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Economia brasileira: destrinchando o PIB de 0,9% em 2012 Posted: 04 Mar 2013 02:47 PM PST
Pois bem, pela ótica da produção, o PIB de 2012 foi afetado pelo encolhimento de 2,3% do segmento agropecuário, queda na indústria de 0,8% e encolhimento da indústria de transformação de 2,5%. Salvou-nos a construção civil, com expansão de 1,4% e eletricidade e gás com +3,6%. O segmento de serviços foi o "grande destaque", crescendo 1,7%, e dentro dele serviços de informação com +2,9%. Pela ótica da demanda, o grande destaque positivo ficou por conta do consumo do governo com alta de 3,2%, maior ainda que o consumo das famílias com expansão de 3,1%, isso mesmo depois de todos os incentivos de desonerações, reduções de impostos e crédito abundante e mais barato, sugerindo expansão do endividamento familiar. O destaque negativo (e põe negativo nisso) ficou por conta do encolhimento dos investimentos em 4%. Nesse ponto, temos que destacar que os investimentos em relação ao PIB declinaram de 19,3% em 2011 para 18,1% em 2012, enquanto a poupança caiu de 17,2% para 14,8%. Ora, a formação bruta de capital fixo e, portanto, os investimentos, são absolutamente essenciais para preparar o crescimento futuro. Em suas explicações sobre o PIB, o ministro Mantega reconheceu a fragilidade do ano, colocando a culpa na desaceleração econômica global e preferindo mostrar que o último trimestre do ano já indicou a retomada da economia brasileira. Esqueceu-se de falar que os estímulos ao consumo não exercerão mais a força do ano anterior e o progressivo aumento dos impostos até meados do ano vão produzir retrações no segundo trimestre, junto com o elevado endividamento. Também esqueceu-se de citar que países concorrentes nossos tanto na América Latina como no mundo cresceram bem mais, incluindo aí o grupo dos BRICs. Citamos o México, com crescimento em 2012 de 3,9% e inflação girando abaixo de 4%. Passou por cima também que perdemos a posição de sexta maior economia do mundo. Em toda América Latina, só conseguimos crescer mais que o Paraguai. É bem verdade que em 2013 deveremos ter safra recorde de grãos. Porém, como escoar a produção de forma eficiente com nossas estradas caóticas e portos congestionados pela burocracia estatal? Não tem jeito. O PAC terá que salvar o PIB de 2013, apesar do enorme atrasado das obras. De outra feita, com a inflação girando muito próxima do teto da meta, não há como utilizar a política monetária para estímulos adicionais. Aparentemente, a taxa básica de juros (Selic) chegou ao piso, e daí para frente o caminho será de alta ou estabilização forçada. A presidente Dilma quer que a taxa de investimento expanda até 25% do PIB. Só que isso não se faz por mera vontade. A atuação dos bancos estatais (destaque para o BNDES) também tem limites e seduzir os empresários privados e estrangeiros demanda algum tempo e ações contundentes de demonstração do interesse em parcerias. Não há de ser somente com discursos homogêneos das autoridades que conseguiremos agregar o segmento privado aos esforços de investimento. É bem verdade que o governo deu um passo atrás nas concessões, tentando melhorar retornos absurdamente baixos. Resultado disso tudo, o ministro Mantega volta a divulgar suas projeções de que o país crescerá entre 3,0% e 4,0% em 2013, enquanto as projeções do mercado seguem cedendo, agora no patamar de 3,09%, segundo a mais nova pesquisa Focus do Bacen. Lembramos ainda que o processo sucessório antecipado em nada ajuda o país, já que investimentos em infraestrutura, absolutamente requeridos, demandam tempo para surtirem efeito. Nesse ponto seria oportuno lembrar frase de James Freeman Clarke, que dizia: "Um estadista pensa nas próximas gerações. Um populista nas próximas eleições". Convido-o a ler mais análises e conhecer melhor o trabalho que realizamos na Órama. Clique em www.orama.com.br e conheça excelentes opções de investimentos. Até a próxima. ------Este artigo foi escrito por Alvaro Bandeira. Sócio e Economista da Órama DTVM. A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama |
Carros mais vendidos em fevereiro de 2013 Posted: 04 Mar 2013 12:00 PM PST
O Volkswagen Gol G4/G5 foi mais uma vez o grande campeão do mês. Com 15.715 unidades vendidas em fevereiro, o compacto da Volks continua sendo a maior preferência do brasileiro no momento de compra de carro. Em seguida, temos o Fiat Palio com 13.131 carros vendidos e o Uno com 11.109. Na quarta posição, o Hyundai HB20 surpreende com 10.179 unidades comercializadas no segundo mês do ano, seguido do Chevrolet Onix, em quinto, com 9.037 automóveis vendidos. Com a subida das novidades HB20 e Onix, quem perdeu lugar no ranking de mais vendidos foi o Volkswagen Fox/CrossFox. Durante todo o último mês foram 7.758 unidades vendidas. Para completar a lista, temos o Siena (6.820 carros vendidos), Celta (caindo para 5.421), Voyage (6.146) e Classic (4.581). Entretanto, o fechamento do ranking não mostra toda história por trás das vendas do último mês. Segundo análise de Car.blog.br, as mudanças pelas quais o mercado brasileiro de carros está passando ficam mais claras quando observamos as vendas quinzenais de cada modelo: Imagem: Car.blog.br | Vendas quinzenais de automóveis Na última quinzena de fevereiro, vemos que o HB20 vendeu apenas 48 unidades a menos que o já tradicional Fiat Palio e apenas 25 unidades a menos que o Fiat Uno. Se a tendência observada se mantiver, o HB20 da Hyundai vai superar ambos os carros mais vendidos da Fiat e, assim, conquistar a posição de segundo carro mais vendido do Brasil. Sob uma análise mais profunda, é possível notar que tanto a situação dos carros da Fiat quanto do hatch compacto da Volkswagen não são das melhores. As vendas do Gol na segunda quinzena de fevereiro despencaram 47% em relação à primeira, enquanto que as vendas do Palio e do Uno caíram 54% e 41% respectivamente. Já a Chevrolet viu as vendas do seu Onix caírem 50% na segunda quinzena de fevereiro quando comparada com a primeira. O destaque fica para o HB20, que caiu "apenas" 36%, provando que o mercado inteiro caiu, mas o menor recuo do carro da Hyundai mostra que houve conquista de mercado. 20 carros mais vendidos – Fevereiro de 2013 1º VW Gol 15.715 2º Fiat Palio 13.131 3º Fiat Uno 11.109 4º Hyundai HB20 10.179 5º Chevrolet Onix 9.037 6º VW Fox / Cross Fox 8.595 7º Fiat Siena 6.820 8º VW Voyage 6.146 9º Ford Fiesta 5.550 10º Chevrolet Celta 5.421 11º Chevrolet Corsa Sedan 4.581 12º Renault Sandero 4.512 13º Honda Civic 3.978 14º Chevrolet Cobalt 3.852 15º Fiat Punto 3.313 16º Ford Ka 3.174 17º Toyota Corolla 3.038 18º Honda Fit 3.009 19º Citröen C3 2.651 20º Chevrolet Spin 2.456 20 comerciais leves mais vendidos – Fevereiro de 2013 1º Fiat Strada 8.220 2º VW Saveiro 4.990 3º Ford Ecosport 4.234 4º Chevrolet S10 3.748 5º Chevrolet Montana 2.902 6º Toyota Hilux 2.237 7º VW Kombi 1.657 8º Ford Ranger 1.615 9º VW Amarok 1.505 10º Hyundai Tucson 1.303 11º Mitsubishi L200 1.275 12º Renault Duster 1.232 13º Mitsubishi Pajero 1.103 14º Hyundai Ix35 915 15º Fiat Ducato 871 16º Fiat Fiorino 862 17º Nissan Frontier 822 18º Renault Master 790 19º Kia Sportage 746 20º Toyota Hilux SW4 914 Por que esta notícia é importante? O brasileiro tem uma relação muito singular com os carros. Muitos os veem como bens posicionais, enquanto que para outros a ideia é realmente ter conforto e ser apenas um meio de transporte. Observar a mudança no mercado, com a chegada de modelos mais modernos e sua consequente aceitação pela população reforça o desejo por novidades. O fundamental, cabe reforçar, é sempre realizar a compra de forma consciente e tendo em mente a cara estrutura de preços dos carros no Brasil. Educação financeira é importante para que o sonho de ter um carro zero não se transforme no pesadelo de não conseguir mantê-lo. Concorda? Fontes: Car.blog.br / R7. Foto de freedigitalphotos.net. ------Este artigo foi escrito por Willian Binder. Graduando em Administração na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e estagiário do Dinheirama. A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama |
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