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Dilma Rousseff: fala manipulada e um mercado assustado

Posted: 28 Mar 2013 12:00 PM PDT

Dilma Rousseff: fala manipulada e um mercado assustadoPor Gustavo Chierighini (@GustavoChierigh), fundador da Plataforma Brasil Editorial.

Caro leitor, desta vez trago uma ponderação a respeito das tensões trazidas por conta do conjunto de más notícias sobre nossa conjuntura econômica. A discussão anda mexendo com o humor tanto da plateia, como da turma que atua no palco dos acontecimentos.

Pretendo aqui ponderar posicionamentos e declarações que se explicam no resumo dessa ópera aflitiva com inflação pressionada, resultados empresariais prejudicados e críticas de agências de rating.

Ainda que na minha modesta opinião este cenário conturbado seja positivo no médio e longo prazo, por conta dos benefícios que a aterrissagem dos pés traz para a economia de um país dinâmico como o Brasil, o quadro de estresse e tensão será sempre inevitável.

Neste contexto, os últimos dias não estão sendo fáceis para a nossa mandatária. Ora, não deve estar sendo simples presenciar a transformação de estrela à lanterninha. Somos, lamentavelmente, o integrante do BRIC que menos cresceu nos últimos anos, e a nossa outrora crescente força estratégica no mapa geopolítico vem, pouco a pouco, sendo esvaziada por competidores diretos de nossa categoria econômica.

É fato que Rússia, China e Índia não estão – e nunca estiveram – nem um pouco dispostas a brincar, e muito menos a ceder espaço. No último encontro da categoria na África do Sul, um conjunto de desencontros mexeu com o humor presidencial, e não foi à toa.

Não deve ter sido agradável levar um desrespeitoso chá de cadeira do anfitrião Jacob Zuma, presidente da África do Sul, naquele momento ocupado recebendo o presidente da Rússia Vladimir Putin (o ex-KGB não está para brincadeirinhas e menos ainda para bravatas internacionais).

Como se não bastasse, nossa representante foi equivocadamente interpretada quando emitiu o sincero comentário de que "não concorda com políticas que reduzam o crescimento para combater a inflação". Na esteira do equívoco, mercado em polvorosa, impactos nos contratos futuros, prognósticos temerosos e rumores.

Exagero? Sim, certamente. Ser contra políticas que reduzam o crescimento para combater a inflação não significa ser contra ajustes nas taxas de juros e nem mesmo atesta leniência com o combate inflacionário.

A reação veio a galope. Em declaração à imprensa, a presidente Dilma Rousseff, em tom indignado com a interpretação de seus comentários, ratificou seu compromisso e disposição para combater a inflação, que teima em colocar a cabeça para fora. Não deixou margem para dúvidas, é verdade, mas convenhamos, de uma forma ou de outra, tudo se explica.

O mesmo "mercado" que se assustou e eventualmente não soube interpretar o contexto das falas presidenciais sofre com a ansiedade das constantes intervenções governamentais que, desde 2011, trazem novidades quase que quinzenalmente. Neste baião de solavancos periódicos, não há serenidade que não seja de alguma forma influenciada pela crescente tensão.

A resultante desta dinâmica não poderia ser outra: irritação, hipersensibilidade e mau humor. A ver o que acontecerá nos próximos capítulos desta relação entre cidadãos, seus governantes e o mercado. Até o próximo.

Foto de freedigitalphotos.net.

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Este artigo foi escrito por Plataforma Brasil.
A Plataforma Brasil Editorial atua como uma agência independente na produção de conteúdo e informação.
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
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Novos direitos para empregados domésticos são aprovados – tire suas dúvidas

Posted: 28 Mar 2013 07:45 AM PDT

Novos direitos para empregados domésticos são aprovados - tire suas dúvidasNa última terça-feira (26), a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) das domésticas foi pauta aqui no Dinheirama quando alertamos sobre a possibilidade do custo do empregado doméstico aumentar em mais de R$ 7 mil. Na data da publicação, informamos que os novos direitos estavam em segundo turno de votação.

Agora a notícia comprova o que era esperado: o Senado Federal aprovou a PEC das domésticas, que se estende para empregadas, babás, caseiros e motoristas particulares. Os novos direitos, como FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e horas extras, foram aprovados por unanimidade em segundo turno e deve ser promulgado em sessão solene do Congresso Nacional na próxima terça-feira (2).

