quarta-feira, maio 15, 2013

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Carros: a preocupante falta de segurança no Brasil

Posted: 14 May 2013 12:00 PM PDT

Carros: a preocupante falta de segurança no BrasilNeste final de semana, a prestigiada agência de notícias Associated Press publicou uma reportagem bombástica em que, no próprio título, afirma que os carros brasileiros são comprovadamente letais.

O texto está sendo divulgado por diversos veículos no mundo e você pode conferir esta matéria em português no Jalopnik.

Para o leitor do Dinheirama, esse cenário não é novidade, considerando a nossa série de artigos automotivos e financeiros. Além de termos os carros mais caros do mundo, eles não oferecem, em grande parte, padrões mínimos de segurança.

1. O que a Associated Press concluiu?

Basicamente, a maioria dos carros brasileiros tem um grande potencial para fatalidades, o que resulta em uma taxa de mortalidade em acidentes quase quatro vezes maior do que nos EUA.

"Os culpados são os próprios carros, produzidos com soldas mais fracas, poucos equipamentos de segurança e materiais inferiores comparados aos modelos similares produzidos para os EUA e para os europeus", aponta.

A matéria menciona opiniões de que faltam reforços estruturais e mais pontos de solda e que muitos veículos são construídos em plataformas com décadas de atraso. Esse cenário é ainda mais complicado no segmento dos populares, considerando que quatro dos cinco carros mais vendidos do Brasil não conseguiram passar em testes de colisão promovidos pelo Latin NCAP.

Boa parte dessa situação decorre das práticas das fabricantes que visam o aumento excessivo de seus ganhos, com uma margem maior do que no exterior, ao economizarem no processo produtivo.

Dessa forma, carros teoricamente semelhantes aos modelos do Primeiro Mundo acabam obtendo notas bem inferiores nos testes locais, em função da inexistência de atributos fundamentais do projeto original.

Mas o consumidor também tem sua responsabilidade, porque não tem consciência e não valoriza aspectos relacionados à segurança no momento da compra.

"Os fabricantes fazem isso porque os carros ficam mais baratos de se fabricar e a exigência dos consumidores brasileiros é menor; sua ciência sobre as questões de segurança é menor que na Europa ou nos EUA", alerta a coordenadora do grupo independente de defesa do consumidor Proteste, Maria Ines Dolci.

As montadoras procuram defender-se alegando que cumprem com os requisitos legais, mas isso evidentemente não é suficiente por conta da legislação defasada. Os reflexos podem ser vistos nos crescentes números de mortes em função dessas características dos carros, aliadas às péssimas condições de trânsito e pavimentação no país.

A matéria destaca ainda que vítimas de acidentes cujos resultados poderiam ter sido evitados hesitam em promover ações judiciais.  Por fim, a reportagem destaca que seria necessário um forte clamor público e uma mudança de hábitos de consumo para forçar as fabricantes a equalizarem os padrões de segurança em relação ao mercado externo desenvolvido.

2. O que nós já havíamos concluído?

Em novembro de 2012, publiquei aqui no Dinheirama o artigo "Carros: O fator segurança e o bilionário que anda de popular". Recomendo fortemente a leitura ou releitura deste texto.

Nele foram abordados os motivos pelos quais o fator segurança deve ter grande prioridade, bem como o cenário no Brasil e alguns aspectos relevantes (e pouco lembrados) para escolha de carros seguros.

3. O que você pode fazer na hora da compra?

Antes de tudo, é importante reiterar a responsabilidade dos consumidores, que deveriam escolher seus carros de forma mais consciente, como procuramos enfatizar no artigo "Você e os carros mais caros e cada vez mais vendidos do mundo".

Além disso, essa escolha deve levar em conta os motivos essenciais para a compra. Esse tema foi destacado no artigo "Você compra seu carro por necessidade, status ou pelo preço? Ou tudo isso?".

Procure, ainda, avaliar o que realmente importa para você e não seja influenciado pelo marketing.

Conclusão

"A diferença de que estamos falando é de alguém morto no veículo ou morrendo muito rapidamente, ou então alguém sendo capaz de sair do veículo sozinho.” – David Ward, diretor-geral da Fundação FIA.

A análise do fator segurança é um dos pilares do trabalho que tenho desenvolvido na consultoria automotiva pessoal Carro e Dinheiro. Como entendo que os valores "vida e saúde" estão acima dos outros, sempre procurei aperfeiçoar este foco.

