quarta-feira, abril 17, 2013

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Carros: o Marketing faz sua cabeça?

Posted: 16 Apr 2013 12:00 PM PDT

Carros: o Marketing faz sua cabeça?Se você respondeu afirmativamente à pergunta do título, muito cuidado! É bem provável que, além de influenciar a sua mente, o marketing também esteja ajudando a esvaziar o seu bolso. Para evitar que isso ocorra, é necessário refletir bastante para que as nossas decisões de consumo ocorram de forma consciente e inteligente.

Aliás, esse tem sido o foco da nossa série de artigos sobre o custo-benefício dos carros, considerando a importância de avaliar cuidadosamente aspectos relacionados à qualidade, segurança e impactos financeiros dos veículos.

Antes de prosseguir, é importante deixar claro que o objetivo do artigo não é condenar o marketing em si e muito menos o trabalho de seus profissionais. Esclareço também que não sou especialista nesta área e apenas tenho a intenção de despertar algumas reflexões para que as pessoas não comprem movidas exclusivamente pelos desejos gerados por meio da publicidade.

1. A propaganda é a alma do negócio?

Sim, há fortes indícios de que o marketing tem sido muito importante para o sucesso dos carros no Brasil. Para ilustrar essa constatação, vale lembrar que uma marca coreana, que tem feito um sucesso estrondoso, gastou em propaganda o montante de R$ 996,9 milhões somente em 2012.

Essa quantia praticamente bilionária representa um investimento de R$ 11.550 por carro vendido, conforme dados do Ibope Monitor.

Esses valores são realmente impressionantes. Mas, considerando que não é a primeira vez que esses gastos são realizados, é muito provável que estejam dando retorno.

Por outro lado, conhecemos diversos casos de carros de boa qualidade que acabam tendo vendas pífias por conta dos baixos esforços de algumas marcas na divulgação. Com menos participação no mercado, tendem a apresentar custos mais elevados de manutenção e dificuldades de revenda, o que também se reflete na maior desvalorização.

2. A influência do Marketing na escolha de qual carro comprar

"Mais do que nunca, nós expressamos quem somos por meio daquilo que compramos e como usamos aquilo que compramos. Extensões de nossas personalidades, totens de quem somos, lembretes de quem somos ou de quem gostaríamos de ser." – Seth Godin

Conforme comentado em artigos anteriores, o desenvolvimento da publicidade no século passado contribuiu para mudar o foco do consumo, que deixou de ser norteado pelas necessidades e passou a ser baseado nos desejos.

Com técnicas persuasivas que focalizam em diversos aspectos psicológicos, a propaganda tem um forte apelo no convencimento das pessoas, principalmente ao vincular o bem ao ego.

Dessa forma, muitos escolhem os carros pensando numa lamentável estratégia de "construção de imagem". Em busca de status, utilizam os veículos para expressar suas personalidades. Como já dissemos inúmeras vezes, esse comportamento não tem fundamento considerando que "ninguém é o seu carro".

Por exemplo, perceba como não deveria fazer sentido a afirmação de que determinado carro "é de tiozão". Por acaso, você já ouviu alguém dizer que algum aparelho de ar-condicionado é de "tiozão"?

Também se deve evitar que o carro seja utilizado como meio de inserção social. Se para participar de um grupo de relacionamento ou frequentar certos ambientes você precisa de determinados carros, pense bem se vale a pena esse tipo de aproximação.

Adicionalmente, um dos efeitos mais complicados do uso do marketing diz respeito ao posicionamento de um carro numa categoria acima do que ele efetivamente é. Essa estratégia baseia-se no fato de que os consumidores decidem pagar considerando o "valor percebido", e não o "valor real".

Há casos em que as propagandas conseguem construir um apelo incompatível com o que o carro oferece na prática. Quem compra nessas condições está levando "gato por lebre" e tende a se frustrar no futuro. Algo ainda mais problemático são as propagandas enganosas, que, às vezes, informam dados essenciais equivocados.

Atualmente, diante das milhares de opções no mercado de consumo, a disputa pela atenção e pelo bolso dos consumidores está cada vez mais acirrada. Nesse contexto, parece valer de tudo, inclusive a veiculação de propagandas e ações com gosto duvidoso, como recentemente ocorreu com uma prestigiada marca alemã.

Obviamente, também há muitas campanhas clássicas e temos visto algumas bem elaboradas e criativas, como a que utilizou o célebre Trapalhão Mussum, recentemente.

