quarta-feira, março 27, 2013

Dinheirama.com - Artigos do dia


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Posted: 26 Mar 2013 04:00 PM PDT
Chipre: de paraíso fiscal a inferno financeiroO Chipre está localizado ao sul da Turquia, é considerado um polo de turismo e possui diversas ruínas e templos. De acordo com a mitologia grega, teria sido o local de nascimento de Afrodite, a deusa do amor.
Foi colônia britânica durante o século XIX, alcançando a independência em 1960. A partir daí, a ilha se tornou local de diversos conflitos entre as etnias grega e turca. Na metade da década de 70, um golpe de Estado com o objetivo de anexar o Chipre à Grécia fez com que a Turquia invadisse o país.
A história de conflitos do Chipre mostra um país marcado por momentos de grande tensão, e tensão é justamente o que não tem faltado nas últimas semanas no sistema econômico e financeiro do país. A economia local atravessa momentos de grande apreensão, espalhando medo por diversos países, inclusive o Brasil – a Bovespa fechou o pregão de 25/03/13 no menor patamar desde julho de 2012.
Em 2008, o Chipre aderiu ao Euro; nesse mesmo ano, estourou a crise financeira global. A partir de 2010, quando a Grécia apresentou graves problemas econômicos, o sistema financeiro cipriota deu mostra de que um colapso estaria a caminho.
No inicio de 2012, a Rússia concedeu empréstimo de 2,5 bilhões de Euros com juros de 4,5% e, no meio do ano, o país então solicitou oficialmente ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira o resgate econômico.
Após meses de negociação o Chipre irá receber 10 bilhões de Euros do BCE (Banco Central Europeu), da Comissão Europeia e do FMI (Fundo Monetário Internacional). Em troca, haverá um remodelamento do sistema bancário, sendo que o Banco Popular do Chipre (segundo maior do país) será fechado. Haverá ainda congelamento dos depósitos para valores maiores do que 100 mil Euros. O dinheiro congelado será utilizado para pagar a dívida do banco e recapitalizar o maior banco do país, o Banco de Chipre.
O que mais chama a atenção na economia cipriota é o fato de que o setor bancário do país seja oito vezes maior que o PIB do país. Boa parte do sistema financeiro e do montante de depósitos é de origem russa, já que o Chipre é considerado um paraíso fiscal. O acordo fez com que países que também possuem grande quantidade de depósitos estrangeiros, como Luxemburgo, Estônia e Malta se preocupassem com uma possível crise de confiança.
O Chipre é mais um país europeu que foi pego pela crise e se junta a países maiores. Países estes que nos últimos tempos tomaram espaço valioso na mídia especializada – resta agora saber se as medidas adotadas terão efeito. Outro detalhe será justamente observar as consequências de medidas como o congelamento de depósitos, prática que já foi adotada em outros países com resultados muito negativos.
Você, o que acha que vai acontecer? Vamos acompanhar.
Foto de freedigitalphotos.net.
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Este artigo foi escrito por Ricardo Pereira.
Educador financeiro, palestrante, Sócio do Dinheirama é autor do livro "Dinheirama" (Blogbooks), trabalhou no Banco de Investimentos Credit Suisse First Boston e edita a seção de Economia do Dinheirama. No Twitter: @RicardoPereira
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama




Posted: 26 Mar 2013 12:00 PM PDT
Aumento na renda: como não transformar o sonho em um pesadeloTem se tornado muito comum o relato de leitores que passam por problemas relacionados ao aumento do poder aquisitivo. São pessoas que passaram a ganhar mais dinheiro e, da mesma maneira, elevaram o padrão de vida, passando a gastar mais. A sensação descrita por eles é de que "não adiantou tanto assim, porque continua difícil fazer sobrar e investir em coisas importantes".
A verdade é que ganhar mais não é a solução para todos os problemas financeiros. Quando esse dinheiro extra chega às mãos de pessoas que não perceberam a importância do orçamento doméstico familiar e da realização de sonhos de consumo através de planejamento, ele não muda muita coisa – ganhar mais se torna apenas mais uma das desculpas que colaboram para mascarar a verdade.
Se você está passando por uma situação como essa, isto é, está prestes a receber uma promoção, ou mesmo uma fonte extra de renda, preste atenção a algumas reflexões.
É indispensável fazer seu planejamento financeiro
Muita gente ainda torce o nariz quando, durante as consultorias, indicamos a necessidade de realizar um planejamento eficaz. A maioria das pessoas ainda "gasta por conta", não sabe exatamente o tamanho das despesas e vai consumindo sempre confiando na contabilidade mental.
Nós, do Dinheirama, criamos um software de finanças totalmente gratuito, seguro e fácil de usar. O Dinheirama Online (clique para conhecer) propicia que você controle suas despesas, receitas e defina orçamentos para tipos diferentes de gastos. No entanto, para que o controle funcione é indispensável que ele seja atualizado frequentemente.
Prefira pagamento à vista e com desconto
Quando elevamos nossa renda, é muito comum termos a impressão de que chegou o momento de consumir tudo o que não era possível até pouco tempo. Assim, quem já está pensando no dinheiro a mais que irá entrar aproveita e compra diversos produtos ou serviços de forma a parcelar o pagamento.
A soma de várias contas parceladas com a falta de planejamento é explosiva e cria problemas que costumam demorar a serem resolvidos. Opte por definir seus objetivos e aproveitar o dinheiro extra para investir, pagando sempre à vista e com bons descontos.
Não use o limite do cartão de crédito
Algo que também acontece com quem aumenta a renda é a melhora na análise do crédito, isto é, a renda maior se torna oportunidade de ter o crédito elevado, inclusive na ferramenta mais comum de crédito, o cartão. O cartão de crédito pode ser tanto um aliado como um grande inimigo do orçamento e você já sabe disso, certo?
Limite maior não quer dizer que você pode comprar mais! Quem e o que define essa situação é seu orçamento financeiro. É importante que a ferramenta cartão de crédito seja utilizada de uma maneira muito responsável, com especial atenção para sempre pagar a fatura em dia e evitar ao máximo a utilização do crédito rotativo.
Vale lembrar mais uma vez a necessidade de controle das compras também com o cartão de crédito. Saber exatamente como anda a fatura em momentos diferentes do mês ajuda muito no controle – o Dinheirama Online foi desenvolvido também para dar esse suporte com o cartão de crédito.
Reflita sobre a necessidade de poupar
É comum dedicarmos toda nossa energia às vontades de ter algo. Quando aumentamos a renda, essa vontade de ter mais e mais se torna um perigo para o bolso e para o futuro. Investir e planejar o futuro é importante, principalmente porque imprevistos acontecem e porque os desejos de consumo estarão sempre presentes.
A primeira ação importante que você precisa tirar o papel é criar sua reserva de emergência, de tal sorte que ela seja o suficiente para cobrir suas despesas por no mínimo seis meses (o ideal são 10 meses). Após formar sua reserva de emergência, comece a programar o futuro, investindo sempre uma parcela de suas receitas mensais.
Também é importante aumentar o leque de conhecimento e estudar um pouco mais sobre finanças e economia. Vivemos em um país que começa a oferecer juros baixos para o investidor, por isso, dê especial atenção na busca de informações por investimentos também em renda variável.
Renda maior, responsabilidades idem
Quem já passou por essa realidade de aumento na renda e hoje se encontra em dificuldades, com muitas dívidas, precisa ajustar o orçamento. Será necessária redução imediata do padrão de vida, com cortes de despesas que não sejam indispensáveis. As despesas que serão enxugadas serão o combustível extra para quitar as dívidas e começar uma nova vida.
É hora de agir com responsabilidade. Grande abraço e até a próxima.
Foto de freedigitalphotos.net.
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Este artigo foi escrito por Ricardo Pereira.
Educador financeiro, palestrante, Sócio do Dinheirama é autor do livro "Dinheirama" (Blogbooks), trabalhou no Banco de Investimentos Credit Suisse First Boston e edita a seção de Economia do Dinheirama. No Twitter: @RicardoPereira
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama




Posted: 26 Mar 2013 07:50 AM PDT
Custos do empregado doméstico podem aumentar em mais de R$ 7 milNesta terça-feira (26) o Senado Federal deve concluir a votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) das Domésticas. A votação deve terminar com boas notícias para empregadas, babás, caseiros e motoristas particulares, que terão alguns direitos garantidos a mais, como FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e horas extras.
O texto que estende os direitos dos trabalhadores da categoria já foi aprovado por unanimidade em primeiro turno pelo plenário do Senado e, se aprovado hoje, será promulgado em sessão solene do Congresso e passará a valer imediatamente.
Os novos direitos serão adicionados aos já existentes atualmente, como férias remuneradas com um terço a mais do salário, o 13º salário e o repouso semanal. A PEC, que altera o parágrafo 7º da Constituição Federal, estabelece a jornada de trabalho em oito horas diárias, 44 horas semanais e pagamento de hora extra superior a 50% da hora normal.
Entretanto, alguns dos direitos precisarão de regulamentação antes de entrar em vigor. Os direitos inclusos são FGTS (hoje facultativo), o seguro contra acidentes de trabalho, o seguro-desemprego, a obrigatoriedade de creches e de pré-escolas para filhos e dependentes até seis anos de idade, o adicional noturno, o salário família e regulamentação da demissão sem justa causa.
Empregado doméstico
Atualmente, a categoria de empregados domésticos reúne cerca de 7 milhões de pessoas, sendo a maioria (93%) mulheres. Desse número, apenas 2 milhões deles trabalham com carteira assinada.
Segundo dados levantados pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), entre os anos de 1999 e 2009, o percentual de empregados domésticos formalizados teve um aumento pouco expressivo de 23,7% para 26,3%. Os profissionais que serão beneficiados com a PEC são: empregada doméstica, babá, cozinheira, jardineiro, cuidadora, motorista particular, governanta e mordomo.
Caso a PEC seja aprovada, o empregado doméstico será assegurado de:
  • Salário igual ou maior que o mínimo (R$ 678);
  • FGTS obrigatório;
  • Jornada máxima de trabalho de 8 horas por dia e 44 horas semanais;
  • Auxílio creche e pré-escola para filhos e dependentes até seis anos de idade;
  • Pagamento de horas extras (mínimo de 50% a mais do valor da hora normal);
  • Salário-família para dependentes do trabalhador de baixa renda;
  • Adicional noturno;
  • Seguro contra acidentes de trabalho;
  • Demissão sem justa causa deverá ter indenização compensatória;
  • Proibição da contratação de menores de 16 anos, a não ser como aprendiz;
  • Empregados terão direto a seguro-desemprego.
Com dados levantados pelo R7, o Dinheirama reproduz uma tabela com os custos do empregado doméstico para o empregador. Veja abaixo:
Custos do empregado doméstico para o empregador
Antes do PEC (em R$)
Depois do PEC (em R$)
Salário médio nas grandes cidades
1.000
1.000
Horas extras (2h por dia)
Zero
327,47
Vale transporte (para 24 dias)*
144
144
INSS**
200
265,45
FGTS***
Zero
106,18
1/12 do 13º salário
83,33
110,61
1/12 do INSS sobre o 13º salário
16,67
22,12
1/12 do 1/3 de férias
27,78
36,87
1/12 de FGTS sobre o 13º salário
Zero
8,85
1/12 do FGTS sobre o 1/3 de férias
Zero
2,95
FGTS 40% (em caso de rescisão) salário
Zero
42,47
FGTS 40% (em caso de rescisão) 13º salário
Zero
3,54
FGTS 40% (em caso de rescisão) férias
Zero
1,18
Custo mensal
1.471,78
2.071,49
Custo anual
17.661,36
24.857,88
Diferença em um ano antes e depois do PEC:
7.196,52
* Considerando o transporte ida e volta a R$ 6,00 por dia na cidade de SP
** 20% do salário. Não deduzimos a parte do empregado, pois é costume o patrão absorver o custo total
*** Valor já considerando as horas extras
Fontes: Direto Contabilidade, Gestão e Consultoria e Granadeiro Guimarães Advogados
Por que esta notícia é importante?
Hoje acontece o segundo turno da votação no Plenário do Senado. Depois, vai para sanção da presidente Dilma. A mudança tem ótimas intenções, mas pode complicar a situação de muitos empregados hoje contratados formalmente.
Será preciso acompanhar bem de perto os desdobramentos para ver se a medida surtirá os efeitos desejados ou se apenas apressará a diminuição da oferta de empregados domésticos, uma tendência natural em economias com mais e melhores oportunidades de emprego e renda.
O que você acha que pode acontecer se a PEC for aprovada? Deixe sua opinião no espaço de comentários abaixo. Obrigado e até a próxima.
Fonte: R7. Foto de freedigitalphotos.net.
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Este artigo foi escrito por Willian Binder.
Graduando em Administração na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e estagiário do Dinheirama.
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama




Posted: 26 Mar 2013 05:00 AM PDT
Orçamento doméstico familiar como fator de sucessoPatrícia comenta: "Navarro, aos poucos estou me habituando com a necessidade e importância de usar o orçamento doméstico (por enquanto em papel) para guiar as decisões da família. Ainda tenho dificuldade de vê-lo como um aliado – a impressão é a de que ele não nos permite aproveitar o que ganhamos, gerando uma sensação de angústia. Isso é normal? Obrigada".
Não há como negar que o orçamento doméstico ainda é uma ferramenta mal utilizada e, principalmente, pouco compreendida. Para muitos, controlar as finanças tem um quê de masoquismo (olhar com cuidado para os gastos soa como frear a "beleza" do estilo de vida "aqui agora"), enquanto para outros torna a vida muito difícil porque a resume a economizar cada vez mais (o indivíduo não relaxa e só pensa em não gastar).

Cuidar do dinheiro é importante?

Os extremos usados nesta introdução são importantes para notarmos como o cuidado com o dinheiro é tarefa universal, necessária tanto para quem ganha pouco, quanto para quem ganha muito. O papel do controle financeiro será sempre diagnosticar a real situação financeira familiar.
Pergunte por ai e preste atenção: o orçamento doméstico é importante e são poucas as pessoas que discordam desta afirmação. Ou seja, ele é apontado por muitos como algo relevante, mas, o tabu em relação ao controle financeiro ainda o coloca como uma fonte de ansiedade e angústia.
O problema? Tendemos a culpar a ferramenta, quando são nossos comportamentos e decisões (ou falta delas) que tornam o uso do orçamento algo penoso e com poucos resultados. Volto a insistir que finanças pessoais não é um tema ligado à matemática ou às finanças como disciplinas, mas sim uma questão humana.

Como tornar o orçamento doméstico um fator de sucesso?

Ao olhar a educação financeira como um processo ligado ao ser humano e suas escolhas, acredito que as razões que nos impedem de aproveitar o orçamento como uma ferramenta são intimamente ligadas ao nosso falho sistema de prioridades e à nossa ingênua relação com o consumo.
Depois de atender a inúmeras famílias e indivíduos, identifiquei quatro atitudes capazes de tornar o controle financeiro mais atraente e aderente aos propósitos familiares de enriquecimento. Acompanhe.

1. Não use o orçamento como "muleta"

É muito comum notar famílias que admitem usar algum tipo de ferramenta para gerenciar suas finanças, muito embora seus resultados não surpreendam positivamente. Conheço muita gente que enche o peito e diz "Eu tenho e uso uma planilha para controlar minhas despesas".
Falta a humildade para reconhecer que se existe a ferramenta, ela está sendo mal utilizada ou que ela está servindo como uma "muleta". Ora, falar para os outros que cuida do seu dinheiro, mas ainda assim viver "pendurado" e cheio de dívidas é agir de forma hipócrita. Desculpe apontar isso assim, sem rodeios, mas é preciso que sejamos realistas.
Na prática, o que vejo são planilhas incompletas, bagunçadas e preguiçosas. Gastos não anotados de forma completa (adianta categorizar gastos como "Diversos" ou "Outros?") e longos períodos sem atualização costumam ser os erros mais frequentes.
Atitude desejada: atualize seu orçamento doméstico pelo menos uma vez a cada 15 dias e categorize os gastos de forma que eles façam sentido.