Afinal, esse tema literalmente se refere a uma questão de vida ou morte. Somando-se o fato de que temos os carros mais caros do mundo, torna-se ainda mais importante saber empregar o seu dinheiro num veículo capaz de proteger a sua integridade física e da sua família.

Avalie cautelosamente todos os aspectos envolvendo a segurança na sua próxima compra e faça sua parte para melhorar a nossa realidade.

Obrigado pela atenção e até a próxima.

Foto: divulgação.

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Este artigo foi escrito por Leandro Mattera.
Fundador e Consultor Automotivo na CARRO E DINHEIRO – Consultoria Automotiva Pessoal. Acompanha os setores automotivo e financeiro há mais de 12 anos por meio de experiência, pesquisas e contatos com profissionais. É palestrante sobre o tema "Seu Carro e seu Bolso". No Twitter: @carroedinheiro. No Facebook: facebook.com/carroedinheiro
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama


A concentração bancária brasileira em números

Posted: 14 May 2013 07:45 AM PDT

A concentração bancária brasileira em númerosOs cinco maiores bancos do Brasil concentram 83% dos depósitos realizados no país, indica análise do blog Achados Econômicos. Desde 1995, data em que se inicia a série de dados disponíveis no site do Banco Central, este é o maior nível de concentração do setor bancário.

Os 83% representam R$ 1,4 trilhão – sendo que, no total, as pessoas físicas e jurídicas têm hoje R$ 1,7 trilhão depositado em bancos. As cinco instituições financeiras que dividem essa grande fatia do mercado são velhas conhecidas dos brasileiros: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Bradesco e Santander.

Há 18 anos, apenas 68% dos depósitos estavam nos cinco maiores grupos. Outros indicadores, como ativos, número de agências, lucro e quantidade de funcionários, também mostram concentração similares. Em 1995, os cinco maiores conglomerados financeiros compreendiam 56% dos ativos totais, hoje a proporção é de 79%.

O percentual oscilava entre 79% e 80% desde 2008, mas no ano passado a concentração subiu um pouco e atingiu o pico de 83% atual. Pelo gráfico abaixo é possível visualizar o histórico da concentração bancária no Brasil, que vem aumentando desde pelo menos 1998.

Outro ponto notável é o salto exponencial em 2008, quando o Itaú fundiu-se com o Unibanco e o Santander incorporou os ativos do ABN Amro (adquirido no ano anterior).

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Imagem: Achados Econômicos

A análise feita considera todas as instituições financeiras e conglomerados que o Banco Central classifica como "tipo 1", ou seja, bancos comerciais, os múltiplos com carteira comercial e as caixas econômicas.

Em outras palavras, o sistema bancário do tipo 1 compreende os 99 bancos que oferecem serviços para o dia a dia da maioria das pessoas e empresas. Bancos de desenvolvimento (como o BNDES), instituições financeiras com atuação muito específica e não ligadas a conglomerados bancários (por exemplo, Banco Volkswagen, Mercedes Benz, Caterpillar etc) e cooperativas de crédito não entram nessa conta.

Se todas essas instituições forem consideradas, que são 1.619 no país, a concentração continuaria expressiva. Nesse caso, os cinco maiores bancos deteriam 69% dos ativos; em 1995, eram 47%.

A análise do Achados Econômicos ainda aponta que, quando incluído o BNDES no ranking, ele aparece como o terceiro maior banco em ativos, atrás apenas do Banco do Brasil e Itaú. Dessa maneira, o Santander cai para a sexta colocação. Logo, deixando de fora o Santander, que também é uma grande instituição, apenas cinco bancos têm 69% de todos os ativos do sistema financeiro nacional.

Se o Santander for considerado, os seis maiores conglomerados financeiros somam 77% e as demais 1.613 instituições financeiras dividem os restantes 23%.

Os gráficos abaixo mostram a evolução bancária sob outra ótica. O primeiro mostra que, em 1995, os dez maiores bancos do país não chegavam a ter 75% do total (considerando o consolidado tipo 1). Já em 2012, seis bancos têm mais de 80%.

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Fonte: Achados Econômicos. Foto de freedigitalphotos.net.