3. Algumas estratégias de marketing que merecem reflexões

A ideia aqui é pensar sobre alguns exemplos de táticas normalmente empregadas no segmento automotivo. Vejamos algumas delas:

  • O senso de exclusividade, valorizado por muitos, é bastante explorado em determinados nichos;
  • Na tentativa de representação do carro como uma conquista, temos o uso de frases como: "você fez por merecer" e "para quem está indo bem";
  • Outra estratégia é a mudança das siglas dos modelos, criação de séries "especiais", adoção de apetrechos e adesivos inúteis, como os existentes nos famigerados "aventureiros urbanos";
  • Ainda considerando a questão de imagem, vemos que às vezes são adotados componentes nos próprios carros que não seriam os mais aconselháveis do ponto de vista da engenharia. Como exemplo, temos os pneus com perfil excessivamente baixo para enfrentar as péssimas superfícies das vias brasileiras;
  • Algo que merece toda a cautela por parte dos consumidores diz respeito ao apelo pela compra do "último modelo". Essa tática baseia-se na tendência mundial de neofilia, obsessão pelo novo. Dessa forma, as marcas tentam "turbinar" o número de lançamentos, usando estratégias de vários tipos que em muitos casos não têm fundamentos sólidos;
  • A conclusão do item acima leva em conta que vale praticamente de tudo para poder usar as palavras "novo" ou "new". Na maioria das vezes, são aplicadas equivocadamente porque não ocorreu a mudança efetiva de geração (com um novo projeto completo) e sim apenas um mero "face-lift", traduzido em pequenas mudanças estéticas principalmente na frente e traseira.

4. Quem decide, afinal, você ou os outros?

Como foi expresso em recente artigo no Blog Valores Reais. "…você não deseja determinado bem de consumo porque realmente você quer e você precisa, você deseja determinado bem de consumo porque o resto do mundo está fazendo sua cabeça e te "obrigando" a comprar tais coisas. Em outras palavras: os seus desejos não são realmente seus!".

Por conta disso, é preciso seguir uma série de parâmetros no processo de escolha de um carro, assunto tratado no artigo "Você compra seu carro por necessidade, status ou pelo preço? Ou tudo isso?".

Basicamente, devem ser considerados os fatores relativos às necessidades, aos impactos financeiros, à qualidade e segurança do carro e aos seus desejos.

Perceba que não defendo a compra de carros utilizando apenas critérios racionais. É inegável que o design e a beleza são importantes também. Apenas devem ser conciliados após a análise criteriosa dos outros aspectos que merecem prioridade.

Conclusão

"O sistema, da forma como é desenhado, acaba por transferir o dinheiro das mãos fracas para as mãos fortes"Jonas Fagá Jr.

É importante deixar claro que as marcas e os responsáveis pelo marketing estão simplesmente fazendo o seu papel. Fabricam e divulgam seus produtos, cobrando o preço que acham conveniente. A responsabilidade pelas compras sempre é do consumidor, que detém o poder de escolher entre os bens ofertados.

No trabalho realizado na consultoria automotiva pessoal Carro e Dinheiro, observo que, por falta de tempo ou conhecimento, as pessoas deixam de pesquisar adequadamente todos os fatores importantes sobre os carros.

Como relatou recentemente um cliente, que me procurou após ler os artigos aqui no Dinheirama, "entre os diversos lançamentos de veículos no Brasil, fica muito difícil escolher o melhor modelo, sem acompanhar o dia a dia da indústria automobilística".

Considerando todo esse cenário, é muito importante priorizar escolhas conscientes no momento da compra, pensando com inteligência automotiva e financeira.

Tome muito cuidado com o que parece, mas não é. Mais cautela ainda para que você não queira parecer o que não é, usando um carro para tanto. Tenha o foco necessário para decidir o que realmente importa para você, e não para os outros. As suas finanças também agradecerão.

Obrigado pela atenção e até a próxima.

Foto de freedigitalphotos.net.

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Este artigo foi escrito por Leandro Mattera.
Fundador e Consultor Automotivo na CARRO E DINHEIRO – Consultoria Automotiva Pessoal. Acompanha os setores automotivo e financeiro há mais de 12 anos por meio de experiência, pesquisas e contatos com profissionais. É palestrante sobre o tema "Seu Carro e seu Bolso". No Twitter: @carroedinheiro. No Facebook: facebook.com/carroedinheiro
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama


Problemas que mais geraram reclamações em 2012

Posted: 16 Apr 2013 07:45 AM PDT

Problemas que mais geraram reclamações em 2012Segundo pesquisa realizada pelo Procon-SP, os aparelhos de telefone, com destaque para os celulares, foram os produtos que mais geraram reclamações em 2012. O balanço divulgado pela fundação na última sexta-feira (12) mostrou que esses produtos registraram 18% das reclamações, um total de 7.204 queixas no ano passado.

Os celulares receberam péssima avaliação. De acordo com a divulgação, os aparelhos de telefone "apresentam padrão de qualidade insatisfatório, com a apresentação de vícios de funcionamento e durabilidade abaixo das expectativas dos consumidores".

A experiência do usuário piora pelo suporte inadequado no pós-venda, com os fabricantes alegando que o defeito ocorreu por mau uso. Dessa maneira, o fabricante passa a responsabilidade da falta de qualidade do produto para o consumidor.

A qualidade dos produtos foi a principal queixa dos consumidores no ano passado. Segundo o Procon-SP, as reclamações sobre a qualidade somaram 17.064, ou 42% do total.

Produtos

Microcomputador e produtos de informática ficaram na segunda posição entre os tipos de produtos mais reclamados. Esse tipo de produto totalizou 14% das reclamações (5.582) e o terceiro são os móveis, com 10% das queixas (4.192).