2. Defina objetivos plausíveis

Outra reação bastante usual no relacionamento com o orçamento familiar decorre da demora em ver resultados. Acontece que a estratégia de gerenciar as finanças só vai funcionar se a ela forem associados objetivos claros, devidamente precificados e alocados de forma temporal (curto, médio e longo prazo).
Gosto de um exemplo simples, de uma família que tinha o desejo de viajar durante uma semana para fora do Brasil. Nunca havia dinheiro para isso. Analisando o orçamento familiar, percebemos um exagero nas despesas de lazer.
Depois de muito conversar, perguntei: "Por quê economizar ou rever os gastos com lazer?". Olhando a planilha e consultando os filhos, a mãe respondeu: "Para poupar durante 12 meses o suficiente para realizarmos nossa viagem". O desejo foi transformado em meta. Vocês podem imaginar a alegria dessa família depois da viagem?
Atitude desejada: quebrar sonhos ou desejos de consumo abstratos (ou grandes demais) em objetivos plausíveis, mantendo sempre alguns deles no curto prazo – para que possam ser comemorados e alimentem os demais.

3. Associe a disciplina a áreas não relacionadas ao dinheiro

Lidar com nosso dinheiro envolve decisões e emoções enraizadas e construídas a partir de experiências pessoais e familiares, o que torna a mudança e a criação de novos hábitos passos desejáveis, mas nem sempre simples de tirar do papel. Concordo que o peso cultural é grande.
A disciplina é uma característica necessária para que o orçamento doméstico seja eficiente e cumpra seu papel, certo? E se a associarmos com hábitos de diferentes áreas, como a saúde ou a prática de exercícios, por exemplo? Funciona? Sim! Realizar atividades interessantes de forma constante gerará resultados. Estes resultados manterão a motivação.
Atitude desejada: comece a praticar exercícios físicos de forma regular e monitorada. Associe a disciplina do processo à necessidade de aproveitá-la em outras esferas de sua vida pessoal (aqui cabe o orçamento doméstico).

4. Construa o seu orçamento doméstico

A esta altura, torço para que você esteja com vontade de voltar a anotar suas receitas e despesas, avaliar suas decisões de consumo e questionar mais sua vida financeira. "Que ferramenta vou usar para isso, Navarro?", você pergunta. É imperativo que você experimente as opções disponíveis e construa a sua ferramenta ideal.
Nós oferecemos uma ferramenta online completamente gratuita – clique e conheça www.dinheiramaonline.com.br –, bem como planilhas de orçamento doméstico, mas somos uma dentre as muitas alternativas. O que não é legal é esconder-se na desculpa "Nenhuma das ferramentas deu certo comigo" e seguir deixando o controle financeiro de lado.
Atitude desejada: use diversas versões de planilhas, faça um test drive nas ferramentas online e adapte o que conseguir para que a ferramenta faça sentido para sua família.

Conclusões

Converse com as pessoas bem-sucedidas que você admira e leia sobre grandes personalidades. Duas situações serão comuns nas histórias contadas: eles erraram em algum momento porque negligenciaram a importância do orçamento doméstico; e eles foram humildes para reconhecer o erro e trabalhar para corrigi-lo, passando a usar ferramentas de controle financeiro de forma frequente.
Portanto, a pergunta certa não é "Qual é a melhor maneira de controlar meu dinheiro?", mas sim "Quem é responsável por fazer isso?". Repare que as respostas para estas dúvidas são bem diferentes. Na primeira, o foco é na ferramenta, no que os outros oferecem para resolver um problema que seu; na segunda, o foco é no comportamento e no responsável – você precisa fazer alguma coisa.
Se estiver "travado", simplesmente comece. E insista. Anote tudo, rabisque, classifique, passe de uma planilha pra outra, experimente um software, peça ajuda, recomece. Faça tudo de novo. Aceite que isso é relevante e faça alguma coisa. Faça.
Se você já usa e vivencia algum ensinamento sobre orçamento financeiro que faz sentido em sua vida, por favor compartilhe suas lições conosco no espaço de comentários. Até a próxima.
Foto de freedigitalphotos.net.
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Este artigo foi escrito por Conrado Navarro.
Educador financeiro, tem MBA em Finanças pela UNIFEI. Sócio-fundador do Dinheirama, autor dos livros "Vamos falar de dinheiro?" (Novatec) e "Dinheirama" (Blogbooks) e autor do blog "Você Mais Rico" da Revista Você S/A. Ministra cursos de educação financeira e atua como consultor independente. No Twitter: @Navarro.
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama




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