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Este artigo foi escrito por Willian Binder.
Graduando em Administração na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e estagiário do Dinheirama.
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama


20 bons lugares no mundo para abrir uma startup

Posted: 14 May 2013 05:00 AM PDT

20 bons lugares no mundo para abrir uma startupO Vale do Silício foi, por muitos anos, o melhor local para abrir uma startup. Não é por menos, ainda é lá que muitas empresas de tecnologia e inovação, como Microsoft e Google, começam suas operações.

O berçário tecnológico na Califórnia sempre teve tudo o que os empreendedores precisavam: capital, inovação e incentivo. Felizmente, hoje é possível encontrar outros locais tão bem preparados para oferecer boas condições e oportunidades de novos negócios quanto o Vale do Silício.

O programa Startup Genome preparou um relatório com 20 cidades que apresentam ecossistemas interessantes para pequenas empresas. O estudo foi feito com base em vários índices, como nível de criação de empresas, disponibilidade de capital, talento e apoio.

São Paulo é a única cidade brasileira na lista. Seattle aparece na quarta posição da lista e compete com Vancouver por talentos. A cidade aparece bem no índice de tendências e desempenho. O relatório não traz mais detalhes sobre este mercado. Veja abaixo quais são as 20 cidades com boas condições para iniciar uma startup.

1. Vale do Silício

O Vale do Silício ainda é o maior e mais importante polo de startups do mundo. Os números não deixam mentir: os investimentos são 32% maiores, há 20% mais mentores e 35% mais empreendedores em série do que em outros locais do mundo.

Aliado a isso ainda há o fato de que eles são mais ambiciosos, trabalham mais horas e tendem a se motivar com a ideia de mudar o mundo. A média de idade por lá é 34,12 anos e apenas 10% são mulheres. AirBnb é um exemplo de startup local.

2. Tel Aviv

Israel, segundo o relatório, vem logo atrás do Vale do Silício por ter a maior concentração de startups de tecnologia do mundo. O desenvolvimento de produtos é o maior desafio enfrentado pelos empreendedores, que têm média de 36,16 anos e ficam 9,42 horas por dia trabalhando.

Na cidade, é comum a procura por investidores-anjo, invés de contatar amigos para levantar investimentos. Um exemplo de startup local é a SunDisk.

3. Los Angeles

Hollywood ofusca a participação de outras indústrias em Los Angeles, mas o terceiro lugar ficou mesmo com a cidade que tem visto o mercado crescer rapidamente. Com base no relatório, Los Angeles tem boas condições de financiamento sendo que 63% dos empreendedores têm experiência na área em que criam empresas. ShoeDazzle é um exemplo de startup local.

4. Seattle

Seattle aparece na quarta posição da lista e compete com Vancouver por talentos. A cidade aparece bem no índice de tendências e desempenho. O relatório não traz mais detalhes sobre este mercado.

5. Nova York

Nova York é outra cidade que se destaca pelas startups de tecnologia, mas com maior participação de mulheres. Segundo o relatório, a "capital para empreendedoras de tecnologia" conta com 18% de mulheres e é atraente para startups de e-commerce, moda, mídia e publicidade com foco em consumo.

Os empreendedores têm idade média de 32,55 anos e trabalham 9,69 horas por dia no negócio. Um exemplo de startup local é o Foursquare.

6. Boston

Mesmo perdendo espaço para Nova York nos últimos anos, Boston continua sendo uma boa alternativa para polos concorridos como o Vale do Silício. A idade média dos empreendedores é de 36,8 anos e eles dedicam 10,41 horas ao negócio por dia. Eles tendem, ainda, a abrir negócios em série. Um exemplo de startup local é o Formlabs.

7. Londres

O principal local para criação de startups na Europa fica na capital da Terra da Rainha. Em Londres os empreendedores são menos ambiciosos e menos dispostos a correr risco do que os do Vale do Silício. Talvez seja por isso que as startups ainda engatinham em mobile – os empresários se sentem mais seguros investindo em áreas que já conhecem. Um exemplo de startup local é o Tweetdeck.

8. Toronto

A primeira cidade canadense na lista é Toronto, sendo sua principal característica a terceirização do desenvolvimento de produtos. Os empreendedores têm idade média de 35,63 anos, querem construir um bom produto que possa mudar o mundo. O percentual de mulheres é de 18%. Um exemplo de startup local é a Achievers.

9. Vancouver

Outra cidade canadense na lista, Vancouver tem empreendedores com idade média de 36,7 anos e metade deles já abriu outros negócios. As startups preferem o modelo de publicidade para gerar receita e são mais focadas em mobile. O acesso a capital, por outro lado, ainda é pequeno para negócios mais desenvolvidos. Um exemplo de startup local é o Flickr.