Depois vieram as reclamações dos produtos da linha branca – geladeira, fogão, micro-ondas, máquina de lavar (10%, ou 3.997 queixas) e aparelhos de TV (7%, ou 2.689).

Produtos que mais geraram reclamações no Procon-SP em 2012
1º Aparelho de telefone 18%
2º Microcomputador / Produtos de Informática 14%
3º Móveis 10%
4º Produtos da Linha Branca (geladeira, freezer, máquina de lavar roupa, louça e secadora, fogão e microomdas) 10%
5º Televisão / Vídeo Cassete / Filmadora / Video-Laser 7%

Problemas

Você teve, recentemente, algum problema com entrega de produtos? Sim? Não? Saiba que o problema com entrega também foi destaque entre as reclamações. Há queixas sobre produtos que não foram entregues ou de entrega de produto diferente do que foi comprado.

No caso dos móveis, as reclamações são em relação à falta de peças. A entrega incompleta se mostra frequente, faltando puxadores, cabideiros, gavetas etc. Somado a isso ainda há queixas relacionadas aos atrasos e problemas na montagem dos móveis comprados.

Problemas que mais geraram reclamações no Procon-SP em 2012
1º Vícios de qualidade 42%
2º Não entrega / atraso na entrega 39%
3º Contrato – descumprimento / cancelamento 13%
4º Oferta / Publicidade enganosa 3%
5º Compra de veículo (multa, transferência, alienação, não entrega de documento) 1%

Possíveis soluções à vista?

Com o aumento das compras online, muitas dessas reclamações vêm de aquisições feitas pela internet. Autoridades perceberam que a compra pela rede ainda tem atendimento muito inferior e muitas possibilidades de fraudes e uso de má fé, e assim precisa de leis e regulamentações mais claras (e severas) para melhor atender os consumidores.

Na última sexta-feira publicamos um artigo que mostra as novas obrigações de serviços de atendimento ao consumidor. Através do Decreto Federal Nº. 7.962, o relacionamento entre empresa e cliente deve melhorar. Assim esperamos também.

Fonte: G1. Foto de freedigitalphotos.net.

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Este artigo foi escrito por Willian Binder.
Graduando em Administração na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e estagiário do Dinheirama.
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama


Inflação da cesta básica é a maior em 10 anos

Posted: 16 Apr 2013 05:00 AM PDT

Inflação da cesta básica é a maior em 10 anosO preço dos alimentos da cesta básica está assustando algumas famílias. Há 10 anos que a inflação da cesta básica não era tão alta, voltando a corroer de forma mais significativa o poder de compra das pessoas que ganham salário mínimo.

Isso inverte uma tendência que marcou quase todo o período do governo Lula e o início da gestão Dilma, como aponta o blog Achados Econômicos.

O valor da cesta básica nas principais capitais do país chegou a níveis altíssimos nos últimos 12 meses encerrados em março. Em São Paulo, subiu 23,1%, segundo o Dieese. No Rio, aumentou 22,7%; em Brasília, 22,5%, e em Salvador, 32,6%. Já o salário mínimo avançou apenas 9% no período.

Desde o início do mandato do PT na presidência, era o inverso que acontecia. O salário mínimo elevava o poder de compra frente aos aumentos da cesta básica ano após ano, com exceção de 2010. Em março de 2003, os alimentos básicos consumiam 91% do salário mínimo em São Paulo.

Veja o gráfico abaixo que ilustra a evolução da parcela do salário mínimo que fica comprometida com os produtos da cesta básica.

Comprometimento do salário mínimo

O cenário começou a virar nos últimos 12 meses, quando houve uma alta significativa e a proporção subiu para 54%. Assim conseguimos visualizar que o salário mínimo não é suficiente para comprar duas cestas básicas.

A situação merece destaque e análise, já que o aumento do salário mínimo deve ser menor no ano que vem. Como seu cálculo leva em conta o PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes, o reajuste de 2014 vai se basear no pequeno crescimento econômico de apenas 0,9% registrado em 2012.

O que está acontecendo com a inflação?

A alta da inflação está em pauta no Dinheirama há algumas semanas. As notícias são importantes porque a inflação impacta, principalmente, o poder de compra dos consumidores. A nossa ideia é situar você, caro leitor, no atual cenário econômico e, a partir daí, ajudá-lo a tomar decisões financeiras mais inteligentes.

Cabe lembrar que acreditamos na proposta de redução de gastos do governo e avanço de reformas estruturais importantes (infraestrutura, tributária etc.) como fontes primárias de combater a elevação dos preços – e não apenas usar os juros (Selic) como instrumento de condução monetária.

Convidamos o leitor a ler os últimos artigos escritos sobre o tema. Os principais textos estão publicados na categoria Economia Geral, mas destacamos alguns deles para introduzir o tema. Veja abaixo:

Fonte: Achados Econômicos.

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Este artigo foi escrito por Willian Binder.
Graduando em Administração na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e estagiário do Dinheirama.
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama


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