A Emenda Constitucional aprovada altera o parágrafo 7º da Constituição Federal, acrescentando novos direitos àqueles que já são garantidos aos empregados domésticos. Ela estabelece:

  • Salário igual ou maior que o mínimo (R$ 678);
  • FGTS obrigatório;
  • Jornada máxima de trabalho de 8 horas por dia e 44 horas semanais;
  • Auxílio creche e pré-escola para filhos e dependentes até seis anos de idade;
  • Pagamento de horas extras (mínimo de 50% a mais do valor da hora normal);
  • Salário-família para dependentes do trabalhador de baixa renda;
  • Adicional noturno;
  • Seguro contra acidentes de trabalho;
  • Demissão sem justa causa deverá ter indenização compensatória;
  • Proibição da contratação de menores de 16 anos, a não ser como aprendiz;
  • Empregados terão direto a seguro-desemprego.

Reação dos patrões

Com os novos direitos, a tabela de custos do empregado doméstico aponta que os gastos podem aumentar em mais de R$ 7 mil. Um gasto relativamente alto para o bolso brasileiro, como mostra a pesquisa realizada pelo Instituo Doméstica Legal.

Segundo o levantamento feito com 2.855 patrões entre 19 de novembro e 8 de janeiro de 2013, período próximo ao primeiro turno de votação, 85% dos empregadores podem demitir seus funcionários domésticos após a aprovação dos novos direitos.

A estimativa do instituto é que esse valor represente cerca de 810 mil demissões.

Ainda de acordo com a organização, 93% dos trabalhadores domésticos são mulheres, 70% são negras, pardas ou mestiças e 40,32% não possuem o ensino fundamental completo, sendo que 13,76% são analfabetas. O perfil ainda mostra que 51,84% têm mais de 40 anos.

Dúvidas

Se essas demissões de fato acontecerem, como esses trabalhadores serão realocados no mercado de trabalho?

Essa e mais dúvidas começaram a surgir desde a aprovação. Patrões também questionam se as domésticas têm obrigações a seguir a partir da Emenda estabelecida na última terça-feira.

A Folha respondeu 66 perguntas sobre a PEC das domésticas, o Dinheirama selecionou alguns pontos importantes que chamam atenção de ambas as partes.

A nova proposta já vale?

Não, ela precisa ser promulgada. O Senado aprovou a proposta, mas a promulgação da mesma deve acontecer na semana que vem. Por ser uma PEC, a medida não passa por sanção presidencial para entrar em vigor.

Os direitos se aplicam a contratos de trabalho assinados antes da aprovação da PEC?

Sim, mas só se ela entrar em vigor e após a sua promulgação.

A partir de quando será obrigatório recolher FGTS?

Ainda não se pode afirmar com certeza. Alguns especialistas acham que seria necessário criar uma regulamentação para o recolhimento do Fundo de Garantia da doméstica.

Quais os profissionais beneficiados?

Todos os funcionários que prestem serviços domésticos, incluindo jardineiros, motoristas e babás.

Pedreiros autônomos contratados por uma semana também estão incluídos na nova lei?

O trabalho dos pedreiros não é caracterizado como serviço doméstico e, assim, não se enquadra na nova lei.

Como fica o trabalho da diarista? Quantos dias por semana ela pode trabalhar sem ser registrada?

Não muda. Ela pode trabalhar, no máximo dois dias por semana sem ser registrada.

As quatro horas que elas deveriam trabalhar no fim de semana podem ser descontadas das horas extras se não forem utilizadas?

Elas não podem ser descontadas ou acarretarão em prejuízo do salário. Sobretudo, a jornada é de no máximo 8 horas por dia. Nada impede que o empregador combine uma jornada de 6 dias por semana e 7h20 horas por dia.

Se a empregada está na sua casa, mas não está trabalhando, isso conta como hora extra?

Essa situação ainda não foi definida pelo Ministério do Trabalho. Porém, se a funcionária não estiver a trabalho, não pode ser caracterizada como hora extra nem jornada efetiva. Mas o empregado não pode se beneficiar do trabalho quando o funcionário não estiver a serviço.

Como fica o caso da doméstica que dorme no trabalho? O período em que ela está dormindo conta como adicional noturno?

Não conta, o que contaria é o trabalho efetivo. Se ela está dormindo, cabe ao empregador manter o controle de jornada.

Como se calcula o valor da hora extra?

Considerando que a jornada semanal é de 44 horas e a mensal de 220 horas, o valor do salário será dividido por 220, o que resultará no valor da hora normal. Esse valor deve ter acréscimo de, no mínimo, 50% no caso da hora extra.

Como você vê os novos direitos do empregado doméstico? Deixe sua opinião nos comentários.

