sábado, março 02, 2013

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Quanto custa ter um filho? Gasto pode ultrapassar R$ 2 milhões

Posted: 01 Mar 2013 03:00 PM PST

Quanto custa ter um filho? Gasto pode ultrapassar R$ 2 milhõesCriar um filho não é uma tarefa simples, disso sabemos, certo? Seja pelos exemplos que precisam ser passados ou pelos contínuos gastos ao longo de muitos anos, trata-se de um desafio bem grande. E é preciso encarar a realidade: embora a chegada de um filho seja um momento inesquecível, criar uma criança não sai nada barato para seus pais e/ou responsáveis.

Em pesquisa realizada pela Invent (Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing), constatou-se que os gastos para criar um filho até os 23 anos podem ultrapassar 2 milhões de reais, dependendo da classe social da família.

O presidente do instituto e responsável pelo levantamento de gastos, Adriano Maluf Amui, considerou a classe A com uma faixa salarial acima de R$ 25 mil por mês, a classe B com renda entre R$ 6 mil e R$ 25 mil, a classe C com um salário entre R$ 2 mil e R$ 6 mil e, finalmente, a classe D com menos de R$ 2 mil. Além das classes sociais, a pesquisa também foi dividida pelos tipos de gastos.

A categoria que consome maior parte da renda das famílias é a educação, representando 34% na classe A, 39% na classe B e 45% na classe C. Ao longo de 23 anos, uma família de classe B chega a gastar R$ 365,9 mil para dar melhores condições de estudo e ensino para um filho.

Os gastos levantados são variados, como "mesada" e "cursos diversos", mas no geral os tipos de gastos abrangem as contas domésticas, como educação, lazer e entretenimento, reserva financeira, saúde, tendências e vestuário. Veja abaixo o valor gasto com um único filho em 23 anos em cada item, por classe social.

Custo de um único filho em 23 anos

Tipo de gasto

CLASSE A

(em R$)

CLASSE B

(em R$)

CLASSE C

(em R$)

CLASSE D

(em R$)

Alimentação 115,2 mil 96 mil 45,8 mil 23 mil
Babá e adicional empregada doméstica 170,4 mil 151,2 mil zero zero
Energia, telefone e TV a cabo 59,4 mil 51 mil 15,6 mil 5.760
Alimentação escolar 46,8 mil 26,7 mil 15 mil zero
Berçário, ensino fundamental e médio e universidade 453,6 mil 206,4 mil 96 mil zero
Cursos diversos 56,5 mil 26,4 mil 16,8 mil zero
Materiais didáticos, livros, CDs e revistas 25,2 mil 21,6 mil 17,7 mil zero
Mesada 74,9 mil 52,4 mil 24 mil zero
Transporte 46,5 mil 32,4 mil 15,6 mil zero
Academia, clube e associações 56,8 mil 31,2 mil 14,4 mil zero
Cinemas, teatros e shows 30,2 mil 15,6 mil 9.600 4.800
Festas de aniversário 200,7 mil 24 mil 9.600 zero
Viagens, férias e passeios 133,2 mil 24 mil 5.200 zero
Fundos/investimentos 149,5 mil 28,8 mil 4.800 zero
Despesas diversas e farmácia 37,3 mil 21,2 mil 18,2 mil zero
Médicos particulares, pediatra e dentista 36,9 mil zero zero zero
Plano de saúde 83,5 mil 57,6 mil 56,4 mil zero
Brinquedos, informática, telefonia e novas tecnologias 160,7 mil 36,6 mil 15,6 mil zero
Roupas e calçados 148,8 mil 45 mil 26,8 mil 20,1 mil

Total

2,08 milhões

948,1 mil

407,1 mil

53,7 mil

Os gastos totais assustam?

Informações assim são importantes para dimensionarmos o quanto a educação financeira é importante para nossa formação, crescimento pessoal e familiar. O Dinheirama já publicou uma série de artigos que auxiliam o planejamento financeiro quando se tem filhos. Convido você a conferir:

Quer mais? Confira todos artigos publicados sob as tags filhos, família e criança. Nosso objetivo é contribuir para um saudável e produtivo debate em torno das finanças familiares, sempre com o objetivo de valorizar o dinheiro como instrumento de liberdade e qualidade de vida.

Se você tem filhos, por favor relate sua experiência no campo de comentários mais abaixo. Se não tem, conte-nos como esses dados influenciaram sua percepção sobre o tema. Até a próxima.