10. Chicago

Chicago aparece na 10º posição na lista do Startup Genome. Apesar da relevância, o relatório aponta uma das cidades mais populosas dos Estados Unidos com um baixo índice de adaptação a inovações. O relatório não traz mais detalhes sobre este mercado.

11. Paris

Com um mercado fechado para imigrantes, Paris apresenta uma boa distribuição de startups em vários níveis de maturidade. Os empreendedores franceses estão mais dispostos a clonar um negócio do que criar um novo produto. A formação de uma boa equipe aparece como um dos principais desafios. Um exemplo de startup local é o Kwaga.

12. Sidney

Mesmo com poucas empresas globais, Sidney é o principal polo de startups da Austrália. A média de idade dos empreendedores é de 33,43 anos e 97% são homens. Eles trabalham em média 9,17 horas por dia. Um exemplo de startup local é o Freelancer.com.

13. São Paulo

Segundo o relatório, a única cidade brasileira na lista apresenta larga vantagem diante de outros locais no país. Os empreendedores que atuam na capital paulista são na maioria homens, com idade média de 30,8 anos e dedicam 8,86 horas por dia à startup. As startups costumam ter 2,5 mentores, em média. Um exemplo de startup local é o Kekanto.

14. Moscou

O expressivo crescimento do mercado de internet russo coloca Moscou no cenário de startups. De acordo com o relatório, a preocupação dos empreendedores é mais construir um bom produto do que mudar o mundo. As startups estão mais voltadas a copiar modelos que deram certo em outros países, com foco no consumidor final. Um exemplo de startup local é o Yandex.

15. Berlim

O relatório aponta Berlim como uma startup, sempre mudando e indo em frente. A média de idade dos empreendedores é de 31,86 anos e eles dedicam 9,18 horas por dia ao trabalho. Entre as principais fontes de acesso a capital, estão os bancos. Os empreendedores costumam optar por modelos de negócios baseados em publicidade para gerar receita. Um exemplo de startup local é o SoundCloud.

16. Waterloo

A 110 quilômetros de Toronto, a pequena cidade de Waterloo, com pouco mais de 120 mil habitantes, têm empreendedores focados principalmente em mobile e que atuam como consultores em paralelo ao negócio. A quantidade de aceleradoras é alta no local. Um exemplo de startup local é o TribeHR.

17. Singapura

O ponto forte de Singapura, segundo o relatório, é que a localização geográfica força as empresas a serem globais. Assim, os pesquisadores apontam que Singapura tem potencial para ser o principal local para desenvolvimento de startups na Ásia, deixando Índia, Indonésia, China e Malásia para trás.

Para cada empreendedor que largou a escola, há seis com mestrado ou PhD. Um exemplo de startup local é o Buzz City.

18. Melbourne

O relatório mostra que Melbourne precisa crescer para aparecer e não ficar na sombra de Sydney. A média de idade dos empreendedores é de 33,06 anos e só 6% são mulheres. Eles são mais levados a empreender por dados do que pela intuição. A disponibilidade de capital é praticamente insuficiente: startups recebem 86% menos investimento do que as do Vale do Silício. Um exemplo de startup local é o 99designs.

19. Bangalore

A cidade indiana de Bangalore têm empreendedores em média com 37 anos e que trabalham 10,86 horas por dia no negócio. Apenas 6% deles são mulheres, mas todos contam com formação tão alta quanto os empreendedores do Vale do Silício.

A principal diferença apontada pelo estudo está nos modelos de negócio. As startups usam menos os modelos de assinatura e publicidade para gerar receita. Um exemplo de startup local é o Zoho.

20. Santiago

A capital do Chile é a última cidade da lista. Com idade média de 28,42 anos, os empreendedores de lá são em sua maioria homens (20% são mulheres). O relatório destaca a criação de políticas de incentivo de empreendedorismo. Geralmente, os empresários dedicam 8,76 horas por dia ao trabalho e há mais confiança em incubadoras e aceleradoras do que em investidores-anjo. Um exemplo de startup local é o Kuotos.

Fonte: EXAME. Foto de freedigitalphotos.net.

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Este artigo foi escrito por Willian Binder.
Graduando em Administração na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e estagiário do Dinheirama.
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama


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