Fonte: R7 | Folha. Foto de freedigitalphotos.net.

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Este artigo foi escrito por Willian Binder.
Graduando em Administração na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e estagiário do Dinheirama.
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama


Qualidade de vida: jovens equilibram trabalho e vida pessoal

Posted: 28 Mar 2013 05:00 AM PDT

Qualidade de vida: jovens equilibram trabalho e vida pessoalOlhando para os últimos anos, uma nova geração está ganhando cada vez mais destaque no mercado de trabalho. A "Geração Y" engloba jovens entre 18 e 29 anos que, mais do que outras gerações, passam muito tempo conectados à Internet.

Um estudo realizado pela fabricante de celulares Ericsson identificou que a geração Y brasileira tem mais da metade das pessoas conectadas à Internet por pelo menos uma hora por dia. Mais de 20% passam mais de três horas na rede e poucos distinguem se o que fazem tem ver a com a vida pessoal ou a profissional. É "tudo junto e misturado".

Justamente por misturarem a vida pessoal e a profissional, segundo o levantamento com mais de 350 pessoas, esses jovens valorizam muito mais o equilíbrio do que os mais velhos. Aquele mantra de workaholic está deixando de ser a primeira opção dos jovens empregados.

"Essa geração não vive para trabalhar, o trabalho é que precisa se encaixar no plano de vida deles", afirma Luciana Gontijo, responsável pela área de consumer lab da Ericsson para a América Latina, que faz pesquisas sobre os consumidores da marca.

A motivação desses profissionais é pela experiência que o trabalho pode oferecer e não pela possibilidade de fazer carreira na mesma empresa. A grande maioria dos entrevistados, 90%, diz que só trabalha com aquilo que gosta. Ao mesmo tempo, 45% afirmam que querem alcançar um status social mais alto do que o que têm no momento, mas não fariam a qualquer custo.

Dessa maneira, é possível notar a preocupação com a qualidade de vida e de fazer o que é agradável para si mesmo, uma vez que 22% dos participantes da pesquisa já são donos do próprio negócio.

As condições do ambiente de trabalho também influenciam a opinião dessa geração na hora de escolher um emprego. Cada vez mais conectados, a flexibilidade de horário e local de trabalho são aspectos bastante valorizados pelos jovens. Mais de 60% consideram importante poder ser encontrado a qualquer momento, 31% já possuem celular com acesso à internet e 27% usam a rede a partir de um notebook.

"Eles se perguntam por que precisam estar no escritório e dizem 'se quero produzir o melhor de mim, posso estar onde eu quiser para isso'", explica Luciana.

Presença relevante na internet

As empresas precisam mais do que nunca de um grande entendimento do mundo online para se comunicar com esses jovens. Uma análise qualitativa da pesquisa mostrou também a importância das empresas manterem uma presença relevante na grande rede.

Para atrair esses profissionais, as empresas devem ficar atentas, visto que 90% dos jovens estão cadastrados em pelo menos uma rede social, 56% fazem atualizações diárias e 25% também o fazem do celular. Assim, a permissão do uso de mídias sociais durante o expediente – mesmo que para fins pessoais – é mais do que bem vista pelos empregados.

Segundo Luciana, se o jovem perceber que a empresa não entende e não possui presença na internet, ele perde o interesse em atuar na organização. "O pensamento é: se a empresa não está se relacionando com a rede, ela não quer se relacionar comigo", diz.

Por que essa notícia é importante?

Particularmente, eu vejo essa pesquisa com um reflexo das novas necessidades do mercado. Claro, estar conectado 24 horas por dia é uma possibilidade recente graças à popularização dos smartphones, mas muitos profissionais precisam das redes sociais para se comunicar e até mesmo se organizar.

Se ele sabe que suas responsabilidades não serão comprometidas pelo uso da internet para fins pessoais durante o expediente, cabe a ele encontrar um lugar que ofereça esse cenário. O empregador que quer atrair esses jovens precisa entender que dar essa possibilidade aos seus funcionários é agregar valor para a empresa, porque eles veem isso como qualidade de vida – e gente feliz produz mais.

Por sinal, este é um assunto recorrente nos artigos do Dinheirama. Nós entendemos que a qualidade de vida é atingida por um equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal. Sobre o tema, recomendamos a leitura de alguns artigos:

Fonte: Valor. Foto de freedigitalphotos.net.

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Este artigo foi escrito por Willian Binder.
Graduando em Administração na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e estagiário do Dinheirama.
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama


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