Dinheirama.com - Artigos do dia |
- Investimentos: a perigosa cultura do curto prazo
- O papel da informação na tomada de decisão – Parte 1
- Carros mais vendidos na primeira quinzena de março
- Tarifas bancárias: HSBC e Bradesco são campeões de taxas altas
Investimentos: a perigosa cultura do curto prazo Posted: 21 Mar 2013 04:30 PM PDT Jordão comenta: “Navarro, tenho 30 anos e só recentemente consegui começar a poupar parte de minha receita. Minha primeira decisão foi conversar sobre investimentos com meus pais, que logo me desencorajaram a alocar parte de meu dinheiro em produtos ligados à bolsa de valores ou que não tenham liquidez imediata. Como devo agir? Obrigado". Tem um ditado popular muito simples e poderoso que adoro usar em palestras sobre investimentos: "A pressa é inimiga da perfeição". Como a perfeição ao investir é algo subjetivo, prefiro adaptá-lo: "A pressa é inimiga da independência financeira". O cenário econômico traumatizou o brasileiro? Com uma inflação galopante, o salário logo precisava ser trocado por produtos de uso pessoal, itens de consumo, compras de supermercado e etc. O dinheiro “tinha que ser trocado por alguma coisa física, palpável, antes que a inflação o levasse”, dizia minha mãe. Ah, sim, investir sempre foi importante, mas sobravam poucas alternativas interessantes e confiáveis naquela época:
Restava a todos a consumir O que houve, portanto, foi uma associação perigosa: a cultura que prevaleceu foi a de que investimentos arrojados eram manobras de gente mal intencionada (e muitos eram mesmo!), enquanto que investimentos mais simples eram essencialmente ruins para fins de construção de patrimônio (e eram mesmo, com exceção dos imóveis). Insisto na realidade da época: o salário chegava e logo todo mundo corria para as ruas, lojas e supermercados para comprar tudo que viam pela frente. De tarde o dinheiro "valeria menos"; amanhã já não seria suficiente para comprar o que se desejava; semana que vem o soldo seria quase inútil para garantir o bem-estar familiar. Complicado, não? Instaurou-se a cultura do curto prazo É preciso aceitar que o "país da classe média" é um fenômeno recente. O Plano Real tem apenas 19 anos. A estabilidade econômica e a inflação sob controle (há controvérsias, eu sei disso, mas há também quem tenha morrido sonhando com anos e anos consecutivos de inflação de um dígito) são conquistas marcadas pela desconfiança em muita gente. Impera, portanto, a cultura do curto prazo. Apesar de o horizonte estar mais limpo e com visibilidade muito melhor, tendemos a olhar apenas alguns metros à frente de nossos pés (quando não para o próprio nariz). Na prática, agimos de forma a curar os desejos represados de consumo e pouco investimos no médio e longo prazo. O Brasil é outro? Provavelmente sim. Nós mudamos nossa forma de encarar o planejamento financeiro? Não muito. Como mudar essa realidade? A mudança que proponho está baseada em três passos. Acompanhe. 1. Tenha uma reserva de emergência Traduzindo, manter em um investimento líquido boa reserva de capital permite que encaremos as emergências sem o desespero habitualmente ligado a situações de estresse. O dinheiro não vai acabar no mês que vem se algum membro da família perder o emprego – só quem viveu isso sabe como as coisas "esquentam" em momentos assim. Atitude desejada: combine com a família a criação e manutenção de uma reserva de emergência (aplicação líquida) equivalente a 10 meses de receitas líquidas do lar. 2. Vá além da cultura da liquidez imediata Antes acostumados aos produtos conservadores (renda fixa) que rendiam muito (nossas taxas de juros eram elevadas demais) e tinham liquidez imediata, agora precisamos traçar estratégias mais inteligentes e melhor relacionadas ao tempo. Aplicações dinâmicas exigem carências maiores, o que significa que são apropriadas para perfis diferentes daqueles do passado. Fica o convite: precisamos agir no presente. Atitude desejada: seja conservador com a maior parte de seu patrimônio (renda fixa, títulos e investimentos que protejam da inflação), mas use também aplicações mais sofisticadas para prazos mais longos (fundos multimercado e LCI, por exemplo). 3. Invista para um horizonte de mais de 10 anos A boa notícia é que 10 anos passam muito rápido (basta ver quanta gente se arrepende de tê-los visto passar sem agir) e que, principalmente para os mais jovens (e essa é uma definição ampla), os próximos 10 anos estão diante de seus olhos neste instante. É hora de começar a investir neles. Lembre-se que agora você tem reserva (está coberto em caso de uma emergência) e já investe em objetivos bem claros (poupa para conquistar o que quer). Falta algo: o investimento frequente e disciplinado de pequena parte da receita em modalidades mais arriscadas e focadas no longuíssimo prazo. Seu risco em relação ao todo será pequeno, mas o resultado lá na frente tende a ser compensador. Atitude desejada: do total possível para investimentos, alocar de 10% a 25% em investimentos mais arrojados (fundos de ações e bolsa de valores), de preferência