder competitividade no mercado. Se o risco representa chances maiores de desvalorização, o mesmo vale para a alta dos papéis. A volatilidade é maior, mas o retorno costuma ser rápido quando se "acerta".

Outro detalhe interessante diz respeito ao setor de tecnologia da informação, que em 2012 cresceu 10,8% por aqui. Esse número se torna ainda mais expressivo quando comparado com o PIB (Produto Interno Bruto) do mesmo período, que avançou apenas 0,9%.

As ações que buscam levar fomento e competitividade às empresas de tecnologia no Brasil são muito importantes – atualmente o setor já é responsável por 5,2% do PIB do país. Completo dizendo que seria também muito apropriado que outros gargalos, como burocracia e impostos extremamente altos, fossem objeto de mudanças por parte de governo. O país só teria a ganhar. Concorda? Até a próxima.

Fonte: Folha. Foto de freedigitalphotos.net.

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Este artigo foi escrito por Ricardo Pereira.
Educador financeiro, palestrante, Sócio do Dinheirama é autor do livro "Dinheirama" (Blogbooks), trabalhou no Banco de Investimentos Credit Suisse First Boston e edita a seção de Economia do Dinheirama. No Twitter: @RicardoPereira
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