Fonte: Invent. Foto de freedigitalphotos.net.

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Este artigo foi escrito por Willian Binder.
Graduando em Administração na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e estagiário do Dinheirama.
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama


De poupador a investidor: o desafio do brasileiro

Posted: 01 Mar 2013 12:00 PM PST

De poupador a investidor: o desafio do brasileiroEu costumo brincar com os amigos que, até pouco tempo atrás, o brasileiro brincava de guardar dinheiro, afinal, em qualquer investimento de renda fixa era relativamente fácil conseguir rentabilidades de dois dígitos. Hoje o cenário é diferente e obriga o brasileiro a se preparar para finalmente se tornar um investidor.

Sim, porque investir é uma arte muito mais sofisticada do que apenas poupar. O que preocupa boa parte das pessoas que trabalha no mercado financeiro é justamente não perceber a disposição da maioria das pessoas em enfrentar esse desafio – ou, se preferir, "aproveitar essa oportunidade".

Investimentos tradicionais já perdem para a inflação

A caderneta de poupança, mesmo com todas as alterações que reduziram significativamente sua rentabilidade, continua sendo o investimento preferido da maioria da população. Não está fácil conseguir resultados melhores, mas está na hora de olhar para "fora da caixa", analisar e buscar novas possibilidades.

Em fevereiro, a caderneta de poupança (com a nova fórmula) rendeu ao aplicador 0,41%, enquanto o IPCA, índice oficial de inflação usado pelo governo, deve chegar a 0,43%. Contra números não existem argumentos: poder de compra perdido!

Outros investimentos tradicionais também perdem para inflação: os chamados fundos DI também apresentaram o mesmo percentual da poupança ao mês, média de 0,41%. Os fundos de renda fixa chegaram ao patamar de 0,27%. Alguns investimentos tiveram resultados negativos: o ouro caiu 6,54%, o índice Ibovespa despencou 3,91% e dólar caiu 0,65%.

Mesmo com o Ibovespa refletindo o atual cenário de incertezas do atual momento econômico do país, este novo cenário (juros baixos mais inflação) exige que o investidor comece a olhar com carinho o mercado de ações – falo de um olhar diferente, sem fantasia e com muito pragmatismo.

A bolsa de valores é o caminho natural para a população de países que passam pelo amadurecimento econômico, afinal os juros altos não fazem bem a ninguém, só aos especuladores.

Mercado de ações, uma oportunidade a considerar

Quem não tem a disposição ou mesmo tempo suficiente para investir diretamente na bolsa deve buscar alguém especializado no assunto. Esse tipo de serviço existe nas corretoras de valores e até mesmo nas gestoras independentes, que fazem um ótimo trabalho na oferta e gestão de fundos de investimentos.

A verdade é que com o Brasil de 2013 não existe mais facilidade. As oportunidades estão por ai, mas só para quem vai de encontro a elas. Os aventureiros que me desculpem, mas a hora é de estudar e fazer acontecer. Traduzindo: a zona de conforto só o manterá um poupador, porque ser investidor é outra coisa, requer dedicação e iniciativa.

Os leitores que entraram no mercado de ações no passado e hoje passam por incertezas com a queda de preço em ações de empresas como Vale e Petrobras devem adotar a cautela como principal estratégia. Se o dinheiro investido for para o médio e longo prazo, sugiro manter a calma, afinal as empresas continuam grandes e, em minha opinião, podem reverter os prejuízos dos últimos meses.

Quem for usar o dinheiro em pouco tempo, vale levar em conta a instabilidade presente e ainda por vir, inclusive refletindo as preocupações com o cenário externo, ainda de difícil avaliação. O risco existe e quem brinca com ele pode se dar muito mal.

Continue lendo bastante sobre o assunto e buscando cada vez mais informação. A diferença entre os bons e maus investimentos pode estar justamente na importância que você confere as informações sobre dinheiro. Dedicar-se a isso é o que fará a transformação tão necessária daqui pra frente: de poupador a investidor. Um ótimo final de semana e até próxima.

Foto de freedigitalphotos.net.

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Este artigo foi escrito por Ricardo Pereira.
Educador financeiro, palestrante, Sócio do Dinheirama é autor do livro "Dinheirama" (Blogbooks), trabalhou no Banco de Investimentos Credit Suisse First Boston e edita a seção de Economia do Dinheirama. No Twitter: @RicardoPereira
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
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