através de gestores especializados (que não são os bancos de varejo). Conclusões Este breve artigo tem como objetivo alertá-lo para a necessidade urgente de inserir o longo prazo em suas atitudes presentes enquanto investidor. Afinal de contas, todos concordamos que a cultura do curto prazo normalmente acaba levando ao endividamento, causando incidentes familiares e gerando angústia e ansiedade. Se buscamos a independência financeira, é porque queremos um futuro livre de problemas financeiros. Isso só é possível se fizermos do amanhã nossa prioridade. Hoje. Concorda? Tem alguma história para compartilhar? Use o espaço de comentários abaixo ou mande-me uma mensagem no Twitter – sou o @Navarro por lá. Até mais. Foto de freedigitalphotos.net. ------Este artigo foi escrito por Conrado Navarro. Educador financeiro, tem MBA em Finanças pela UNIFEI. Sócio-fundador do Dinheirama, autor dos livros "Vamos falar de dinheiro?" (Novatec) e "Dinheirama" (Blogbooks) e autor do blog "Você Mais Rico" da Revista Você S/A. Ministra cursos de educação financeira e atua como consultor independente. No Twitter: @Navarro. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama. A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
O papel da informação na tomada de decisão – Parte 1 Posted: 21 Mar 2013 01:37 PM PDT O título do artigo pode parecer um tanto sisudo, mas o que pretendo aqui é questionar, de forma leve e bem humorada (mas não superficial) – e tomara que eu consiga, porque se não ninguém vai ler a parte 2! –, uma tendência generalizada na sociedade atual: supervalorizar a tal da informação. Não, não vou demonizar a informação! Afinal, se eu não concordasse com a importância do acesso ao conhecimento, não estaria aqui escrevendo, ocupando o seu tempo e o meu. Mas vamos ao que interessa. Levando-se em conta que a nossa vida é produto das escolhas e decisões que fazemos ao longo do tempo, me parece lógico investigar o lugar que a informação ocupa no nosso processo de tomada de decisão. E tomada de decisão aqui não precisa, necessariamente, ser uma coisa grandiosa do tipo "caso ou compro uma bicicleta?". Pois bem, vamos lá. Sempre que fazemos uma escolha, seja ela qual for, nós seguimos uma espécie de roteiro mental (muitas vezes imperceptível) que pode ser resumido em três etapas:
Bem, desta forma, informação é matéria prima para o processo de escolha, certo? É uma espécie de ingrediente fundamental, já que sem ela não há o que avaliar e, portanto, não há o que escolher. Sem informação não há tomada de decisão. Como toda matéria prima, a informação interfere no produto final (na decisão). Porém, ela não tem o poder de interferir no processo de fabricação (avaliação). Para tornar mais claro, imagine que a informação é a farinha com a qual você prepara um bolo. Nossa sociedade se apóia no pressuposto de que se você tiver acesso a uma farinha de excelente qualidade, terá um bolo de excelente qualidade. Dizem que o que diferencia um excelente boleiro de um "fazedor de bolos" medíocre é o acesso e a qualidade da farinha, e ponto! Ponto, uma vírgula, porque se a batedeira ou o forno não estiverem funcionando adequadamente, não há farinha que dê jeito! Informação tem sua relevância e importância? Sim, sem dúvida! Mas não deve ser tratada como determinante para o sucesso, bem-estar, qualidade de vida, diferencial competitivo e bolos perfeitos! Muito menos exercer essa centralidade exacerbada, porque o que diferencia decisões adequadas de decisões inadequadas não é a informação em si, mas o que acontece com ela no processo de tomada de decisão. No próximo artigo vamos falar um pouco mais sobre essa dinâmica informação/decisão e vamos investigar que tipo de informação pode comprometer nosso processo de avaliação e o que podemos fazer para nos prevenir. Enquanto isso, deixe seus comentários sobre a importância da informação em sua vida e como é seu processo de tomada de decisão. Já sentiu que informação demais pode atrapalhar? Como equilibra isso no seu dia a dia? Até a próxima. Foto de freedigitalphotos.net. ------Este artigo foi escrito por Adriana Spacca Olivares Rodopoulos. Economista e especialista em Psicologia Econômica ambos pela PUC-SP. Atualmente coordena o Projeto Escolhas e Educação da Clínica de Psicologia Altavista e integra o Grupo de Estudos sobre Psicologia Econômica supervisionado pela Dra. Vera R. de Mello Ferreira. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama. A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Carros mais vendidos na primeira quinzena de março Posted: 21 Mar 2013 07:45 AM PDT No início do mês mostramos quais foram os carros mais vendidos em fevereiro, quando o grande destaque foi o HB20, da Hyundai, na quarta posição. Na primeira quinzena de março, o hatch da montadora coreana segue firme na mesma colocação (6.773 unidades) entre os carros mais vendidos. O campeão dos primeiros quinze dias do mês continua sendo o Gol, da Volkswagen, com 10.372 unidades vendidas – 4% de crescimento em relação ao mesmo período no ano passado. O ranking segue com Uno (7.552) e Palio (7.435), ambos da Fiat. Onix, hatch competitivo da General Motors, também foi destaque no segundo mês do ano, alcançando a quinta posição. Nos primeiros dias deste mês o carro atingiu a marca de 4.893 unidades vendidas, ficando com a sétima colocação entre os mais vendidos. Veja abaixo os carros mais vendidos na primeira quinzena de março, bem como seu crescimento em relação ao mesmo período em 2012. Gol Uno Palio HB20 Fiesta Relação de vendas dos carros mais procurados – 1ª quinzena de março 2012/2013 Fox/Cross Fox Onix Siena Voyage Celta Classic Sandero Civic Cobalt Corolla Punto C3 Fit Etios HB Prisma Spin City Etios Sedan Ka Clio Idea Cruze Sedan Cruze HB Fiesta Sedan Agile Focus March Versa 207 Golf Fluence Doblò Logan Bravo Space Fox Polo Sedan Palio Weekend 308 Sonic i30 Jetta Linea Livina J2 500 Por que essa notícia é importante? A chegada de novos modelos ao mercado e a aceitação deles é interessante para identificar mudanças e tendências para os próximos lançamentos. Lembrando que comprar carro de forma consciente deve ser seu objetivo quando for adquirir um automóvel. Ter em mente que o Brasil tem uma cara estrutura de preços de carros também é fundamental para que o sonho do carro zero não se transforme em pesadelo. O que você acha dos novos números do mercado? Fonte: EXAME. Foto de freedigitalphotos.net. ------Este artigo foi escrito por Willian Binder. Graduando em Administração na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e estagiário do Dinheirama. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama. A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Tarifas bancárias: HSBC e Bradesco são campeões de taxas altas Posted: 21 Mar 2013 05:00 AM PDT O HSBC apresenta as tarifas mais altas nos serviços avulsos prestados às pessoas físicas entre os seis maiores bancos em atuação no Brasil. Segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) e compilados pelo blog Achados Econômicos, o Bradesco ficou em segundo lugar. Em contra partida, a Caixa Econômica Federal é a instituição financeira com tarifas mais baixas. Criado em 1860, o banco atualmente apresenta diversas funções sociais, como a responsabilidade pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o Seguro-Desemprego. A pesquisa O levantamento do blog mostra que o BC tem uma lista de 49 tipos de serviços pelos quais os bancos cobram taxas. Em 19 deles não há dados sobre alguma das seis maiores instituições financeiras analisadas: HSBC, Bradesco, Caixa, Santander, Itaú e Banco do Brasil. A Caixa, por exemplo, não trabalha com venda de moeda estrangeira por cartão pré-pago, por isso esse serviço não foi analisado. Sendo assim, dos 30 serviços restantes, o HSBC tem a maior tarifa em 16, incluindo os três casos em que dividiu a liderança com o Bradesco. No entanto, o HSBC também conta com a menor tarifa em três itens. A segunda posição do Bradesco se deu graças aos dez itens (sendo quatro empates com outros bancos) com maior tarifa oferecida pela instituição financeira. O Santander tem o maior preço em seis e o menor em dois. O destaque entre os bancos privados é o Itaú, que é o único a aparecer mais vezes na lista de menores tarifas do que na das maiores. O banco cobra o preço mais alto em dois dos 30 itens e o mais baixo em cinco. O Banco do Brasil e a Caixa apresentam os melhores resultados para os clientes. Enquanto que o primeiro não tem tarifa mais alta em nenhum dos 30 itens, e tem a mais baixa em seis, o segundo também não aparece na lista das maiores taxas e apresenta a menor em 25 dos serviços analisados. Veja a lista dos 30 serviços oferecidos às pessoas físicas pelos seis maiores bancos, incluindo as respectivas tarifas em reais. PACOTE BÁSICO
* Inclui: a) Cadastro para início de relacionamento; b) Renovação de cadastro (2 vezes por ano); c) Saque (8 por mês); d) Extrato mensal (4 por mês); e) Extrato do mês imediatamente anterior (2 por mês); f) Transferência entre contas no mesmo banco (4 por mês) CADASTRO, CHEQUE E CARTÃO DE DÉBITO
SAQUES, DEPÓSITOS E EXTRATOS
TRANSFERÊNCIAS
CÂMBIO
CRÉDITO
* Permissão para que o cliente exceda limite da conta corrente ou do cheque especial, passe um cheque a descoberto etc Após a notícia sobre a transparência dos bancos com pacotes padronizados de tarifas, esse cenário deve mudar. A concorrência entre as maiores instituições financeiras deve aumentar ainda mais para baixar suas tarifas e conquistar ainda mais clientes. Concorda? Fonte: Achados Econômicos | Banco Central. Foto de freedigitalphotos.net. ------Este artigo foi escrito por Willian Binder. Graduando em Administração na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e estagiário do Dinheirama. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama. A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama |
You are subscribed to email updates from Dinheirama To stop receiving these emails, you may unsubscribe now. | Email delivery powered by Google |
Google Inc., 20 West Kinzie, Chicago IL USA 60610 |
Nenhum comentário:
Postar um comentário